Em tarde inspirada, Fonseca reafirma qualidades

Foto: Corinne Dubreuil / FFT

A excelente exibição do carioca João Fonseca em sua estreia na chave de simples do ATP 500 da Basileia, nesta terça-feira, cai como uma luva para acalmar espíritos que ainda não entenderam a qualidade de seu tênis, a precocidade de sua escalada e os desafios que precisam ser galgados todos dias, com paciência e esforço.

Houve algo perto de uma histeria quando Fonseca perdeu na primeira rodada de Bruxelas, uma semana atrás, como se Botic van de Zandschulp fosse um qualquer. Além de muitas vitórias expressivas e uma presença respeitável no top 25, qualquer um que entenda o mínimo de tênis reconhece que o holandês é um tenista de variados recursos e muito bem adaptado ao piso sintético.

Pior ainda, a derrota de então veio em dois sets bem apertados, ambos liderados por Fonseca, que por muito pouco não esticou a batalha. Teve falhas? Claro, principalmente com o saque a favor, mas nada que beirasse um desastre. E isso tudo pouco depois que ele havia vencido Stefanos Tsitsipas e Flavio Cobolli, outros dois nomes de peso no circuito. De herói da Copa Davis e estrela da Laver Cup, João virou para alguns um tenista de segunda linha.

Uma semana depois, vemos Fonseca confirmar todo seu potencial, ao derrubar o atual campeão da Basileia e o tenista de melhor saque do momento, o francês Giovanni Perricard, que no ano passado levantou o troféu sem ter o serviço quebrado. É bem provável que o peso de defender o título tenha recaído nos ombros do jovem francês, mas o fato é que ele foi engolido técnica e taticamente pelo adversário.

Essa vitória na verdade começou na véspera, quando acertadamente ele competiu nas duplas ao lado de Rafael Matos e, por detalhes, o dueto brasileiro não derrubou os multicampeões Mahut/Herbert. O que vimos nessa partida? Fonseca muito aplicado nas devoluções, fazendo o adversário jogar, e firme com o serviço.

Ora, foram exatamente essas duas qualidades que barraram Perricard. Com muitas devoluções bloqueadas dos dois lados, o brasileiro tentou entrar em todos os pontos e foi muito bem sucedido. Raramente procurou a passada direta, conteve-se no exagero da força e do risco, exceto lá nos dois primeiros match-points, onde a ansiedade falou mais alto.

Ao mesmo tempo, cuidou com carinho de seu próprio serviço, que é a primeira coisa que um tenista precisa fazer quando enfrenta um super-sacador. Perricard não é lá um grande devolvedor e isso foi bem explorado. Para completar a clareza tática, Fonseca martelou o lado direito do francês sem piedade. Na hora da única quebra, lá do segundo set, foram quatro bolas consecutivas no forehand.

Depois de uma de suas melhores exibições da temporada, Fonseca agora reencontrará um adversário ainda mais gabaritado, o tcheco Jakub Mensik, esse sim com um arsenal bem completo, capaz de atacar, defender e contragolpear o tempo todo. O campeão de Miami em março já cruzou com João no Next Finals do ano passado, perdeu e sabe o que esperar.

Mensik no entanto não vive um grande momento. Andou perdendo para jogadores sólidos como Taylor Fritz e Alejandro Davidovich, mas também para nomes como Luca Nardi, Ugo Blanchet e Jesper de Jong. Aliás, na segunda-feira, levou um sufoco da ascendente estrela suíça Henry Bernet, 481º do ranking. É bem verdade que o tcheco não teve o serviço quebrado, mas jogou com índice baixo de primeiro saque e fez muito menos winners do que o garoto.

O duelo já acontece nesta quarta-feira, última partida da programação. Que Fonseca jogue sem qualquer responsabilidade, mas com a mesma aplicação.

