Londres (Inglaterra) – O brasileiro João Fonseca estrela o episódio nº 3 da série “Jornada para Jeddah”, que enfoca os principais jovens que estão na luta para a classificação. O vídeo de menos de 10 minutos destaca a ascensão “meteórica” de Fonseca, que diz que um de seus objetivos na temporada é se classificar para a competição marcada para dezembro. “Vou me preparar e espero conseguir”, diz.
A filmagem acompanha Fonseca quando da disputa de um Challenger na Carolina do Norte em agosto deste ano. “É meu primeiro ano como profissional, estou viajando bastante. Às vezes não é fácil, você não pode ver muito sua família e amigos. Mas é o meu trabalho e preciso me acostumar a isso. Acho que tenho bastante maturidade, isso graças ao esporte.”
Seu treinador Guilherme Teixeira ressalta que João é um jovem simples e humilde. “Tem apenas 17 anos, então, precisamos olhar o ser humano e o jogador. Ele é um grande competidor e tem a capacidade de absorver as partes difíceis desse esporte”, explica. A leitura faz parte da rotina.
“Acho que realmente melhorei muito. Mental e fisicamente, estou bem melhor. Você pode ver meu ranking no início do ano, eu era nº 700 e agora em torno de 170, 160”, diz Fonseca.
“Fonseca, com certeza, é um dos mais promissores talentos do tênis neste momento”, aponta Blair Henley, analista de tênis. O brasileiro relembra que quando tinha cerca de 15 anos, seu técnico disse que ele tinha potencial, mas que só acreditou nisso ao ganhar o torneio juvenil do US Open no ano passado. “Eu estava pensando em ir para a universidade, me comprometi com a UVA, Virginia, mas depois do Rio Open, onde fui às quartas de final, eu não podia mais dizer não ao circuito profissional.”
O cronista esportivo Robbie Koenig aponta que “ele é mais um desses jovens que tem uma boa cabeça sobre os ombros. Ele nos mostrou isso, jogando no Rio, no começo do ano. Começou a temporada da melhor maneira possível e ao ganhar em Lexington ampliou a confiança.
Apenas oito se classificam para o Next Gen Final em Jedah. “É um sonho jogar com esses caras nesse torneio. Não gosto de fazer comparações com outros jogadores. Apenas tento ser eu mesmo. Quero conseguir, nunca estive em Jedah.”
Teixeira, seu técnico, conta: “Estamos fazendo o máximo todos os dias para manter este ritmo porque ele está crescendo muito rápido. Estamos tentando prepará-lo para chegar lá e brigar por títulos.”
Às vezes Fonseca se pergunta por que escolheu um esporte tão duro quanto a treinos e exercícios físicos. “Meu técnico me diz que com talento e trabalho, o céu é o limite. É realmente legal ter este tipo de relacionamento entre atleta e treinador. Ele não é só meu técnico, mas meu segundo pai. Ele não apenas me ensina sobre tênis, mas também é um grande amigo, pode falar de tudo comigo.” Teixeira agradece aos pais de Fonseca por acreditarem nele. “Isso é importante na relação entre João e eu.”
Jogar cartas faz Fonseca lembrar-se de casa. “Minha família toda é fascinada por cartas. Normalmente, jogamos depois do jantar e, então, não pensamos muito em tênis. É a parte do dia em que apenas conversamos e é legal.”
Teixeira aponta: “Todo esse sucesso vem com muita responsabilidade. Estou muito orgulhoso dele e estamos curtindo muito a jornada e, ao mesmo tempo, continuando a evoluir.” Por seu lado, Fonseca afirma que está muito feliz com seus resultados. “Mas quero mais. O Next Gen é um torneio famoso, meu sonho é jogar com os melhores e espero conseguir alguns bons resultados. Sei que há jogadores realmente muito bons, eu estou me preparando e espero conseguir.
