Thiem sobre Alcaraz e Sinner: “Levaram o tênis a um novo patamar”

Dominic Thiem (Foto: Andrew Eichenholz/ATP Tour)

Viena (Áustria) – Já aposentado das quadras desde outubro de 2024, Dominic Thiem acompanha com admiração o crescimento da nova geração do tênis masculino. Em entrevista ao Cronache di Tennis, o austríaco de 30 anos elogiou a rivalidade entre Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.

“Eles elevaram o nível do esporte além do que estávamos acostumados. Jogam cada vez mais rápido, cometem menos erros e se movimentam cada vez melhor”, disse Thiem, que conquistou o US Open em 2020 e foi número 3 do mundo.

Desde o início de 2024, Alcaraz e Sinner venceram os últimos sete Grand Slam. Neste ano, se enfrentaram nas finais de Roland Garros e Wimbledon. Em Paris, o espanhol levou a melhor numa épica batalha de 5h29, salvando três match-points. Em Londres, Sinner deu o troco com uma vitória consistente em quatro sets, encerrando a sequência de 24 triunfos seguidos do rival na grama e conquistando seu primeiro título no All England Club.

Para Thiem, o impacto de ambos é surpreendente. “Não esperava que dois talentos geracionais surgissem tão rápido após o Big 3. E ainda temos Djokovic jogando em alto nível. Hoje eles estão bem à frente dos demais, mas também podem ser derrotados, como vimos com Dimitrov em Wimbledon, ou com Zverev, Fritz e Draper quando estão no melhor nível”, analisa.

O austríaco, que travou duelos memoráveis com Federer, Nadal e Djokovic, vencendo os três mais de uma vez, lamenta não ter tido a chance de enfrentar Sinner e Alcaraz em seu auge. “Gostaria de ter jogado contra eles no melhor momento da minha carreira. Não sei como teria terminado, mas teríamos nos divertido muito.”

Thiem encerrou a carreira com 17 títulos de simples e quatro finais de Grand Slam, além de um retrospecto positivo contra Federer (5-2) e campanhas expressivas contra Nadal (6 vitórias e 10 derrotas) e Djokovic (5 vitórias e 7 derrotas). Desde a lesão no punho em 2021, nunca conseguiu recuperar o nível que o levou ao topo e acabou encerrando a carreira precocemente.

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José Afonso
José Afonso
1 mês atrás

Grande jogador, uma pena sua lesão.

Acho curiosa essa empolgação com os dois, pois ao meu ver não fazem nada que Djokovic e Nadal não fizessem 10 anos atrás.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 mês atrás
Responder para  José Afonso

Curiosa ?. O peso de bola é outro totalmente diferente. Os principais Ex- jogadores comentaristas , cansam de repetir, e somente Sr José Afonso ainda não percebeu. Em sua casa, no AOPEN 2024 , Djokovic não teve em 4 Sets, uma Única chance de quebrar o Serviço de SInner. Agora em Wimbledon, outra vez, não teve uma Única chance de quebra nos dois primeiros Sets. Muito curioso…rs. Abs !

Thiago
Thiago
1 mês atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Você está comparando um Djokovic com 38 anos jogando contra caras de 22, 23 anos! Não tem sentido!
Queria ver o Alcaraz e o Sinner fazendo isso contra o Big 3 no auge de cada um deles…
Não veriam a cor da bola!

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
1 mês atrás
Responder para  Thiago

Não sou eu quem está comparando. É o mundo do Tênis como um todo. Difícil para fanáticos verem um palmo a distância…rs. Abs !

evaldo.moreira
evaldo.moreira
1 mês atrás
Responder para  Thiago

Hummm….hummm,

Antes era Federer com 38 e tal, e ai ficaram comparando….
Agora o senhor vem, essa lorota de Nole com 38 e não sei o que mais, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

A mesma compração sem noção do Federer, que alguns falavam, agora com Novak??? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mundo doido mesmo, e a prosito, sua fala não tem a nada ver com o proposto, esses meninos , o que els fazem hoje, na idade do BIG 3, são superiores sim, mesmo se trantando de épocas diferentes, os principais comentaristas do circuito falam isso, e não é de hoje.