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Luiz Fernando
Luiz Fernando
26 dias atrás

Que sequência para o nosso JF hein!!! É como sair da panela e cair na frigideira, o Mensik tende a ser um adversário ainda mais duro, pois o tcheco é mais completo do q o francês. Não nos esqueçamos que até hj Fonseca também vinha sem grandes atuações recentes, ou seja, no esporte as coisas podem mudar de um dia para o outro. Mas a vitória de hj deve ter enchido o cara de confiança, bola pra frente e pra vitória…

Marco Aurelio
Marco Aurelio
26 dias atrás

Matéria irrepreensível, Mestre. Que o nosso João Fonseca de hoje, terça-feira, esteja amanhã, quarta-feira, no jogo contra o perigoso, e jovem, Mensik.

Victório Benatti
Victório Benatti
26 dias atrás

Nosso João Fonseca ainda está na fase de altos e baixos.
De um resultado ruim a um resultado bom, assim ele vai.
Para provar que é um tenista de alto nível, ele precisa ser mais consistente, ou seja, acertar mais e errar menos.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
26 dias atrás
Responder para  Victório Benatti

Me aponte um , fora Rafa Nadal e Carlos Alcaraz, que aos 19 anos recém completados, apresentou tamanha consistência ??? . Na boa , este Papinho de” para provar” … já deu , meu caro . Abs !

Rafael Azevedo
Rafael Azevedo
26 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

É o que eu falo para todos os meus colegas de tenis. Eles teimam em comparar Fonseca com Alcaraz, porque “Alcaraz com 19 já tinha ganhado isso e aquilo…”.
A precocidade de Nadal e Alcaraz é fora da realidade.

Luis
Luis
25 dias atrás
Responder para  Rafael Azevedo

Verdade verdadeira

Victório Benatti
Victório Benatti
25 dias atrás
Responder para  Rafael Azevedo

Não tem nada de fora da realidade a precocidade de Nadal e Alcaraz.
Ambos são humanos como todos nós.
O problema é que eles jogam bem desde novos…

Zan
Zan
25 dias atrás
Responder para  Victório Benatti

Caro Victório, é verdade que os 2 espanhóis citados por vc jogam desde muito novos… mas praticamente todo o top200 da ATP fez isso tbm… Logo, concluímos que Alcaraz e Nadal foram totalmente fora da curva normal. Essa é a ideia.

João Vianei
João Vianei
23 dias atrás
Responder para  Victório Benatti

Problema para os adversários, obviamente

Victório Benatti
Victório Benatti
25 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Os fatos estão aí.
Sem consistência, nada feito no tênis.
Se liga…

Luis
Luis
25 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Falar é fácil né
Só o atleta de alto rendimento sabe o quanto é difícil

Julio Marinho
Julio Marinho
25 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Pois é, eu já perdi até a vontade de responder esse tipo de coisa. Foi como o Dalcim disse, falta um mínimo entendimento de tênis para ponderar a questão da idade, primeiro ano completo, Marcos de precocidade incríveis que já alcançou. Mas já me resignei que isso vai sempre ocorrer, mesmo se o JF vencer 10 seguidas e perder a 11a.

evaldo.moreira
evaldo.moreira
24 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Prezado Sergio, leia e releia, o que o colega postou, agora concordo com ele, consistência, precisa explicar, o que é ter essa chave ? Foi feito a menção no texto, que o minimo que apessoa precisa entender de tenis, ok. Não vou estender nessa parte.

Ai JF ganhou, ganhou e vem o oba, oba, comparação descabida, ai o garoto perde, e vem marretadas kkkkkkk, uai, opiniões de todos ué, não pode. Vamos aguardar a partida de hoje, tomara que vença o Mensik, seria um feito e tanto neste momento.

