“Tomei a decisão no início do ano”, diz Garcia sobre a aposentadoria

Foto: Loïc Wacziak / FFT

Paris (França) – Após anunciar a despedida do circuito, disputando Roland Garros pela última vez, a francesa Caroline Garcia esclareceu melhor seus pensamentos na entrevista coletiva antes do torneio, na qual afirmou que o problema nas costas foi um fator para sua decisão, mas não o principal. Ela também disse quais são seus planos para a sequência da temporada de despedida da WTA.

“Tomei a decisão no início do ano. Não tinha certeza se deveria anunciar ou não, mas obviamente quanto mais próximo o torneio ficava, mais animada eu ficava, então achei que era um bom momento. Estou tranquila quanto à minha decisão e aproveitando cada minuto”, disse Garcia, que estreia em Paris na segunda-feira contra a norte-americana Bernarda Pera

“Não tomei essa decisão por causa da dor, não tem nada a ver com isso. O objetivo mais importante no esporte é se superar, ir cada vez mais longe, mas às vezes existem limites físicos e você tem que lidar com eles. Pensei muito na dor nas costas, a ponto de dizer a mim mesma: ‘Talvez não valha a pena agora’. Tem sido uma luta diária, é verdade, um desconforto constante”, acrescentou a francesa.

Garcia confessou que as dores nas costas tiravam sua autoconfiança. “Eu tinha dificuldade para pensar além da dor, do estresse mental e até do medo. Muitas vezes disputei torneios que não deveria ter jogado por causa da dor, além de não estar mentalmente preparada. É exaustivo jogar com dor, é difícil aproveitar esses momentos e é por isso que às vezes eu não confiava em mim o suficiente”.

Despedida de Roland Garros

A última aparição de Garcia no Grand Slam em que joga como local também foi abordado pela francesa de 31 anos. “É uma sensação estranha, mas eu sabia que seria minha última vez aqui, então me preparei. Venho a este torneio desde pequena, quando estava na escola, assistindo na TV às 16h depois das aulas. Há muitos momentos especiais e alguns muito difíceis, mas foi isso que me moldou como tenista”, comentou.

“Lembro-me de vencer as duplas duas vezes com Kristina Mladenovic, embora também tenha tido momentos maravilhosos nas simples. Foram sempre momentos especiais, então espero que este ano não seja exceção”, acrescentou Garcia, que já foi a número 4 do mundo em simples, mas atualmente é apenas a 144ª e por isso seus planos até o fim do ano não estão definidos.

“Vou jogar em Queen’s porque é o primeiro ano das meninas lá, então isso me motiva muito. Depois, gostaria de ir para Wimbledon, mas isso dependerá do meu ranking, já que perdi muitas posições. Nesse caso, dependerá se eu conseguir um convite ou não. E depois tem o US Open”, finalizou a tenista que tem 11 títulos de WTA na carreira.

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Paulo H
Paulo H
4 horas atrás

Outra aposentadoria precoce por problemas físicos e mentais (não está explícito na transcrição parcial da entrevista, mas já havia sido citado por ele anteriormente). Gostava do jogo dela, bastante agressivo, mas que pecava pela falta de um bom saque. Seja feliz em sua turnê de despedida e em sua nova fase da vida, Caroline.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 hora atrás

Todo jogador e jogadora tem que pensar na vida pós carreira de atleta. Levar sequelas da carreira de atleta para a vida após aposentadoria por ter ultrapassado alguns limites que não devia, é um preço muito alto a se pagar, não vale a pena. Então, todos (as) atletas devem se cuidar para que consigam ter uma vida saudável após a aposentadoria. Boa sorte para a Caroline Garcia, que ela tenha um ótimo final de carreira e tenha uma vida saudável e sem sequelas após encerrar a sua carreira de atleta.

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