Mário Sérgio Cruz
Especial para TenisBrasil
A semana de Janice Tjen no SP Open foi histórica para o tênis da Indonésia. Finalista no WTA 250 da capital paulista, ela se tornou a primeira jogadora de seu país a chegar tão longe em um torneio do circuito desde 2002, quando Angelique Widjaja foi campeã em Pattaya. E nas últimas semanas, Tjen também conseguiu a primeira vitória da Indonésia em um Grand Slam ao avançar uma rodada no US Open. Os resultados já trazem maior reconhecimento e visibilidade para a tenista de 23 anos.
“Nas redes sociais, eu tenho recebido muitas mensagens de apoio, o que é legal. Acho que a minha campanha no US Open faz com que eu seja mais reconhecida na Indonésia e aqui também”, disse Tjen, que também valoriza os feitos de Widjaja, que chegou a ser 55ª do mundo em simples e top 15 nas duplas.
“Eu conheço um pouco a Angelique Widjaja, já tive a oportunidade de encontrá-la algumas vezes e conversar um pouco com ela. Me sinto muito sortuda por isso. Essa final significa muito. Não só para mim, mas para o meu país, para a Indonésia e para todas as crianças que sonham com isso”, explica a atual 130ª do ranking e que ficará muito perto de entrar no top 100.
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“Eu não penso tanto nos rankings, mas obviamente é importante estar nos torneios maiores e direto na chave principal e não no quali. Estar no Australian Open no ano que vem é um objeitvo”, afirmou. “Acho que, no geral, foi uma semana muito boa para mim. Claro que é um pouco triste não ter conseguido a vitória hoje, mas ainda assim há muitas coisas positivas. Quero aprender com o que aconteceu e seguir em frente.
Tjen também valorizou a atuação de sua adversária, a francesa Tiantsoa Rajaonah, que comemorou seu primeiro título de WTA 250 aos 19 anos com a vitória por 6/3 e 6/4. “Não fiquei surpresa, porque há uma razão para ela estar na final. Ela estava perdendo por 5/0 no terceiro set da primeira rodada e conseguiu virar. Depois venceu boas adversárias até chegar aqui. Isso mostra que ela tem algo especial. Hoje, ela jogou muito bem e eu não consegui sair da pressão que ela me colocou. Vou tentar aprender com isso”.
Vinda do tênis universitário norte-americano, Tjen era apenas a 413ª do ranking em seu primeiro torneio na temporada. Ela já acumula 63 vitórias em 2025, considerando todos os níveis de competição do circuito profissional, incluindo qualificatórios e conquistou seis torneios da ITF neste ano. “É uma experiência nova para mim. Acho que ainda sou nova no circuito e aprendo a cada dia. É claro que fazer essas boas campanhas exige muito, não só fisicamente, mas também mentalmente. E acho que o tênis universitário também me preparou para isso”.
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