Pode até parecer estranho encontrar uma forma de comemorar o resultado da BJK Cup, em São Paulo. Mas, se a gente olhar por outro lado, o tênis feminino brasileiro viveu momentos intensos e felizes, em especial pelo apoio da torcida. A organização do evento esteve impecável. A NSports – aliada à CBT – soube valorizar o confronto e fica a certeza de que pode realizar outras competições com sucesso. Aliás, o público deixou claro que merece novas competições. Afinal, desde o Brasil Open não se via arquibancadas tão cheias no Ginásio do Ibirapuera. O mesmo acontece no Rio Open, que há anos vive com os ingressos totalmente vendidos.
Neste clima, que pode parecer otimista, Bia Haddad Maia deu muitas esperanças de uma rápida recuperação técnica. Ela tem personalidade e este ano encontrou dificuldades para impor seu tênis. Porém, mantém o foco. É de se enfatizar o comportamento da tenista brasileira depois de sua derrota na sexta-feira. Ela encarou a entrevista coletiva com coragem, sinceridade e atitude. Entrou na sala de imprensa cumprimentando a todos, com a devida educação e respeito, e respondeu às perguntas com naturalidade.
Já no segundo jogo, contra Anna-Lenna Friedsam, nos dois últimos sets Bia parece ter se reencontrado com seu bom tênis. Ouvi até o comentário de que ela jogou no nível em que esteve em Roland Garros no ano passado. Acredito que este jogo possa ser o ‘turning point’ e ela deve ir para o saibro europeu com muito mais confiança, acreditando na sua capacidade de enfrentar as melhores em iguais condições.
Por esses motivos, a bela organização, o apoio do público, além de uma boa perspectiva de recuperação técnica da Bia, essa BJK Cup entra para história do tênis feminino brasileiro. Tivemos o Brasil Open, temos o Rio Open, mas entre as mulheres há tempos não se via uma promoção tão grande. A última, que me lembre, foi o desafio Gillette, evento que contou com nomes como Serena Williams e Maria Sharapova, mas também teve a inclusão do tênis masculino.
O Brasil volta a jogar pela BJK Cup apenas em novembro nos playoffs, uma repescagem, vamos dizer assim. O adversário e o local ainda não se sabe e depende de sorteio na ITF (Federação Internacional de Tênis), mas fica a torcida para um novo confronto em terras brasileiras.
Respeitosamente, na minha opinião pesou demais o ufanismo nessa análise, beirando uma distorção da realidade: parece até q era a Alemanha jogando em casa com uma top 20 no time enquanto o Brasil estava em outro continente disputando 3 das 4 partidas de simples com duplistas.. pior ainda a parte onde proclama q a Bia “voltou ao nível de atuação de RG/2023” baseado numa vitória contra a quarta alternate do time alemão(jogo que provavelmente a Pigossi e até a Carol levariam)..
Vale a resposta do público. Afinal são inúmeros os torneios que não colocam quase ng nas arquibancadas. Este evento mostrou que existe espaço para novas competições bem organizaras, como foi. É muito difícil conquistar a audiência. No caso da Bia foi um comentário que ouvi. E no tênis o melhor combustível é a vitória, pois é uma modalidade que exige precisão. Como eu sempre comento: qdo se tem medo de errar é qdo se erra. Bia mostrou coragem e quem sabe não recupere seu bom tênis.
Vou comentar a respeito das últimas 3 frases do primeiro parágrafo, em relação ao público paulista (e o brasileiro em geral) merecer mais torneios.
Recentemente tivemos a notícia que Córdoba perdeu seu ATP250 e os hermanos tem apenas o BsAs 250. As críticas à ATP foram que ela não fez muita questão em manter este torneio aqui na América do Sul. É o que ouvi, não posso confirmar se é verdade. Mas aí te pergunto:
Como a maior cidade da AL, cuja região metropolitana é mais rica que vários países, cuja tradição no tennis já nos deu grandes campeões, com clubes especializados em tennis e alto poder aquisitivo não possui nem um ATP Challenger? É claro, não entendo e não sei como funcionam as decisões de torneio e suas negociações com a ATP, mas imaginei que SP seria o candidato perfeito para assumir este torneio e fazendo um sequencia com RJ. Afinal, se Córdoba, Rio de Janeiro e BsAs conseguem, por que SP não? Tá bom, estou sendo exigente em pedir um ATP, mas SP não tem nem um Challenger!!! Até Ambato no Equador possui um torneio Challenger, Santa Fé possui 2!!!! Como esta locomotiva (ironia) não possui!!!!
