Sinner: “Se eu e Alcaraz não evoluirmos, os outros vão nos alcançar”

Foto: Pete Staples/USTA

Nova York (EUA) – Protagonistas das duas últimas finais de Grand Slam em Roland Garros e Wimbledon, Jannik Sinner e Carlos Alcaraz estão constuindo uma rivalidade nos últimos anos e que já conta com 14 partidas. Por serem os colocados no ranking, eles só podem se encontrar na final do US Open. Sinner é o atual campeão em Nova York e destaca que os confrontos com o espanhol ajudam muito na evolução dos dois.

“Se a gente não continuar melhorando, outros jogadores vão nos alcançar. É só uma questão de tempo. Então, o que eu tento fazer é entender em quais aspectos posso trabalhar. Existem certas áreas do jogo em que ainda podemos evoluir. Do meu ponto de vista, isso é positivo, porque só me torna um tenista melhor no futuro”, afirmou Sinner, durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira.

“Ter uma rivalidade é ótimo. Faz bem para o esporte, mas também para o lado pessoal, porque às vezes, quando você está cansado nos treinos, tenta simular situações que podem acontecer em partidas reais. No momento, eu e Carlos estamos dividindo os grandes troféus, mas ao mesmo tempo as coisas podem mudar”, avaliou o jovem de 24 anos. “Existem jogadores excelentes no circuito e o caminho até uma final é sempre muito difícil. Então, vamos ver se isso continua. Mas, como sempre digo, precisamos melhorar, porque os adversários já entendem como jogamos”.

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Questionado sobre o que torna esse duelo tão especial, Sinner destacou as diferenças de estilo entre os dois. “Somos jogadores muito diferentes. Ele é incrivelmente rápido em quadra. Contra outros, talvez o ponto já tivesse acabado, mas o Carlos chega em bolas impossíveis e consegue ler o jogo de uma forma diferente. Isso gera ralis mais longos, partidas muito táticas. Já nos conhecemos melhor agora e tanto eu quanto minha equipe nos preparamos de formas diferentes. Temos estilos distintos, dentro e fora de quadra, mas isso torna tudo muito interessante. A única coisa que temos em comum é que treinamos muito duro e colocamos o tênis como prioridade. No mais, são os pequenos detalhes que fazem a diferença”.

Na última segunda-feira, Sinner e Alcaraz se enfrentaram na final do Masters 1000 de Cincinnati. Mas o jogo durou apenas 23 minutos, quando o italiano se retirou de quadra. Ele perdia o primeiro set por 5/0 e relatou ter passado mal na noite anterior e que não conseguiu se recuperar a tempo. O tenista de 24 anos conta que a recuperação tem sido gradual e garante que estará em melhores condições para a estreia contra o tcheco Vit Kopriva.

“Estou muito feliz por estar de volta aqui. É um grande torneio, o último Grand Slam da temporada, então a motivação está lá em cima. Fisicamente me sinto bem. Já recuperei quase tudo, não 100%, mas a meta é estar pronto nos próximos dias. Deve estar tudo certo para o torneio. Muito feliz em estar de volta”, disse o italiano. Sobre o problema em Cincinnati, minimizou: “Foi um vírus, que outros jogadores também tiveram. Nada demais, só descansar e recuperar”.

Alto custo para se manter no circuito

Sinner também fez uma reflexão sobre a viabilidade financeira do circuito, especialmente para os jogadores de ranking mais baixo. O número 1 do mundo contou que teria buscado outras opções, caso não tivesse conseguido se estabelecer.

“Eu lembro que disse aos meus pais, quando saí de casa ainda muito jovem, que se aos 23 ou 24 anos não estivesse nem perto do top 200, iria parar, porque não teríamos condições de bancar. Viajar pelo circuito custa muito caro, ainda mais com treinador. Eu tive sorte de, já aos 18 anos, começar a ganhar meu próprio dinheiro e me sentir mais seguro. Quando você é jovem, fala em sonhos como ser número 1 do mundo ou ganhar um Grand Slam, mas nem acredita de verdade. O que conquistei já vai muito além do que eu poderia imaginar”.

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Flávio
Flávio
1 hora atrás

Assino em baixo com as falas do Sinner, pois é isso mesmo porque se cochilar ou se acomodar os outro vão evoluir e aí poderão ser ameaçados, por isso que admiro demais Sinner e Alcaraz que sempre querem evoluir cada vez mais, agora no feminino só a Iga, que mesmo jogando só com alguns lampejos técnicos, mostrou que precisava trabalhar diferente de algumas acomodadas conformistas como a Ribakina (que espero que não volte ao top 5 este ano porque não merece) e digo também que a Sabalenka parece esta ficando acomodada, pois a Iga já deu o recado a ela que se ficar se achando mais modelo de redes sociais do que atleta vai perder o título simbólico de número 1. Parabéns ao Sinner, Alcaraz e até a Iga que é isso aí mesmo, ou seja, tem que trabalhar para mostrar que é merecedor ou merecedora da condição que ocupam.

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