Londres (Inglaterra) – Tenista britânica mais bem ranqueada da chave feminina de simples em Wimbledon, Emma Raducanu (40ª) chegou à terceira rodada após derrotar a tcheca Marketa Vondrousova, por duplo 6/3, com uma atuação que ela própria classificou como uma das suas melhores em muito tempo. Como não há moleza em Grand Slams, ela provavelmente precisará de uma pelo menos parecida para superar o próximo obstáculo: a número 1 do mundo, Aryna Sabalenka.
“Eu acho que foi uma grande partida. Eu sabia que seria um desafio. Ela foi campeã em Wimbledon, está em um incrível momento depois de vencer em Berlim. Estou muito orgulhosa de como eu competi e me comprometi e passei por essa. Acho que foi uma das melhores partidas que eu fiz em muito tempo. Ao mesmo tempo, eu não senti que estava fazendo nada de espetacular, o que me dá muita confiança. Eu acho que eu estava apenas fazendo o básico muito, muito bem”, disse.
Raducanu exaltou a parte defensiva do seu jogo contra Marketa, usando slices e ficando mais tempo nos pontos, mas também está ciente que, para chegar ao topo, precisará ser mais agressiva e assumir mais riscos, principalmente quando enfrentar uma adversária como Sabalenka na próxima rodada.
“Contra as melhores, você realmente precisa ter uma arma no serviço e também do fundo de quadra. Estou trabalhando para tentar ser mais agressiva. Contra Aryna, ela é número 1 do mundo por um motivo. Você dar bolas que não são nada para ela. Terei que ser mais agressiva, mas escolher os momentos certos. Não acho que vou superá-la no tamanho e na força. Eu acho que eu terei que tentar ser criativa também”, afirmou.
Ela decidiu não reclamar de ter que enfrentar a líder do ranking logo na terceira rodada. “Você terá que jogar contra as melhores em algum momento se quiser vencer um desses torneios. Embora seja cedo, estou ansiosa pela oportunidade. Marketa também uma oponente muito boa, então isso me dá confiança. Claro que Aryna é a número 1 do mundo e tem sido muito dominante no circuito feminino nos últimos anos. Será um enorme desafio. Eu terei que jogar um tênis muito bom”, completou.
Saúde mental
Após ser eliminado pelo francês Arthur Rinderknech na primeira rodada, o alemão Alexander Zverev desabafou sobre as dificuldades que tem enfrentado fora de quadra, a solidão que tem sentido, os problemas para manter a saúde mental e como isso tem afetado o seu jogo. Raducanu comentou sobre o tema na sua entrevista pós-jogo, destacando como o tênis pode ser um esporte muito difícil mentalmente.
“Você perde praticamente toda as semanas. De sei lá quantos torneio, 26 torneios por ano, você praticamente perde 26 semanas por ano. É um conceito muito difícil de aceitar. Ao mesmo tempo, há uma oportunidade na semana seguinte. Você vê jogadores pegando embalo no tênis, como eles saem de uma sequência de cinco, seis, sete derrotas e de repente são campeões. Muda toda a temporada”, afirmou.
“É um esporte muito, muito desafiador mentalmente. O que eu tento fazer é me cercar de boas pessoas, tentando vencer todos os dias, tentando focar no processo o máximo possível. É difícil tirar sua alegria dos resultados porque são tantos altos e baixos. É uma montanha-russa. Então é tentar aproveitar. Ok, eu melhorei 1% hoje ou me mantive igual? Porque se manter também é uma grande habilidade. Se você não fizer o trabalho certo, pode facilmente escorregar. Tentar manter ou ser um pouquinho melhor é provavelmente o meu objetivo, no mínimo”, encerrou.
Levando em consideração que há 4 anos vive de WCs e joga partidas dignas de uma influencer, não é de se surpreender.
E você a 4 anos comentando bobagem e destilando frustração na internet!
Uma grande tenista. Os desafios são imensos.
Quem é 40 do ranking não precisa de WC…. aliaás nao entendo as críticas à Raducanu, pois não é somente ela que ganhou 1 slam e nao repetiu o feito…..basta ver a lista de monocampeãs…
Ostapenko (RG/2017)
Stephens (US OPEN/2017)
Andreescu (US OPEN/2019)
Kenin (AO/2020)
Rybakina (WB/2022)
Vondrousova (WB/2023)….
É grande a lista…
Não precisa de WC agora, mas viveu de convite nos últimos anos. O problema não é ter vencido só um Grand Slam — é ter vencido há quase quatro anos e, desde então, não ter feito nem finalzinha de torneio menor. Todas essas jogadoras que você citou têm pelo menos três títulos de simples; algumas ainda somam títulos em duplas. Essa bajulação da mídia por uma “one hit wonder” é patética — e mais patético ainda é quem continua passando pano pra Emma. Nas entrevistas, ela já entra derrotada. Fala como se ninguém devesse esperar nada. Essa mentalidade derrotista é o completo oposto de uma campeã.
O problema não é nao ter vencido mais nada, o problema é 4 anos de hype ocupando lugar na mídia e nas chaves que jogadoras profissionais poderiam estar ocupando por mérito apenas pq ela é um produto mais interessante e rentável do que uma jogadora profisisonal feia ou introvertida. É apenas essa a crítica. Os ultimos grandes produtos como Sharapova e Ivanovic ao menos também jogavam tênis alem de vender.