Realmente tem coisas que não entendo, mas o Rio Open começou em 2013, início do ciclo de queda do petróleo na década passada. Ou seja, em uma situação financeira ruim na economia da cidade e do estado, mesmo assim fazem um ATP500 com sucesso. E aí pergunto novamente: nem um challenger em SP, a cidade que não dorme, da melhor pizza do mundo!!!!
Finalizando, isto não é uma crítica ao seu texto, mas estou aproveitando o tempo que tenho hoje para escrever o que penso desde que ouvi da saída de Córdoba. E fica com uma sugestão ao colunista e/ou ao site para fazer uma reportagem falando um pouco destas questões extra quadra, mas que ao meu ver impactam nas quadras e para os fãs.
Abraços,
Com relação à São Paulo n ter um único fucking Challenger: é absurdo msm, tais certíssimo em fazer esse apontamento..
Com relação à ATP “n ter feito questão de manter essa data de Córdoba aqui na América do Sul”: penso q tem muito mais a ver com a problemática dessa gira no meio da temporada de Hard, entre AOpen e IW/Miami, a mim parece óbvio q o correto seria tentar antecipar os Masters nos EUA e jogar essa gira sudaca para logo após os mesmos, abrindo a temporada de saibro e sendo emendada por Monte Carlo.. entendo se o complicador pra isso é a falta de vontade dos americanos de mexer nessas datas mas, a mim soa como o óbvio ululante q esse deveria ser o movimento natural da ATP pra aumentar a presença de melhores rankeados nesses torneios e com isso valorizar a nossa região..
Infelizmente nós brasileiros, passamos muito pano para nossos fracassos…
Chiquinho, não pode a Bia Haddad ser 13 do mundo e ser facilmente batida por uma de número 80 do mundo ou talvez até mais longe… Não pode uma pessoa que até 3 meses atrás era a 10 do mundo e não ganhar 2 míseros jogos seguidos….
Mesma coisa se fosse o djokovic, Medvedev, Alcaraz, Halep, Iga,etc….
O problema da Bia é que quando falam dela, ninguém coloca o dedo na ferida.
Talvez de tanto falarem isso, ela vendo essas críticas ache que já está bom e não precisa fazer mais nada…..é o famoso, o que vier é lucro…
Obs: esse título da reportagem, reflete muito nisso que escrevi.
Olá… lembro certa vez o que aconteceu com o Jaime Oncins. Ele teve um ano brilhante e no seguinte muitas dificuldades. Acontece que funcionou a rádio vestiário, com os jogadores trocando ideia de como vencer o brasileiro. Isso não é novidade e, vc tem razão, a Bia é time têm de encontrar saídas. Tenistas agressivos e de golpes fortes dificilmente aceitam alternativas táticas. Querem sim ficar naquela briga de braço. Aprendi isso com o Larri. Ele sofreu para colocar na cabeça e no jogo do Guga que nem sempre é eficiente bater todas as bolas. O mesmo eu vi com a Maria Sharapova. Em certo jogo, qdo a WTA permitia a entrada do técnico, ele pediu para ela não buscar tanto as linhas. Resultado: ela venceu 4 games seguidos, mas na sequência voltou a seu instinto matador num dia em que as coisas não estavam bem e acabou perdendo o jogo. Agora os exemplos que vc usou, como Djokovic etc, são jogadores fora da casinha né. A Bia precisa sim de ajustes e, em especial, recuperar a confiança, o que pode ter acontecido nos últimos sets de seu jogo no Ibirapuera
Achar que a Bia jogou bem só por ter ganho da TOP 150 é demais. Tomou uma virada bisonha non1° set. Fora a ridícula atuação no 1° jogo.