Marbella (Espanha) – O sérvio Novak Djokovic, atual número 5 do mundo, estaria planejando mudar de residência permanente com a família a partir de setembro, revelou a ESPN argentina. Estabelecido em Monte Carlo de 2005 a 2020, e em Marbella, Espanha, nos últimos anos, o ex-número 1 do mundo estaria em negociações para se mudar para Atenas, na Grécia, onde jantou com o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis na última sexta-feira, de acordo com a Protothema.
Aparentemente, o 24 vezes campeão de Grand Slam, que também possui casas em Nova York e em sua cidade natal, Belgrado, já recebeu aprovação do governo para ingressar no programa Golden Visa, que permite que cidadãos estrangeiros se estabeleçam no país por um período de cinco anos.
Vale lembrar que Djokovic praticamente não se estabeleceu em seu país de origem desde seu início profissional, e essa oportunidade parece cada vez mais distante, dada sua relação ruim com o atual presidente, Aleksandar Vučić, ainda mais após apoiar o protesto de um grupo estudantil contra um acidente de trem em novembro passado, informa a ESPN.
O medalhista de ouro nas Olimpíadas de Paris, em 2024, casado com Jelena Ristic desde 2014 e pai de Stefan e Tara, é poliglota, fluente em vários idiomas e com conhecimento de outros, como o árabe, russo, chinês e japonês. Aprender o grego seria seu próximo desafio.
Uma capacidade atlética e intelectual fora de série. Nada mal curtir a vida na Grécia.
Djokovic era (e ainda é) residente em Mônaco como forma de sonegar impostos, não cumprir com suas obrigações fiscais. Agora que está prestes a encerrar a carreira, pode sair do paraíso fiscal para o paraíso na terra, na Grécia, para curtir a aposentadoria. Daquelas regalias que apenas os mais afortunados (ricos) têm direito.
Depois de não pagar os seus impostos na sérvia, que tem até uma tributação bastante baixa, é fácil fazer populismo, reclamando contra o governo e que “nada funciona”. Conhecemos bem esse tipo aqui no Brasil, que sonega seus impostos e depois reclama que não tem hospitais, que a violência aumentou, que a educação é ruim etc. Mais um belo exemplo dado pelo sérvio.
Quem reside em Monaco não está sonegando nada, esse papinho populista é o seu. Vários atletas e outros estrangeiros residem em Monaco e se enquadram à legislação do país, mas não pense que não pagam imposto. Quando ele ganha o US Open, o prêmio já vem com o imposto devido descontado, não é livre, mesmo ele morando fora dos EUA, igual em outros países. Esse seu papo de revolucionário de esquerda contra o capitalismo já encheu.
Imagina. Cobrar que um atleta cumpra com suas obrigações fiscais virou “papo de revolucionário de esquerda”. Pode ficar tranquilo, Fábio, que o Djokovic não costuma dar gorjetas para quem o defende.
Faz o correto em procurar melhores condições de vida. Imposto é roubo.
Esse é um exemplo claro da complexidade de aumentar impostos. As pessoas que tem bastante recursos, irão sair de seus países e acabam investindo menos em seu país de nascimento.
Quem quiser ler sobre o tema, recomendo se aprofundar em Curva de Laffer.
Por isso mesmo hoje em dia já se fala em tributação global; para evitar essa fuga dos ricos, que retiram suas riquezas, mas não retiram suas empresas dos seus países de origem, bom destacar.
A Curva de Laffer é um modelo limitado. Aplicável a casos desse tipo, em que a riqueza é produzida diretamente pelo próprio indivíduo, como esportistas, celebridades e afins.
Quanto a “imposto é roubo”, essa é apenas uma visão infantil de quem ainda não saiu dos fóruns “chan” de Internet para pisar no mundo real e discutir tributação a sério.
Vai chover, concordamos em mais alguma coisa. “Imposto é roubo” é uma tremenda falta de conhecimento político, jurídico, social, antropológico e filosófico. Ou uma tremenda fantasia completamente desconectada da natureza humana.
E também vejo com maus olhos a fuga dos ricos contra os impostos. Há, contudo, que se verificar se a tributação é justa ou não, a partir de critérios filosóficos e democráticos consistentes. Não é um tema fácil. No entanto, com a crescente desigualdade sócio-econômica e a existência de bilhões na pobreza e na miséria, não é difícil perceber que estamos longe de uma tributação justa.
Nesse ponto, penso que John Rawls tem a melhor teoria e proposta, porém nunca os poderosos irão aceitar, nem mesmos os incautos pobres diabos que labutam pela sobrevivência, mas sonham em um dia conquistar a riqueza ou gostam de ver seus ídolos ostentando.
Perfeito, José Afonso.
Veja que o Guga enfrentou autuações por parte da Receita Federal por ter deixado de pagar os impostos devidos sobre as premiações que recebeu ao longo da carreira.
