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Alcaraz: “Quero marcar meu nome na história de Roland Garros”

Foto: Peter Staples/ATP Tour

Paris (França) – Com apenas 21 anos, Carlos Alcaraz irá disputar sua terceira final de Grand Slam. Campeão do US Open em 2022 e de Wimbledon no ano passado, o espanhol tem o sonho de vencer pela primeira vez em Roland Garros, onde o ídolo Rafael Nadal reinou com 14 conquistas e muitos outros espanhóis fizeram história. Depois de vencer uma batalha de cinco sets contra o italiano Jannik Sinner na semifinal, Alcaraz enfrentará o alemão Alexander Zverev valendo o título em Paris.

“Eu saía da escola e corria para casa para ligar a TV e assistir aos jogos de Roland Garros. É um torneio muito especial para mim e que assisto desde pequeno. Já nos acostumamos a ver o Rafa [Nadal], mas antes dele também houve outros espanhóis que conquistaram títulos aqui. Então quero deixar minha marca, meu nome nessa lista”, disse Alcaraz na coletiva de imprensa após a vitória na semifinal.

“Antes de me tornar profissional, só vim a Roland Garros uma vez. Pude vivenciar como era esse torneio quando tinha 11 ou 12 anos. Vim jogar um torneio infantil que eles realizaram abaixo da Torre Eiffel e foi um momento muito bacana onde também conheci muitos jogadores, conheci o Holger [Rune] lá e muitos outros estrangeiros”, acrescentou o ainda jovem jogador espanhol.

Aproveitar os break-points foi fundamental

A vitória sobre Sinner nesta sexta-feira marcou o nono encontro entre os dois rivais no circuito. E agora o espanhol lidera o histórico por 5 a 4. Mesmo com a derrota na semi, Sinner será o novo número 1 do mundo a partir de segunda-feira. O italiano venceu seu primeiro Slam em janeiro, na Austrália. Já Alcaraz, que começou o torneio na terceira posição, pode voltar o segundo lugar se for campeão. Ele tem 36 semanas no topo do ranking.

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“Não foi fácil disputar este jogo contra o Jannik”, reconheceu Alcaraz após a vitória por 2/6, 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3. “Para jogar com ele, você precisa nível muito alto de exigência mental, física e de tênis durante toda a partida. Manter essas três coisas por quatro horas não é fácil, principalmente no saibro. Estava muito calor e disputamos trocas longas, que deixam você muita energia. No final, tivemos que lidar com mudanças de tática, de posição, além do cansaço e de cãibras de ambos. Estou muito feliz por estar na final”.

“Acho que o segredo foi aproveitar as minhas chances. No primeiro break-point que eu tive, consegui quebrar. E no quinto set, aproveitei também um break-point logo cedo. Ele teve boas chances de quebrar o meu saque. Muitos games foram ao 40-iguais”, então diria que isso foi decisivo”.

“Eu o vi sofrendo um pouco no terceiro set, mas também tive cãimbras naquele momento. Aprendi com a semifinal do ano passado contra [Novak] Djokovic e estava na mesma posição hoje. Sabia que precisaria ter calma e seguir em frente porque a cãibra iria passar. Foi estranho, mas o quarto set e o quinto set foram ótimos. Jogamos um ótimo tênis e estou muito feliz com tudo o que fiz hoje, esperando pelas minhas oportunidades”, complementou o espanhol.

Duelo com Zverev na final

E mesmo com toda a empolgação por uma vitória tão importante, Alcaraz sabe que o torneio ainda não terminou. Adversário de domingo, Zverev vem de título no Masters 1000 de Roma, lidera o histórico por 5 a 4 e levou a melhor contra o espanhol no Australian Open. No entanto, o duelo mais recente foi vencido por Alcaraz em Indian Wells. “Não senti que fosse uma final antecipada”, alertou. “Domingo vai ser um jogo muito difícil. Terei que lutar e jogar muito bem se quiser vencer. Hoje foi uma grande vitória, mas para mim não foi uma final antecipada”.

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10 Comentários
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Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
1 mês atrás

Pretensão justa e legítima. Ele tem todo o direito de querer escrever o seu nome na história de Roland Garros. Vamos ver se ele consegue realizar esse objetivo. Não ter o Nadal como concorrente já é uma grande vantagem.

Lee
Lee
1 mês atrás

Se não tivesse o Nadal o Djokovic teria vencido no minimo uns 7 Roland Garros. E o Alcaraz que fique mais focado no presente e esqueça de querer bater recordes por que isso prejudica muito a carreira dele.

Luiz Henrique
Luiz Henrique
1 mês atrás
Responder para  Lee

Djoko teria uns 4 RGs a mais sem Nadal, que por sua vez teria uns 2 AO e 2 WB a mais sem djoko

Federer eterno GOAT
Federer eterno GOAT
1 mês atrás

tem tudo pra se tornar o maior saibrista da história

Benhamin Goveia
Benhamin Goveia
1 mês atrás

Sempre torci contra o Carlos Alcaraz por ser torcedor do Novak Djokovic e ver o espanhol como um dos principais adversários do Djokovic. Mas agora começo a ver o Alcaraz com outra realidade e já começo a torcer pelo espanhol, uma vez que o sérvio já dá sinais de fim de carreira e o tênis precisa de grandes jogadores carismáticos e gênios nesse esporte. Amanhã serei torcedor do Miurinha. Rumo ao terceiro Grand Slam na carreira.

Luis Vanderley Santana
Luis Vanderley Santana
1 mês atrás

Sverev está em ótima forma,será uma final muito disputada

Luis Vanderley Santana
Luis Vanderley Santana
1 mês atrás

Zverev está em ótima forma,será uma final muito disputada

Ramiro Cora
Ramiro Cora
1 mês atrás

excelente jogador… mas arrogante e exibido demais

Caio
Caio
1 mês atrás

Em 2022 era muito mais jogador, pouco a pouco perde desempenho

Marcos
Marcos
1 mês atrás

Carlitos!!!! Sou nadal de carteirinha!!!! E gosto muito de vc!!! Mas amanhã será a glória do Sacha! Torço demais pelo alemao (ctz q ele não sabe quem sou, e nem irá ler o q escrevi, antes q apareçam algum engraçado!)

Um cara q tinha 20 e poucos anos e sempre foi conhecido pelos problemas extra quadras!!!! (Igual ao wild) e a imprensa nojenta parece q aguarda o momento para tocar no assunto, por mais delicado q seja!!!! Estarei com VC!!! Avante

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