Em seu 2º Slam, Fonseca assimila lições e prevê jogo duro com Hurkacz

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Paris (França) – Em sua segunda experiência na chave principal de um Grand Slam, João Fonseca assimila as lições que teve na Austrália, onde furou o quali e ainda venceu Andrey Rublev pela chave principal, e também de outros grandes torneios que ele tem se acostumado a disputar ao longo da temporda. O carioca de 18 anos e número 1 do Brasil também projetou sua partida de estreia de estreia, diante do polonês Hubert Hurkacz, 31º do ranking e vindo de dois ótimos resultados no saibro, as quartas do Masters 1000 de Roma e a final de Genebra.

“O jogo contra o Hurkacz vai ser bem difícil. É um jogador experiente no tour, nunca joguei ou treinei com ele, será uma experiência nova”, avaliou Fonseca, atual 65º do ranking. “O saibro não é a melhor superfície dele, mas ainda é um jogador top 30 e que já foi top 10. Então vai ser muito difícil”.

“Tive alguns treinos muito bons, ganhei sets de jogadores de alto nível. Estou jogando muito bem”, acrescentou o carioca, que vem de eliminação na estreia em Roma. “Entendi que o tênis é um esporte como qualquer outro, com altos e baixos. Nem sempre você vai estar no topo. Vão haver momentos de pouca confiança, e você tem que saber lidar com isso. Mas agora me sinto muito confiante”.

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Fonseca também refletiu sobre sua campanha no Australian Open, seu primeiro Grand Slam como profissional. “Acho que foi o maior estádio em que já joguei. Também foi meu primeiro top 10. A torcida era enorme. Aprendi como jogar nesses palcos. Foi uma nova experiência para mim. Depois da Austrália, muita coisa mudou. Agora me sinto um pouco mais experiente nesse tipo de circunstância”, explica o jovem tenista, que desde então também atuou nos estádios principais de Indian Wells, Miami e Madri.

Lembranças de Paris e maior exposição

O jovem também falou com carinho de Paris e das lembranças que tem da cidade: “É sempre bom. Paris a gente ouve muito pelo Guga, né? E foi o meu primeiro Grand Slam como juvenil. Acho esse torneio maravilhoso, dos Slam eu acho o mais bonito, pelo saibro mesmo. Como eu já disse, eu nasci no saibro, acho lindo. Vim para cá pela primeira vez há três anos. Às vezes parece um déjà vu. Passei pela Suzanne Lenglen, onde ficamos no juvenil. Agora é minha primeira vez jogando aqui como profissional. É especial”.

Durante a coletiva com jornalistas internacionais nesta sexta-feira, o brasileiro comentou sobre o aumento da atenção da mídia e como vem lidando com isso ainda nos primeiros anos da carreira. “Estou curtindo minha vida no circuito. Estou alcançando coisas boas, ainda sou jovem e estou aprendendo a cada semana”.

“Tento focar na minha rotina, no que preciso fazer, nas boas pessoas ao meu lado me ajudando a alcançar coisas boas. Estou aprendendo a me adaptar. As coisas estão caminhando. É só continuar focado e jogando meu tênis”, afirmou. “E não é que eu não goste de falar sobre pressão, só acho que ela vai vir a todo custo. Eu acho que eu tenho que evitar. Não preciso ficar pensando sobre isso o tempo inteiro e, sim, no que eu tenho que fazer: trabalhar, melhorar, evoluir”.

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André
André
4 horas atrás

Ele já treinou sim com o Hurkacz…Perdeu 76 no finals que ele foi sparring

Davi Silva
Davi Silva
4 horas atrás

Não entendo a estratégia da equipe do João, se ele perder na estréia vai ficar duas semanas sem jogar, pois só joga em Halle, parece que ele já é um top10 e só joga torneio grande

Maurício
Maurício
3 horas atrás
Responder para  Davi Silva

Nunca tá bom, sempre alguém tem alguma coisa pra reclamar. Incrível

Ivan
Ivan
3 horas atrás

Também não entendo a postura de quem planeja a carreira do João, enquanto todos estão jogando pequenos e grandes torneios, inclusive os top 20, o João fica treinando no Rio, assim será difícil pegar ritmo e a chance de perder na primeira rodada de grandes torneios é grande.

Gabriel Potin
Gabriel Potin
2 horas atrás
Responder para  Ivan

Foco do Joao hoje não é ranking ou resultado de torneio. E construção e aprendizado. Ele nao é um maquina de jogar torneio. Será com 25 anos.

João
João
3 horas atrás

Joga igual uns 250 que estão no circuito… o tênis está bem chato, e não é de hoje.

Marco Aurelio
Marco Aurelio
2 horas atrás

O caminho, a fala e as circunstâncias do amadurecimento. Simplesmente isso. O resultado é consequência do trabalho. Para o tênis e para tudo. Não desejo boa sorte para o João, pois no esporte a sorte é momentânea. Siga o teu caminho e adoro essa tua postura e esse exemplo para os mais jovens. Precisamos muito disso. Não de ídolos, mais de caminhos dignos e verdadeiros. O que pelas manifestações dele é indiscutível. Te admiro muito.

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