Wuhan (China) – A conquista de Coco Gauff no WTA 1000 de Wuhan no último domingo coincide com o momento em que a atual número 3 do mundo fez ajustes na equipe para corrigir um problema recorrente em seu jogo. Gauff contratou Gavin MacMillan, especialista em biomecânica, pouco antes do US Open. O objetivo era solucionar as dificuldades que a norte-americana tinha com o saque. Embora tenha caído ainda nas oitavas no Grand Slam nova-iorquino, a jovem de 21 anos seguiu trabalhando e logo conseguiu dois bons resultados, na China, tendo sido semifinalista anterior em Pequim na semana anterior ao título
“O saque era uma grande lacuna no meu jogo, e ainda pode melhorar”, explicou Gauff após a vitória na final sobre Jessica Pegula por 6/4 e 7/5. “Mas acho que já foi uma grande evolução desde Cincinnati e Nova York até agora. Antes, eu sacava de forma errada tecnicamente e sentia que não tinha uma solução. Agora eu tenho, e é só continuar confiando no processo”.
“Sinto que estou sempre tentando evoluir e melhorar. Não tem nada contra os técnicos com quem trabalhei antes, mas às vezes, uma nova perspectiva ajuda. Pode até ser que digam coisas parecidas, mas talvez a forma de transmitir mude, e eu consiga absorver melhor”, acrescentou a norte-americana, que venceu 12 das últimas 14 partidas que disputou. O título em Wuhan foi o terceiro WTA 1000 da carreira e a primeira conquista da norte-americana desde junho em Roland Garros.
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Gauff não perdeu sets na campanha para o título em Wuhan, torneio que exigiu muito fisicamente das jogadoras por causa do calor e da umidade. “As condições aqui me lembram muito de onde eu treino, na Flórida. Então, me senti confortável em quadra. Mas é um torneio muito desgastante, e o corpo sente. Mesmo assim, consegui manter a concentração em todos os jogos”.
“Estou muito feliz com a forma como joguei”, afirmou a tenista, que também venceu a italiana Jasmine Paolini na semifinal e passou por Moyuka Uchijima, Shuai Zhang e Laura Siegemund nas fases iniciais. “Mesmo nos momentos difíceis, acreditei em mim e confiei nos meus instintos. Ganhar o torneio da maneira que ganhei me dá muita confiança. Vencer todas as partidas em dois sets mostra que tenho o nível que quero alcançar”.
Gauff também segue ampliando sua impressionante marca em quadras duras: ela venceu as nove finais que disputou nesse piso: “Acho que em finais há algo dentro de você que te faz ir com tudo, porque você chegou até aqui e quer levantar o troféu. Nas quadras duras é onde me sinto mais à vontade, foi onde cresci jogando”, explica a terceira do ranking, que agora segue para o WTA Finals, em Riad, onde tentará defender o título conquistado no ano passado. “Meu foco agora é descansar um pouco e treinar em casa, na Flórida. Depois, é ir para Riad e tentar terminar o ano jogando meu melhor tênis”.