Brisbane (Austrália) – O australiano Bernard Tomic falou pela primeira vez depois de ser interrogado pela polícia sobre apostas suspeitas feitas em dois de seus jogos, em uma investigação policial sobre manipulação de resultados. Questionado sobre o assunto, ele não quis se aprofundar e saiu pela tangente.
“Não vou comentar sobre isso”, disse Tomic quando questionado sobre a investigação policial em torno de duas partidas que ele jogou em 2021 e 2022. “O tênis me mantém vivo, me mantém são, me dá algo para fazer. Sem tênis, você perde seu propósito”, acrescentou o australiano.
A investigação ganhou as manchetes no meio do Australian Open, com o jogador de 32 anos no meio da confusão. Ela foi iniciada após uma investigação do The Age, que a descreveu como uma força-tarefa policial multiagências montada para investigar apostas suspeitas em duas partidas envolvendo o ex-número 17 do mundo.
Casas de apostas online sinalizaram uma série de apostas suspeitas na partida de Tomic contra o russo Roman Safiullin durante o qualificatório para o Australian Open de 2022 e em outra partida que ele jogou meses antes na Turquia.
Ex-top 20, o australiano ocupa atualmente apenas a 230ª colocação no ranking e disputa uma série de challengers em Brisbane, onde fez quartas na semana passada e agora espera por sua estreia, enfrentando o japonês Masamichi Imamura, de 26 anos e atual 253 do mundo.
Tomic tem uma visão realista de sua condição atual e sonha com feitos bem mais modestos no momento. “Terminar o ano no top 100 seria ótimo. Vamos ver como será. Muita coisa mudou no tênis, minhas expectativas não podem ser muito altas. Tenho que ser realista”, contou o australiano.