Tom França
Tom França
26 dias atrás

Assino embaixo em todo o que pontuou, e acrescento dizendo que a longa parada entre a Laver Cup e Bruxelas, provoubque ele só precisa de ritmo. Mesmo perdendo em Bruxelas, voltou a jogar apenas suma semana depois, além de fazer um inédito e estratégico jogo de duplas no dia anterior, o que lhe deu mais subsídios pra desenvolver uma excelente partida contra o Perricard. Espero que mudem de pensamento, e não deixem mais o João tanto tempo fora de uma competição, principalmente depois de vir de grandes vitórias contra os gregos na Davis e o italiano, na Laver.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
26 dias atrás
Responder para  Tom França

Na boa , 3 Semanas a diferença da Laver Cup para ATP 250 de Bruxelas . Não sei a quanto tempo acompanhas o Esporte, mas esse teu ” tanto tempo” não existiu , meu caro. O mérito do Staff, foi depois da Laver Cup ( Indoor lenta ) , se inscrever somente em 4 Torneios Indoor em sequência, incluindo o último em Atenas . Vai chegar na ponta dos cascos , com os oponentes (a grande maioria ) , mortinhos. A conferir. Abs !

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
26 dias atrás
Responder para  Tom França

Correção : Não sei há quanto tempo…Abs!

Ernesto
Ernesto
26 dias atrás

Dalcin, o que seria um “tenista de segunda linha”? Em termos de ranking, seria estar em qual posição? Fiquei bem curioso com essa expressão.

Tiago Santana
Tiago Santana
26 dias atrás
Responder para  Ernesto

Olha, pelo nível de exigência de alguns, a partir de 20 pra cima…. Rs

Ronildo
Ronildo
26 dias atrás
Responder para  Ernesto

Ernesto, sei que não partiu de você ok? Esta expressão “tenista de segunda linha” é totalmente esdrúxula.

Ronildo
Ronildo
25 dias atrás
Responder para  Ronildo

Opa Dalcim, dessa vez foi eu que não li direito o texto. Desculpa aí!
A expressão que você usou “tenista de segunda linha” está inserida perfeitamente dentro do contexto que vimos nas últimas semanas!

Paulo Larry
Paulo Larry
26 dias atrás
Responder para  Ernesto

Acredito que dependa do “sarrafo” de cada um:

– Há algumas discussões em outros blogs bem longínquos, não neste – por exemplo – onde não ser o melhor de todos os tempos (ou goat), já seria um tremendo demérito e o tenista sofre um rebaixamento, mesmo tendo mais de 300 semanas na liderança do ranking e pra lá de 20 GS.

No entanto há outros onde um bom jogador de clube já não pode ser considerado de segunda linha.

Eu acho que nem um e nem outro e evitaria os extremos.

Portanto pelo que tenho visto, trata-se de uma opinião bastante pessoal e que depende muito dos critérios bastante subjetivos de cada um.

Luiz F.
Luiz F.
26 dias atrás

Leitura Obrigatória! Excelente!

Rtono
Rtono
26 dias atrás

Interessante ver que alguns comentaristas de sofá da semana passada (que diziam ter muita mídia pra cima do João e que ele não era tudo isso, esquecendo que ele tem apenas 19 anos) voltaram a dar as caras para dizer a mesma coisa do Perricard, desvalorizando esta excelente vitória. Devem estar torcendo por uma derrota do João contra o Mensik para copiar e colar os comentários da semana passada.

Giba
Giba
26 dias atrás

O que mais me impressionou positivamente hoje foi como o João conseguiu executar bem o inteligente plano tático. Como bem frisou o Dalcim, todo mundo que acompanha o tênis sabe que o francês saca demais, mas tem muita dificuldade na devolução. Mas jogar contra um grande sacador exige muita paciência e concentração. Há games em que o cara encaixa 2, 3 aces e isso não dá ritmo para o adversário. João entrou com três objetivos: fazer o Perricard jogar sempre que possível – e isso exigiu dele conseguir devoluções mesmo que só para colocar a bola em jogo -, não bobear no saque e aproveitar qualquer chance de quebra, porque seriam poucas. Passou com louvor em todos os quesitos.

AKC
AKC
26 dias atrás

Faz um tempo que queria ver esse confronto, importante o Fonseca ganhar destes caras mais novos que são seus rivais diretos, caras que provavelmente ele vai enfrentar diversas vezes na carreira.

Maurício Sabbag
Maurício Sabbag
26 dias atrás
Responder para  AKC

O Perricard tem 22 e o Mensik tem 20. São + velhos do que o Fonseca, portanto. Enfrentar + novo que ele, acho que só se for aquele suíço que deu trabalho pro Mensik.