Ele discutiu a questão no âmbito administrativo, perdeu e resolveu pagar o que era devido. Não buscou nacionalidade alheia, não mudou seu domicílio fiscal para o estrangeiro, discutiu a questão como um adulto, perdeu e quitou suas dívidas.
Quem dera todos os atletas fossem como o Kuerten. Convenhamos que dinheiro nunca será problema para essa turma toda.
Você percebe como a pessoa é medíocre quando ataca a vida pessoal sem embasamento nenhum, porque não pode questionar atleticamente e profissionalmente
Brasileiro falando que Djokovic não paga seus impostos, acho que primeiro uma certa capital deveria pagar o que deve a Djokovic.
Grande tenista, mas sua personalidade o faz acumular haters em qualquer lugar, tanto que já não mora em seu país e talvez tenha incomodado vizinhos em Monte Carlo
Romaria à Grécia !
Do Big 3, apenas Nadal continuou morando em seu pais, mesmo com uma carga tributária muito alta, demonstra grande comprometimento com suas raízes.
A questão da moradia, diz muito sobre atletas que são verdadeiras corporações, principalmente oriundos de países pobres.
Tem quem acredita neles…
(Tudo é dinheiro)
Uai, Federer saiu da Suíça?
Federer tem residencia (também) em Dubai, um paraíso fiscal, ele diz que é para fugir do rigoroso inverno suíço, eu acho que é para não pagar imposto de renda.
Meu caro Claudinho, creio que isto é exercício imaginativo seu. Tendo sua residência principal na Suíça, é certo que seu domicílio fiscal é no país helvético, de modo que não escapa do imposto de renda somente por ter residência lá.
A depender do tempo que passa em ou outro, o risco é de ter dois domicílios fiscais e ser duplamente tributado. Nos EUA, por exemplo, salvo engano, se vc adquire um visto de residência, paga imposto de renda lá também.
Um parente distante rico que lá vivia vinha de 3 em 3 meses ao Brasil, para utilizar somente o visto de turista e não ser bitributado, rsrs.
A questão aqui é as empresas do saltitante suíço, quantas empresas deve ter Roger Federer, e quantas estão com domicílio em Dubai?
Estamos falando de corporações.
Lembrando que a carga tributária na Suiça é baixa, comparando com outros países europeus.
(Becker foi preso justamente por isso, mas não era uma corporação Suiça, nem alemã)
Não sei onde o Federer vive exatamente mas sua residência fiscal eh na Suíça
Sim, num mundo liberal moderno, herdeiro dos ideais iluministas, tudo é dinheiro, infelizmente. E sua distribuição é bastante injusta, convenhamos.
Uma harmonização do cultivo à virtude proposto por Aristóteles com a proposta sobre distribuição de John Rawls nos conduziria à sociedade ideal, ao meu ver.
Mas quem quer saber disso? As pessoas querem é “gozar a vida”, sem qualquer preocupação de ordem moral — e o dinheiro é o grande instrumento para tal.
É complicado, caro Afonsinho, admiramos grandes esportistas, que não são necessariamente grandes homens.
Raramente encontramos as duas coisas juntas num esportista.
O sérvio não é perfeito, mas penso que é, sim, um grande homem, caro Claudinho. Já deu diversas mostras de sua generosidade e solidariedade com os menos favorecidos, tanto no mundo do tênis quanto fora dele.
Além disso, parece excelente pai, filho e marido. O que se pode criticar no sérvio, ao meu ver:
– seu temperamento “esquentado”;
– sua opção por não contribuir com impostos em seu país de origem;
– e, principalmente, seus gostos e crenças anticientíficos.
Não tenho a mesma opinião, acho que a “folha corrida” do sérvio é extensa e deixa a desejar.
Mas respeito opiniões contrárias.
O caso do sérvio é ainda mais escandaloso, já que estabeleceu residência em Mônaco ainda na adolescência. Ou seja, se furtou de recolher impostos sobre praticamente todos os ganhos de sua longeva carreira. Os sérvios que se lasquem!
Olá Gilvan, até porque a nossa gloriosa Suiça é um dos países mais ricos do mundo, o PIB per capito e de 100 mil dólares.
Enquanto nossa grande mãe Servia, tem uma renda per capita de 13 mil dólares, com muitos problemas sociais.
Djokovic pode ter casa em qualquer lugar (como tem), mas não deveria fugir dos tributos de seu pais, afinal, é um “nacionalista”.
E na adolescência ele já sabia que seria um multimilionário???
Certamente que sim, assim como sabemos hoje que o João Fonseca será um multimilionário. Previsões autorealizáveis.
Paulada na cabeça não Helton, rsss
“O caso do sérvio ainda é mais escandaloso”. Ou seja, deixa o meu ídolo Federer sonegar à vontade.
Errado. Federer segue morando na Suíça, de onde nunca se mudou.
Djoko é tão goat que faz a galera até discutir teoria econômica rs.
Onde receber as melhores isenções fiscais ele vai….