Em clima de amizade, final de duplas garante título brasileiro no SP Open

Felipe Priante
Especial para TenisBrasil

São Paulo (SP) – Pela primeira vez desde 1986 uma brasileira será campeã de duplas jogando dentro de casa. A dupla 100% nacional da paulista Laura Pigossi com a carioca Ingrid Martins enfrentará a paulista Luisa Stefani e a húngara Timea Babos em um clima amistoso, mas também competitivo, com ambas querendo levantar a taça

“Não espero nada menos delas. Eu acho que seria perfeito uma final com três brasileiras. Obviamente a Timea não é (brasileira), mas é do nosso time, então praticamente brasileira também. Seria o melhor cenário para o torneio, obviamente é um jogo duro”, disse Luisa logo após garantir vaga na decisão e antes mesmo das amigas também vencerem sua semi.

“São duas das minhas melhores amigas do circuito, que o tênis me deu e até para a vida, não só agora no tênis. Então elas sabem que eu torço muito por elas. Tirando quando jogam contra mim, eu quero que elas ganhem sempre. Contra mim, a gente quer ganhar”, acrescentou Stefani.

A número 1 do Brasil nas duplas inclusive falou que pretendia acompanhar as amigas. “Provavelmente vamos assistir sim. Eu ainda tenho fisioterapia, banho, comer, um monte de coisa. Com certeza dá um tempo. Os jogos são à tarde também, então eu uso as manhãs para ficar tranquila, me concentrar. Se eu não assistir agora, eu vou assistir o replay amanhã”.

Recadinho e convite especial de Luisa Stefani e Timea Babos, que disputam a final de duplas do SP Open amanhã, para vocês! 🇧🇷🤝🇭🇺 pic.twitter.com/jVAiBG6QXd

— SP Open (@spopenoficial) September 13, 2025

Luisa e Ingrid entram no clima

O clima de amizade e competição também marcou a entrevista da dupla 100% brasileira, que também falou sobre a rivalidade. “Ela (Luisa) é uma grande jogadora, grande amiga, vai ser um grande jogo e a gente vai chamar essa torcida para a gente”, disse Ingrid. “Nós somos a dupla toda brasileira”, acrescentou Laura.

“É incrível ter três brasileiras na final, agora é desfrutar disso e ir para a vitória”, complementou a tenista carioca, que brincou com o clima da partida, que terminou tarde e já com sereno, inclusive com uma pequena paralisação por chuva. “Sou carioca e precisei me aquecer, por isso também chamei mais a torcida para esquentar”, brincou.

A pausa pela garoa e a possibilidade de não terminar o jogo não foi algo que preocupou as brasileiras. “A gente continuou focada, são coisas que a gente não controla. Nessas horas a gente apenas faz o que precisa ser feito. É o que é”, falou Laura.