AKC
AKC
25 dias atrás
Responder para  Maurício Sabbag

Opa, não quis dizer mais novos que o Fonseca, mas “mais novos” de um modo geral.

João Racca
João Racca
26 dias atrás

Dalcim, artigo irretocável. Só uma coisa, não perca tempo com quem não entende de tênis.

SANDRA
SANDRA
26 dias atrás

Dalcim , será que o Djokovic vai se aposentar no australian open ?

Fernando
Fernando
26 dias atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Acho que ele acredita ser possível ainda empatar com o Federer em Wimbledon.

Fernando
Fernando
26 dias atrás

Dalcim, boa noite.

A frustração com certas derrotas do Fonseca decorre justamente do potencial que todos reconhecem nele. Muitos viam um novo Alcaraz, que, aos 19 anos, já era campeão de grand slam; mas cada tenista é uma história. Pessoalmente, não concordo com o longo tempo que o João fica sem jogar. A dupla foi, sim, decisão acertada e comprovou que ele precisa de ritmo, que só se adquire com os jogos. Treino não dá ritmo a ninguém.

Contra o Mensik, pode dar qualquer um, pois são jogadores do mesmo nível. Os dois sacam bem, a esquerda do tcheco é melhor, a direita do brasileiro é superior. Espero um grande jogo.

Leonel
Leonel
26 dias atrás
Responder para  Fernando

Fernando, se olharmis números muitas vezes vamos.nos frustrar. Fica aquela interminável busca de quem foi melhor djoko, nadal ou Federer..não.tem o.melhor aí. Djoko ganha pelos números, nadal soberano no saibro(13 ou mais títulos em RG), Federer, o príncipe, a arte de jogar. Cada um tem seu toque, seu molho que faz o esporte ser interessante. Imagina se o.big 3 fossem.tipo padrão iguais seria entediante. Imagine ter 3 ou 4 melhores do ranking nompadrao Siner sem carisma. Não dá beleza ao esporte. Vira uma NBA com montes de brucutus forjados na força entediante quem o basquete americano me passa. Tem gente que gosta. Tudo bem

Kario
Kario
26 dias atrás

Não vi muito do jogo, mas gostei bastante do q vi. Golpes fortes e precisos, poucos ENFs, João parecia leve e confiante. Aumentaram-se as esperanças. Vamos fundo amanhã.

Paulo A.
Paulo A.
26 dias atrás

Post (muito) educativo para os que pouco (ou quase nada) entendem de tênis e se arvoram em criticar duramente o JF quando ele perde. Derrotas fazem parte do esporte, no tênis, então…

Paulo Shemp
Paulo Shemp
26 dias atrás

Quando o autor cira que “Essa vitória começou na véspera…”, automaticamente dá razão para a torcida, que acertadamente apontou que JF joga pouco e prioriza um calendário de estrela ao aprendizado.

O que não dá mais pra contabilizar é quantas derrotas ele teve por não se dar ao esforço de construir a vitória na véspera em deteimento se construir a derrota pela falta de preparação da véspera.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
26 dias atrás
Responder para  Paulo Shemp

A opinião da Torcida não bate com as lendas do Esporte. Sua evolução nesta sua primeira temporada como Profissional, chamou atenção do Mundo do Tênis. Seu Calendário o trouxe do TOP 145 ao TOP 42 , desde janeiro. E chega no final da Temporada, sobrando fisicamente. As chances de bater um esgotado Mensik, são excelentes. Aguardemos. Abs !

Paulo Moe
Paulo Moe
26 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Que bom que as lendas e a mídia esportiva podem discordar da torcida em Paz!

Fique bem!

