Londres (Inglaterra) – Aposentado desde a despedida nos Jogos Olímpicos de 2024, o britânico Andy Murray não passou muito tempo longe do circuito e se juntou à equipe técnica do seu antigo rival Novak Djokovic em novembro passado. No entanto, a dupla se separou em maio de 2025, após apenas quatro torneios juntos, com o ex-número 1 afirmando que não poderia tirar mais da parceria.
Depois desta curta empreitada, Murray está aberto a retornar à função de treinador em algum momento, mas diz que ainda tem muito a aprender sobre a função. “Eu faria isso de novo em algum momento. Não acho que isso vá acontecer imediatamente”, disse ele a Clare Balding, da BBC Sport, na inauguração da Andy Murray Arena no Queen’s Club, na segunda-feira.
“Não planejava me tornar técnico assim que parasse de jogar, mas foi uma oportunidade única. Foi uma chance de aprender com um dos melhores atletas de todos os tempos. Você também aprende muito sobre como trabalhar em equipe. Quando atleta, você é o centro da atenção, enquanto quando treina um atleta, você trabalha com muita gente e precisa saber como transmitir sua mensagem”, comentou.
O britânico disse que aprendeu bastante em saber lidar melhor com essa situação e acredita que precisa se aprimorar para voltar a exercer essa função novamente. “Foi uma oportunidade brilhante para mim. Pudemos passar momentos muito agradáveis longe das quadras. Os resultados não foram os que queríamos, mas tentamos. Não acho que isso vá acontecer por um tempo”, observou Andy
Tênis masculino em ótima posição
Murray acredita que a final de Roland Garros no último domingo é a confirmação de que o esporte está em um ótima posição e sugeriu que o compatriota Jack Draper, quarto colocado no ranking mundial, fará parte do sucesso. “Ambos (Carlos Alcaraz e Jannik Sinner)são atletas brilhantes e têm personalidades muito diferentes, o que acho muito emocionante para os fãs”, comentou o ex-número 1.
“Para mim, Alcaraz, em particular, tem um estilo de tênis emocionante de assistir. Eles se complementam muito bem, já fizeram algumas partidas brilhantes e, pelo que me disseram, foi uma das melhores finais em muito tempo. Olhando para o futuro, o tênis masculino está em uma ótima posição”, analisou o britânico, que não deixou de destacar Draper, apostando que o britânico brigará pelos Slam no futuro.
Ao mesmo tempo em que elogiava a próxima geração, Murray fez questão de enfatizar que Alcaraz e Sinner têm um longo caminho a percorrer para igualar os 20 anos de domínio alcançados por Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic. “O esporte está em um lugar muito bom, mas é importante não esquecer o que os caras fizeram”, pontuou o escocês.
“Ganhar mais de 20 Slam é excepcional. Vi alguns comentaristas dizendo que se (Alcaraz e Sinner) entrassem em quadra contra o Rafa em Roland garros, seriam os favoritos para a partida com o Rafa em seu auge. Alcaraz e Sinner estão a caminho de se tornarem dois dos melhores, sem dúvida, mas leva tempo para construir o que Roger, Rafa e Novak tinham. Vamos ver se eles conseguem isso”, finalizou.
É muito cedo pra ele. Nem aproveitou direito a família sem as viagens…
O Djokovic deve ter enchido o saco e ele acabou aceitando pra ver se ele o deixasse em paz . Heehehehe
Depois dessa péssima 1a experiência como treinador, em que teve de treinar um ex-atleta descortês, espero que o Murray encontre um bom pupilo para treinar. Ele tem muito a ensinar. Inclusive, poderia buscar atletas no circuito feminino.
Sábio Murray.