Londres (Inglaterra) – A boa semana dos brasileiros no Rio Open refletiu no ranking desta segunda-feira, com subidas dos principais nomes do país. O destaque fica para o jovem carioca João Fonseca, que aproveitou muito bem o convite e com 17 anos de idade já alcançou pela primeira vez as quartas de final em um torneio ATP, disparando mais de 300 posições com a campanha.
Fonseca entrou no ATP 500 brasileiro fora do top 600 e nesta semana aparece na 343ª colocação, a mais alta da carreira, ganhando 321 lugares com o desempenho no saibro do Jockey Club Brasileiro. Ele já é o oitavo melhor tenista do país no ranking da ATP e pode seguir subindo, uma vez que vai disputar o ATP 250 de Santiago, onde também ganhou convite da organização.
Outro que também aproveitou a campanha no Rio foi o cearense Thiago Monteiro, que ficou a uma vitória de voltar ao top 100. O canhoto de Fortaleza foi mais um dos que parou nas quartas de final, ganhando com isso 15 lugares no ranking, que o levaram para o atual 102º posto.
Atual número 1 do Brasil, o paranaense Thiago Wild completa a trinca dos quadrifinalistas brasileiros no Rio Open. As duas vitórias conquistadas por ele na competição lhe renderam uma ascensão de nove lugares na ATP, indo para a 73ª posição, a melhor da carreira até então.
Embora não tenha conseguido ir tão longe quanto os compatriotas, o paulista Felipe Meligeni foi mais um a colher bons frutos do torneio nacional, onde furou o quali e foi até a segunda rodada na chave principal, perdendo para Monteiro. Com esta campanha, ele melhorou 23 lugares e agora é o 130º do mundo, uma posição abaixo de sua melhor da carreira.
Um pouco mais embaixo, o paulista Gustavo Heide acabou sofrendo uma pequena queda de dois lugares, descendo para o 238º posto. Em contrapartida, o também paulista Matheus Pucinelli deu um salto de 12 lugares com a vitória na primeira rodada do quali no Rio, caindo em seguida para o francês Corentin Moutet. Ele agora é o 303º do mundo.
Wild tem que defender 135 pontos em março e 99 em maio. Mas se fizer campanhas razoáveis nos torneios que participar, consegue bem mais pontos do que isso. Semi de ATP 250 ou QF de 500 vale aí seus 100 pontos, se ganhar um jogo em um Masters 1000 vale uns 70 se não me engano, se não mudaram a pontuação.
Monteiro tem q defender 45 pts da QF de Santiago agora, e de agora até maio ele vai se livrar das “cracas” que são os pontos dos Masters 1000 de fevereiro a maio de 2023 onde ele ganhou míseros 25 pontos em cada um e não tem como substituir os resultados. Em tese, jogando Challengers, pode subir bastante.
Meligeni até maio está relativamente tranquilo não tendo que defender muita coisa, tem q aproveitar agora pq está quase com seu melhor ranking, a hora de tentar entrar no top 100 é agora.
Fonseca agora é só alegria.
Fonseca já o número 8 do Brasil no ranking, o melhor Next Gen brasileiro, número 6 na corrida do Next Gen no ano, e o melhor 2006 no ranking da ATP, passando o Landaluce.
Na torcida para que o Fonseca faça alguns pontos em Santiago e suba mais no ranking. Agora, acho que tem chances de receber convite pra jogar o Masters de Miami, já que o Itaú é um dos patrocinadores. O João Souza, o Feijão, ganhou convite pra Miami há alguns anos atrás, porque o João Fonseca não ganharia?
Se eu não me engano, Tb é produzido pela IMM, mesma produtora do rio open. O que aumentaria a chance de convite. Por outro lado tem uma sequência boa de challengers na América do Sul.
Até agora a melhor surpresa do ano no circuito, falando em talento jovem. Tem a mesma assessora de imprensa do Guga, patrocinado pela marca do Federer, ou seja, creio que serão muitos convites, porque certamente o circuito quer que um talento como o dele suba o mais rápido possível no ranking.
Bem lembrado, Renan. O Heide também ganhou convite pro quali de Miami, em 2022. Seria até estranho não chamarem o Fonseca.
Parabéns João e Wild, subindo e jogando, Monteiro, Meligeni e Heide preferindo descansar, não dá pra esperar muita coisa deles né
O título da matéria poderia ter mencionado o melhor ranking do Wild, que é o atual #1 nacional.
Mencionou.
“Fonseca dispara na ATP e Monteiro fica perto do top 100”.
Acho que para todo o planeta está nítido que o ranking do João não é o que ele está hoje. Enxergo ele hoje pelo menos no top 150.
Para figurar no top 100 ainda precisa melhorar o físico, mas a boa notícia é que isso é que acontecerá naturalmente para a idade dele.
Eu chuto que ele termina esse ano beirando o top 100 e ano que vem, meus amigos, se preparem!
Jogou em nível muito próximo do do Wild no Rio Open, ou seja, se o Fonseca jogar um ano inteiro com essa regularidade já seria top 100 tranquilo. Se melhorar o físico pra não morrer após 3 ou 4 jogos, aí ele vira top 50 fácil.
Acho que muita gente faz confusão na interpretação do ranking e por isso, na minha opinião, tem pessoas que fazem alguns comentários absurdos como “ranking fake” , “ranking circunstancial”, “ranking não merecido”. A posição no ranking, via de regra, é uma fotografia do desempenho do tenista nas 52 semanas anteriores à sua divulgação. Então, o ranking atual de determinado tenista é exatamente onde ele fez por merecer estar com base no desempenho nas últimas 52 semanas. Por isso, no caso do João Fonseca, ele mostrou um grande potencial de que pode conseguir grandes resultados e, por consequência, dar um grande salto no ranking. Mas precisamos esperar para ver se isso vai se confirmar. Por enquanto, a posição no ranking em que ele se encontra é exatamente onde fez por merecer estar.
Concordo em termos. A posição “real” é aquela em que o tenista se estabiliza. A Bia é um exemplo disso, está desde agosto de 2022 entre 10-20 (mais de 52 semanas na mesma faixa). Para os iniciantes no circuito, leva um tempo até que eles se estabilizem em uma faixa de ranking, já que à medida que avançam, têm acesso a torneios que oferecem pontuações mais altas.
Outro exemplo na parte que concordo contigo é o do Thiago Monteiro, que permaneceu no Top 100 por 5 anos, e havia pessoas que argumentavam que seu ranking não era real. Isso sim é brigar com os dados.
Ótimo! E vamos subir mais com o tempo. Cada um com seus passos e saltos possíveis.
Caso João Fonseca passe pela estreia contra o argentino Thiago Tirante, já será o número 7 do Brasil. Passando pelas oitavas, contra o vencedor do jogo entre o experiente Carballes Baena e o arrelia Corentin Moutet, passaria a número 5, já no top 300. Uma eventual quartas seria ainda mais complicada, possivelmente contra o top seed Nicolás Jarry, caso este passe pela estreia.