Felipe
Felipe
1 mês atrás
Responder para  José Afonso

Você joga tenis? Ou so comenta por comentar? Qq um que entende um pouco enxerga nitidamente o peso de bola com poucos erros e trabalho de pernas absurdo (neste ponto ate acho que Nadal chega igual). O jogo esta mais forte mantendo o pouco erro do Big4

Ronildo
Ronildo
1 mês atrás
Responder para  José Afonso

Poxa, José Afonso. Faça uma comparação da final de RG 2025 e qualquer outro jogo do Djokovic em qualquer época. Djokovic basicamente sempre se esmerou em devolver a bola a depois da 10, 11, 12, partir para o vinner. Enquanto Sinner e Alcaraz soltaram rojões deste a primeira bola, em praticamente todos o games. Este estilo de Djokovic foi amplamente superado por Sinner e Alcaraz. Somente um tenista com enorme variação, e jovem, teria chance contra os dois atualmente.

Realist
Realist
1 mês atrás

Vejo apenas como substitutos dos grandes do passado, como o Federer e o Nadal.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 mês atrás
Responder para  Realist

Os grandes do passado, Federer e Nadal, têm menos conquistas que Novak Djokovic. Pra ter um pouco de lógica e sentido o que você colocou, ou Federer e Nadal não eram tão grandes assim, ou Novak Djokovic era, no mínimo, do mesmo nível do suíço e do espanhol.

Marcelo
Marcelo
1 mês atrás

Se o Thiem que jogou e venceu o Big three pensa
isso, quem sou eu pra discordar. Sempre achei que tinha presenciado a era de ouro do tênis. Mas agora chegam esses dois… Sorte a nossa

Marcos Antonio Vargas Pereira
Marcos Antonio Vargas Pereira
1 mês atrás

Super fã do Domi, se não tivesse tido a lesão certamente ganharia mais GS e talvez tivesse sido numero 1 em algum momento

Ronildo
Ronildo
1 mês atrás

Certamente chegaria ao número desbancando o Murray em algum momento da carreira , se este também não tivesse tido uma grave lesão no quadril.

Jonas
Jonas
1 mês atrás

Depende, outro patamar em relação a que? Alcaraz vive perdendo para o Djoko idoso, vem de 2 derrotas inclusive e chegou a perder o posto de número 1 para o próprio sérvio em 2023.

Sinner é o marreteiro mais completo que já vi, domina o ranking de forma justa, mas particularmente não acho ele mais completo que o Big 3 no auge.

Eles estão no mesmo nível técnico do Big 3 em geral, mas não acima. A maioria aqui viu o Federer de 2005-2006, Nadal de 2010-2013 ou o Djoko de 2011, que era assustador. Sinner e o Alcaraz não são mais completos que essas versões desses caras, mas podem vir a ser porque estão em constante evolução.

Outro patamar em relação a Zverev, Medvedev, Fritz, Ruud etc? Obviamente sim, mas ainda têm que manter uma consistência absurda durantes anos, algo que vimos com o Big 3.

O que existe hoje no circuito é uma espécie de “entressafra”, já que a maior força, depois de Alcaraz e Sinner, é o Djokovic de 38 anos. Ele é capaz de fazer mais do que Fritz, Draper e Musetti vêm fazendo. Ainda não surgiu um tenista jovem e que se provou de fato, tanto que a maior aposta é na novíssima geração do Fonseca.

Sandro Amaro
Sandro Amaro
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Excelente comentário amigo.

Jonas
Jonas
1 mês atrás
Responder para  Sandro Amaro

Obrigado, Sandro!

Ronildo
Ronildo
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Este comentário está 1 ano desatualizado, Jonas.

Jonas
Jonas
1 mês atrás
Responder para  Ronildo

Por qual motivo, caro Ronildo?

Ronildo
Ronildo
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Porque este ano Djokovic não tem conseguido chegar nas finais ou até mesmo semis para encontrar Alcaraz. A única exceção foi o AO, bem no início do ano.