P.s.: Lendas & mídias esportivas dão pitaco, enquanto nós, torcedores, somos apenas os detentores da “verdade absoluta”! (Autor desconhecido)

Ronildo
Ronildo
26 dias atrás
Responder para  Paulo Shemp

É difícil de entender que isso que você afirmou é apenas uma fase da carreira do João, uma maneira de amadurecer evitando lesões, objetivando ter mais rendimento no futuro, né? Certamente em 2026 ele vai participar de muito mais torneios. Daí vão dizer que o João e a equipe dele finalmente ouviram a torcida e o João começou a jogar mais! Kkkkkk

Julio Marinho
Julio Marinho
25 dias atrás
Responder para  Ronildo

Boa.. kkkk

Evandro
Evandro
26 dias atrás
Responder para  Paulo Shemp

O segundo parágrafo do texto é ininteligível (e o primeiro é falacioso). João não se dá ao esforço de construir a vitória na véspera? Ora, ele ganhou muito mais do que perdeu neste ano, muitas dessas vitórias espetaculares.

Paulo Curly
Paulo Curly
24 dias atrás
Responder para  Evandro

Verdade Evandro. Ficou ininteligível mesmo, e sequer dá pra culpar o corretor (ficou jorroroso na verdade).

Mas mesmo essas “vitórias esperaculares” contam apenas como “uma” e ele tem na temporada um histórico de 13 – 10 (vitórias – derrotas) segundo a fonte que busquei na internet…

Quanto a afirmação no primeiro parágrafo ser falaciosa ou não… depende muito da opinião, pois pelos comentários que leio no blog me parecem que alguns pensam isso, enquanto uma outra parcela discorda (vide vc e Ronildo). Mas de qualquer forma, trata-se apenas de uma opinião de quem vê ele pular alguns passos (como por exemplo jogar dupla com mais frequência).

Lucas Falcão
Lucas Falcão
26 dias atrás

O torcedor de futebol precisa se acalmar um pouco, entender que tênis não e futebol, quando o João ganha 1-2 jogos, ele não é um tenista pronto, que daqui 1 mês vai ser top 10, e quando ele perde ele não é um tenista superestimado, que está tudo errado, tem que mudar tudo

Paulo
Paulo
26 dias atrás

Mais uma aula…
Obrigado mestre

Ernani Chaves
Ernani Chaves
26 dias atrás

No L’Équipe, é só colocar no Google Tradutor:
Match solide de Fonseca, aucune baisse de régime comme il en a parfois. Il y a du talent et de la dynamite dans les mains. A tout juste 19 ans il ne lui manque plus grand chose pour franchir un nouveau palier. Il doit encore progresser en maturité, régularité et techniquement, mais d’ici un an ou 2 il devrait être très performant.

Rodrigo S. Cruz
Rodrigo S. Cruz
26 dias atrás

Não vi o jogo,

mas, me baseando nesse texto do Dalcim, eu acredito que o Fonseca merece aplausos. Muito bom que ele espantou o incômodo fantasma da 1° rodada (rs)

Não vai ser fácil duas vitórias assim em sequência, sobre dois tenistas de respeito, mas também não acho improvável.

Acredita, João!

Evandro
Evandro
26 dias atrás

Para mim, Jakub sabe exatamente a fria que vai entrar. Pode vencer? Claro, porque tem as ferramentas para tal. Mas, é difícil de ele mesmo acreditar nisso.
Por alguma razão, tal como no Next Gen, barrar a ascensão do João, por enquanto, não está ao seu dispor.

Paulo A.
Paulo A.
25 dias atrás

Dalcim, viste o jogo da Naná ontem? Se sim, o que achou? Fiquei estupefato com o nível dela; se tivesse sacado melhor, teria ganho. Foi um jogaço, ainda mais em uma quadra bem lenta e com muito vento…

Paulo A.
Paulo A.
25 dias atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

E muito bem treinada/orientada pelo ótimo Léo Azevedo.

Julio Marinho
Julio Marinho
25 dias atrás

Dalcim, bom dia! Seus textos são sempre muito bons, mas esse foi ainda mais espetacular. Ajuda um pouco as pessoas a entenderem o processo do JF. As pesssoas criticam de uma forma que parece apenas uma projeção de suas ansiedade e como você disse, sem o mínimo entendimento de tênis. Parabéns aí pelo texto! Abraço!

