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Revista destaca em vídeos raros a arte de Suzanne Lenglen

Reprodução/ Elle

Paris (França) – A história de sucesso da lendária tenista francesa Suzanne Lenglen é contada em vídeo publicado pela revista de moda Elle. O segundo maior estádio do complexo de Roland Garros leva seu nome, tem capacidade para 10 mil espectadores e neste ano inaugurou seu teto retrátil.

Lenglen nasceu em 24 de maio de 1899 em uma família burguesa parisiense. Ganhou a primeira raquete de seu pai aos 10 anos e começou a treinar tênis, simultaneamente às aulas de balé clássico. Seu talento era tão evidente que o neozelandês Anthony Wilding, campeão do mundo, a convidou em 1914 a fazer dupla com ele nos torneios de Nice e Cannes.

Rapidamente, Suzanne faz seu nome no tênis, tornando-se campeã do mundo no saibro, no torneio de Saint Cloud. Em 1919, ela conquistou Wimbledon, tornando-se a primeira campeã não-britânica. A lenda conta que seu pai lhe teria dado um gole de conhaque entre os dois sets, um ritual que ela iria continuar durante toda a carreira.

As vitórias se sucedem para a jogadora entre 1919 e 1926. Ela ganha por quatro vezes o campeonato francês e seis vezes o torneio de Wimbledon. Apelidada de “A Divina”, cultivou um estilo de jogo próprio, misturou a seu jogo movimentos da dança clássica na quadra.

E isso não é tudo. Ela também quebrou as regras do vestuário, muito regulamentadas no tênis. Ela se recusou a usar saia comprida, como mandava a tradição. Ela optou por uma saia mais curta e pregueada criada por Jean Patou, estilista então muito na moda. Foi um pequeno tremor de terra porque naquela época as mulheres não mostravam as pernas (o vídeo mostra alguns tipos de roupas da época). Sua personalidade forte fizeram da jovem mulher uma personalidade internacional e o público se acotovelava para vê-la jogar.

 

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Em 1926, ela é paga por um torneio nos Estados Unidos e se torna, então, a primeira jogadora profissional da história. E novamente ela acumula vitórias. Suzanne Lenglen parou de competir em 1928 e descobriu outras paixões. Ela se lançou na criação de roupas esportivas para uma casa de moda e abriu sua própria escola de tênis em 1936. “Eu tento dar aulas de tênis acessíveis a todos, com aulas coletivas”, comentou.

Suzanne Lenglen morreu aos 39 anos, em 4 de julho de 1938, vítima de uma leucemia devastadora. Durante sua carreira, ela ganhou mais de 200 torneios e três medalhas olímpicas em Antuérpia (1920), com medalha de ouro em simples, ouro e bronze nas duplas, tem uma quadra com seu nome em Roland Garros, revolucionou a moda no tênis, ganhou 98% de seus jogos e permanece uma das maiores jogadoras da história do tênis.

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Shermann
Shermann
23 dias atrás

Que lenda! Que massa! Justa homenagem na quadra em R.garros

Neri Malheiros
Neri Malheiros
23 dias atrás
Responder para  Shermann

Enquanto o fato da segunda maior quadra de Roland Garros ter levado seu nome após mais de cinco décadas de sua morte deve ser algo incontestável, em contrapartida, os organizadores do Australiano Open enfrentam duras críticas por manterem o nome de Margaret Court, outra lenda do tênis mas ainda viva, em uma das principais quadras do complexo de Melbourne devido às suas pregações intolerantes e preconceituosas.

A história, inúmeras vezes, evidenciou que honrarias a pessoas vivas devem ter seus limites exatamente para evitar constrangimentos dessa natureza para autores dos tributos e homenageados.

Flávio
Flávio
23 dias atrás
Responder para  Neri Malheiros

Verdade agora é muito justos essa homenagem porque é a história, parabéns ao responsável deste site por nos apresentar a imagem da lenda e queria saber se existe imagens de Philippe Chatrier?

Alírio
Alírio
23 dias atrás

Fantástico era a Suzanne ,que pena que morreu tão jovem.

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