São Petersburgo (Flórida, EUA) – A Associação Feminina de Tênis passará por mudanças estruturais significativas em seu organograma, separando as funções de CEO e presidente. Nesta terça-feira foi anunciado que o atual diretor-executivo, Steve Simon, deixará o cargo para assumir o novo papel na presidência da WTA. Por enquanto, ele segue ocupando os dois postos.
A revisão da estrutura visa principalmente permitir maior foco na missão e nos objetivos da entidade, trazendo um líder adicional. Como presidente, Simon deverá se concentrar apenas na governança da organização, enquanto o novo CEO será responsável pela gestão e crescimento das operações da WTA e das suas muitas iniciativas.
“Meu foco irá, obviamente, para a governança. Gerenciar as respectivas diretorias e conselhos. Poderei dedicar mais tempo às questões geopolíticas que continuam prevalecendo no esporte e que afetam os negócios. Vou passar mais tempo trabalhando na direção estratégica da organização e nos desafios que ela enfrenta”, disse em uma entrevista de vídeo à Associated Press e à BBC.
Ainda de acordo com ele, o papel combinado do CEO e com o presidente ajudará a otimizar o seu tempo para questões mais importantes. “Em algum momento você vai começar a perder algumas coisas Há apenas algumas horas do dia que você pode aproveitar, então faz muito sentido ter alguém para lidar com os negócios do dia a dia, enquanto eu posso lidar com mais questões de nível superior que obviamente levam muito tempo”, explica.
Para o cargo de diretor executivo, que se reportará diretamente a Simon, o dirigente revelou que a preferência será por uma mulher. “Eu acho que faz sentido e seria o melhor para os interesses da organização a longo prazo”, afirma. Ex-diretor do torneio de Indian Wells por mais de uma década, o norte-americano comanda a WTA desde 2015, substituindo Stacey Allaster, que estava na função há seis anos.
Sob a sua gestão, Simon afirma que o tênis feminino teve um crescimento financeiro significativo nos últimos sete anos. “Acredito que éramos um negócio de US$ 64 milhões em 2016 e seremos um negócio de US$ 128 milhões este ano. E devemos dobrar esse valor até 2027 com nossas atuais projeções de plano de negócios”, declarou.
Por fim, o ‘novo’ presidente da WTA enfatiza que as mudanças organizacionais em nada têm a ver com com os problemas enfrentados na realização do WTA Finals em Cancún. “Começamos essas discussões [sobre a mudança da estrutura de liderança] no verão, então elas não estão ligadas a nada do que aconteceu em Cancún ou… à percepção de que não foi o ano mais fácil.”
A WTA tem muito potencial!
Atualmente está mal gerida!