Daniel Neto
Daniel Neto
25 dias atrás

Claro que há exceções, mas no geral, a cobrança que vemos recair sobre o Fonseca é coerente:

Preparo físico – ele parece nitidamente acima do peso e sua movimentação está mais para um Del Potro ou Berretini do que Alcaraz ou Di Manaur. Há ainda a incômoda sensação de que ele não consegue fazer mais do que 3 jogos, onde o primeiro é ótimo, o segundo sofrível e perde no terceiro, por puro cansaço.

Ritmo de jogo – maioria concorda que ele fica muito tempo parado entre os torneios, o que talvez explique (em parte) a questão do físico. A coisa de treinar no Rio com jogadores de ranking baixo também parece incomodar geral.

Pontos a melhorar – devolução, saque, backhand, consistência nas trocas de bola… Que bom! Se ele já joga tão bem e tem tanta coisa pra melhorar, a situação é bem animadora.

Entendo que ele é cobrado de tal maneira porque tem potencial. E muito! Além, claro, da nossa carência por jogadores de ponta no circuito.

Ah, mas o Fonseca é muito novo. Não, não acho. Se “passar a mão na cabeça” com o argumento de “muito novo”, o tempo passa depressa e tá todo mundo trabalhando. Temos vários exemplos de jogadores brasileiros com potencial, que passaram a carreira com comentários de “ainda muito novo, vai melhorar” e… passaram. Thiago Wild é um que está passando.

Obviamente não podemos fazer nada pra mudar isso. Não somos eles, não estamos no staff deles e não sabemos das dificuldades de um circuito profissional, com compromissos e tudo o mais.

Mas estamos aqui pra dar palpite, oras. :)

Luiz Otávio
Luiz Otávio
24 dias atrás
Responder para  Daniel Neto

Ele nunca vai ter a velocidade dos citados. Você tem q entender que cada jogador tem qualidades e defeitos. Nenhum é 100% perfeito. Ou você acha que o Sinner não treina fisicamente sem parar e mesmo assim não aguenta. O típico físico do João não é musculoso, vai melhorar mais não vai ser como alguns.. so se tomar o suco e olha lá.

JClaudio
JClaudio
25 dias atrás

Achei o texto “pesado”, quase um desabafo contra aqueles que não compactuam com a mesma opinião do jornalista (sobre o jovem tenista brasileiro).
Palavras como “histeria”, “acalmar espíritos”, “aqueles que não entenderam”, “qualquer um que entenda o mínimo de tênis “, “para alguns, virou tenista de segunda linha”…
A questão Fonseca, nas mídias é algo interessante, ao mesmo tempo que faz a procura pelo tênis ser maior, causa um certo ceticismo, como se alguém estivesse vendendo algo a alguém (um produto sem garantia).
Opiniões contra o jovem, são rebatidas de forma quase arrogante (como, quem é vc na fila do pão para criticar João Fonseca?).

Ronildo
Ronildo
25 dias atrás
Responder para  JClaudio

Eu particularmente fico chateado com o excesso de críticas ao João Fonseca. Isto se deve pelo seguinte motivo: não é normal surgir um grande tenista em lugar nenhum! Talvez apenas nos EUA kkkkkk. Mas desde Andy Rodyck estão penando para fazerem um campeão de slan lá. Então podemos afirmar que um campeão de slan já pode ser classificado de um grande tenista, com algumas excessões, tipo, Rios, Nalbandian, Berdych, Dimitrov, Verdasco…, bom, pelo visto não são algumas exceções, houveram muitos grandes tenistas que não venceram um slan, como Monfins, por exemplo. Vamos dizer que podemos chamar de grande tenista, tanto no masculino como no feminino, alguém que venceu um slan ou ao menos figurou no top 10. Pra falar a verdade, de certa maneira é uma raridade um país apresentar um tenista que um dia será um top 10. Do Japão, o único que lembro foi o Nishikori. Do Brasil, o Guga, fora os 50 anos que nos separam dos feitos de Maria Ester Bueno.
Então? Porque as pessoas achariam tão normal fazerem críticas tão ácidas, até mesmo dizendo que o João os fazem sentir cheiro de palha queimada, para um tenista que aos 19 anos fez tanto como o João Fonseca? Rapaz, sinceramente, acho muito impertinente, desmedido, injusto. E quando posso, costumo replicar.

