Nova York (EUA) – A vitória de Benjamin Bonzi sobre o russo Daniil Medvedev na primeira rodada do US Open deste ano por si só já valeria um destaque, uma vez que o francês derrotou um ex-número 1 do mundo e campeão no torneio. Porém, além disso tudo ele teve que saber se controlar a uma catarse coletiva depois de uma inesperada invasão de um fotógrafo em quadra.
“Foi difícil, era muito barulhento. Nunca pensei que esperaria tanto tempo antes do ponto e entre os pontos. Bem, era uma situação muito estranha, obviamente estava difícil me concentrar novamente no jogo”, comentou Bonzi, que viu a partida ficar parada por mais de 6 minutos, até que os ânimos se acalmassem.
“Mesmo durante os pontos era muito barulhento, então era duro ouvir a bola, os golpes e tudo mais. É muito difícil jogar tênis quando você não ouve o som da bola, dos golpes, e eu não gosto disso. Estou muito orgulhoso de mim mesmo, do cenário da partida, do match-point no terceiro set”, acrescentou ele, que apesar de desperdiçar a chance de fechar no terceiro set, conseguiu no quinto.
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Bonzi afirmou que além da questão mental, teve também que se superar no lado físico. “Daniil estava jogando muito bem depois e aproveitando ao máximo no quarto set. Eu não estava no meu melhor fisicamente no quinto set. Tentei lutar muito para dar tudo de mim”, observou o francês.
Questionado sobre a marcação do juiz no momento da invasão, que mandou o francês repetir o primeiro serviço, mesmo depois de tê-lo perdido instantes atrás, Bonzi defendeu o árbitro Greg Allensworth. “Regra é regra. O cara entrou na quadra entre os saques. Quer dizer, não é minha decisão dizer primeiro saque”, falou Bonzi.
“Daniil começou e colocou lenha na fogueira, foi com a multidão, um louco. Ele foi com eles. Sinceramente, eu nunca vi isso. Talvez no estádio de futebol, mas não no tênis. Não estava bravo. Na verdade, eu estava tentando me manter focado, me concentrar no momento”, finalizou o algoz do russo, que agora terá pela frente o tenista da casa Marcos Giron.