Jonas
Jonas
1 mês atrás
Responder para  Ronildo

Sim, esse ano, logo no Australian Open, um 3 x 1. Se for parar pra pensar, o Djoko de 38 anos ainda é uma ameaça maior do que o restante dos jogadores que compõem o top 10 atual.

Ronildo
Ronildo
1 mês atrás
Responder para  Jonas

É a mais pura verdade kkkk

André Aguiar
André Aguiar
1 mês atrás
Responder para  Jonas

De acordo. Mas sobre dominância anual, eu apontaria:
Djokovic: 2011 / 15 / 16 / 21 / 23
Federer: 2004 / 05 / 06 / 07
Nadal: 2008 / 10 / 13
Sinner: 2024

Critério: ter conquistado no ano 3 Slams ou 2 Slams e pelo menos 4 títulos grandes (M1000, Finals ou Ouro Olímpico).

Jonas
Jonas
1 mês atrás
Responder para  André Aguiar

Diria que a versão atual de Sinner/Alcaraz dominaria um circuito com o Federer de 2003-2004, Novak de 2019-2020 e Nadal de 2008.

Detalhe é que a dupla não fez ainda uma super temporada, com 3 Slams + Finals no mesmo ano. O Sinner de 2024 foi um absurdo, mas faltou a ele um Slam no saibro ou grama. Alcaraz também venceu 2 Slams ano passado, mas pecou no quesito regularidade no segundo semestre.

Os dois devem seguir dominando o circuito, mas não vejo como algo fácil porque se manter no topo é uma coisa bem difícil por si só. O big 3 fez parecer fácil. Vai ficar interessante se surgir uma terceira ou quarta força. Um novo Djokovic aparecer acho improvável, mas um tenista que consiga rivalizar tecnicamente, quem sabe.

André Aguiar
André Aguiar
1 mês atrás
Responder para  Jonas

Sincaraz dominaria um circuito com o Federer de 2004? Naquele ano o suíço ganhou 3 Slams, 3 M1000 e o Finals. Talvez você diga que ele não teve adversários à altura, já que os dois grandes rivais ainda não haviam despontado. Ainda assim, tenho dúvidas se seria superado pelo atual Big 2.

Mas e quanto ao Nadal em 2008? Levou 2 Slams, 3 1000 e o ouro olímpico com o Federer no auge (ganhou o US Open e foi finalista em RG e Wimbledon, perdendo ambos justamente para o espanhol). Aqui não tenho dúvida: nao só o Nadal, mas o Fedal de 2008 superaría o Sincaraz.

Jonas
Jonas
1 mês atrás
Responder para  André Aguiar

Por incrível que pareça, acho que o Federer de 2005 jogou mais tênis que na temporada anterior, só que não ganhou o Finals, acontece.

Nadal foi muito bem em 2008, mas ainda não acho estava pronto para as quadras rápidas como em 2010.

Difícil encaixar as melhores versões deles… mas pra mim seria algo como: Djokovic 2011>Djokovic 2015>Nadal 2010>Federer 2004 a 2006>Nadal 2013>Sinner 2024-2025, Federer 2017 e Alcaraz de 2025.

Paulo Vinícius
Paulo Vinícius
1 mês atrás

O Thiem jogou demais, foi um talento incrível e um show de carisma. Torci muito, devo dizer que ele igualou com Federer, Nadal e Djoko no prime dele, só não no aspecto mental, onde o Big 3 arrasa.

André Moura
André Moura
1 mês atrás

Quando chegarem a 10 GS cada, poderão começar a serem comparados ao Big 3, até lá, serão apenas os melhores tenistas dessa geração….

Joselito
Joselito
1 mês atrás

É um estilo diferente em relação à geração anterior, mais ofensivo, porém mais errático.
Particularmente prefiro um Djokovic/Nadal, com muitas trocas, mas com um nível de assertividade maior.
Há quem prefira um o outro estilo, mas levar o tênis a outro patamar, acho bobagem.

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