Melbourne (Austrália) – A entrada de investimento da Arábia Saudita do tênis ganhou um novo capítulo na última segunda-feira após o anúncio de que Rafael Nadal será um embaixador do esporte no país. Nas últimas semanas, os sauditas promoveram partidas de exibição com grandes nomes, com destaque para o duelo entre Novak Djokovic e Carlos Alcaraz e também receberam o Next Gen ATP Finals. Mas uma eventual entrada no tênis feminino vai de encontro às restrições de direitos políticos e sociais que as mulheres enfrentam no país. Perguntada sobre o possível investimento saudita, a atual número 1 do mundo apresentou essas ponderações.
“Há muitos rumores sobre realizar o WTA Finals na Arábia Saudita. Ainda estamos esperando a decisão. Sempre foi difícil para mim dizer se é bom ou não, porque não é um lugar fácil para as mulheres. Obviamente, esses países também querem mudar e melhorar politicamente e sociologicamente. É difícil para mim resumir em uma frase, não sei se é uma boa decisão ou não”, disse Swiatek, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira no Australian Open.
“Também em termos de muitos eventos realizados, houve rumores sobre sportswashing (termo usado para denunciar países que promovem grandes eventos esportivos para ‘limpar’ imagem de regimes antidemocráticos ou que desrespeitam direitos humanos e sociais). Obviamente, o esporte masculino já está lá na Arábia Saudita. No meu caso, como não tenho nada a ver com Rafa e suas decisões, depende das federações e dos órgãos que decidem se vamos jogar lá ou não. Se houvesse alguma reação negativa, eles deveriam assumir a responsabilidade”.
A número 1 também foi perguntada sobre as acusações a Zverev
Outro tema de fora das quadras que também foi proposto à líder do ranking é a presença do alemão Alexander Zverev no Conselho de Jogadores da ATP, mesmo enquanto enfrenta acusações de violência doméstica, com possibilidade de julgamento nos próximos meses. “Eu acho que cabe à ATP decidir. Com certeza, não é bom quando um jogador que está enfrentando acusações como essa é promovido. Não sei qual será o resultado da investigação ou do caso. Também não tenho certeza de qual é a história em outros casos que ele teve. Não sei se ele ganhou ou perdeu. Acho que vocês têm que perguntar à ATP o que eles querem fazer com isso, porque não estou na posição certa para julgar”.
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Vitória sobre Kenin e duelo com Collins na segunda rodada
Sobre a partida de estreia no Australian Open, em que superou a norte-americana Sofia Kenin por 7/6 (7-2) e 6/2, Swiatek destacou o nível de dificuldade da partida contra a campeã de 2020. A polonesa destaca que precisou de tempo para se adaptar às condições, especialmente em um dia de muito calor em Melbourne. “Não foi uma primeira rodada mais fácil. Ela jogou muito bem. Tentei encontrar meu ritmo, especialmente no primeiro set. Mas fico feliz porque no final do set, pude ganhar os pontos mais importantes, além de ter jogado um pouco melhor no segundo set”.
“A temperatura estava mais alta a qualquer partida que eu joguei neste início temporada. Também precisava me ajustar a isso. As bolas estavam voando um pouco e fora de controle. Isso é normal nessas condições. Sabia que precisaria fazer um pouco mais em termos de colocação dos golpes. Eu queria ser mais agressiva. Mas, por outro lado, estava recuando um pouco. Eu só queria ter mais iniciativa. Com certeza, quando comecei o segundo set, foi um pouco mais fácil para mim fazer isso”, explica a polonesa.
A próxima adversária de Swiatek será a norte-americana Danielle Collins, ex-top 10 e atual 62ª do ranking, que derrotou a alemã Angelique Kerber por 6/2, 3/6 e 6/1. A polonesa lidera o histórico de confrontos por 5 a 1 e cedeu apenas um game no duelo mais recente, no ano passado em Cincinnati. Mas a vitória de Collins foi justamente no Australian Open, na semifinal de 2022. “Não é uma chave fácil, enfrentar a Sofia na estreia e a Danielle na segunda rodada. Vou tentar fazer o meu melhor. Ela é uma ótima jogadora. Já tivemos partidas muito disputadas. Por outro lado, eu estava com tudo sob controle na última vez. Cada partida é diferente. Não vou antecipar nada”.
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Boa Iga!
É triste ver tenistas se vendendo a um dinheiro sujo. Ainda mais um grande ídolo quanto o Rafael Nadal, se sujeitando a isso por mais algumas milhas de dólares. Como se ele já não tivesse o bastante e não tivesse liberdade de escolher vincular sua imagem
Eu não entendo como os fãs dos esportes admitem que associações esportivas. federações, portais de esporte e todo esse novo grupo de “seres virtuosos” falem o que eles devem ou não achar bom, justo, virtuoso, aceitável …como se eles fossem especialistas em cultura, política, religião …não são! E não podem se meter na concepção de mundo das pessoas! A não ser …que estejam trabalhando orientandos por algum grupo que tenha uma agenda de comportamento e valores paras as pessoas do mundo!
E quem estuda e pesquisa sabe que é isso, uma agenda de comportamentos e valores para todos! E se usa do esporte e de ídolos marionetes (Iga, Nadal, Osaka, Svitolina, Tiafoe, só pra ficar no tenis!) para orientar quem as pessoas devem apoiar ou não, seja numa guerra, país, religião, etc.
Me espanta, sinceramente, como as pessoas caem nessa!
Agenda 2030 é um ideal de vida para uniformizar pensamentos e comportamentos. Tem como inimiga numero 1 a fé cristã, e já não escondem isso nem por 1 minuto.
Nossa, mas quanta bobagem. O senhor ainda consumindo teorias da conspiração em excesso e aí passa a ver pelos em ovos.
O que a Iga está fazendo é defender seus próprios interesses. Ela, como mulher, não aceita que jogadores profissionais se coloquem como porta-bandeiras de uma nação que castiga mulheres. É simples assim.
Aliás, sabe outro grupo que costuma ser perseguido na Arábia Saudita? Eles mesmos, os cristãos. Deveria fazer como a Iga e refletir um pouco mais sobre a realidade que o cerca,ao invés de fica perdido em discursos paranóicos.
A Kenin sufocou o tempo todo, porém a polonesa aguenta apanhar tal qual o Rocky Balboa! Me impressiona o jogo de pernas dela! Chega em todas!
se ela continuar com esse wokismo exacerbado, vai ter o mesmo destino da Osaka