JClaudio
JClaudio
25 dias atrás
Responder para  Ronildo

Olá Ronildo
O tênis, no Brasil, é um esporte de nicho, existe um sentimento de proteção daqueles que vivenciam o tênis .
Algo natural, todos se conhecem, são amigos, alguns estão a gerações, muitos sobrenomes são quase “instituições” no mundo do tênis nacional.
Raramente vemos críticas ácidas sobre personalidades do tênis, afinal todos se conhecem e não querem ferir suscetibilidades.
Muitos trabalham com clínicas e palestras, muitas vezes são comentaristas em jogos de tênis na TV (a imagem é usada para potencializar as vendas de clínicas e palestras), comprometendo muito a opinião sobre o jogo.
Pessoalmente acho tudo muito provinciano.
João Fonseca fura esse bolha, o tenista dialoga com o “povo” fora da bolha, muitas vezes num “diálogo” incontrolável (como tem que ser), onde a crítica, decepção, euforia…tudo normal.
O pessoal da bolha tem que compreender melhor essa nova relação, até porque eles não tem controle.

Ronildo
Ronildo
24 dias atrás
Responder para  JClaudio

Oi JClaudio

Então, que é um esporte de elite, até vencedores no circuito admitem como foi o caso de uma matéria com o austríaco Thiem recentemente. Porém há alguma inserção social, ao menos aqui no Brasil como os conhecidos casos da Teliana Pereira, Victoria Barros e talvez até da Nauhany Silva.

JClaudio
JClaudio
24 dias atrás
Responder para  Ronildo

Na Áustria, todos são da elite, no Brasil, apenas 5% da população.
Acho que tudo poderia ser mais fácil, dos nomes citados, vamos pegar o início da Victoria (poderia ser qualquer um dos outros citados). Uma mãe atenta para as qualidades da filha (uma Richard Willians potiguar) manda uma carta para um instituto em São Paulo (Instituto de Tênis em Barueri), recebe um convite para fazer testes, a mãe pede demissão do emprego, e com a filha, segue para Barueri, para o tão sonhado teste, onde poderia conseguir uma bolsa para filha.
Consegue…
Mãe e filha se mudam para São Paulo, tem ajuda de amigos e rifas (para se manter).
Com o talento comprovado, a jovem chama atenção de outros institutos, logo depois recebe convite para se transferir para o Instituto Icaro, no Paraná.
Ali, Victoria e sua mãe conseguem uma estabilização financeira (ajuda maior) para investir no talento da filha, rapidamente comprovado.
Uma história simples, demonstra que não existe um trabalho de base da nossa confederação (de tênis) com olheiros pelo país, os Institutos trabalham precariamente, sem um investimento planejado do estado (muitos com ajuda de abnegados).
Tudo acontece dessa forma, porque o dinheiro do tênis está concentrado nos clubes da elite (Country Clubes), onde apenas o povo da bolha se refestela, em coquetéis e “workshops”…
Inserção social foi feita pela mãe da Victoria Barros.

JClaudio
JClaudio
25 dias atrás
Responder para  Ronildo

Estão há gerações***

Evandro
Evandro
25 dias atrás
Responder para  JClaudio

Eu, particularmente, fico muitíssimo feliz pelo João Fonseca do Brasil. E não vejo nada demais em quem dá esses “toques” para acalmar os negacionistas.

Roberto
Roberto
25 dias atrás

Bom dia a todos, acompanho o tênis a uns 40 anos +-, vi espetaculares jogadores desfilarem seus estilos, caráter, frustrações e alegrias dentro de uma quadra. Vi também jovens promessas que ficaram pelo caminho não só na parte de talento como também física e emocional, hoje vejo também jogadores com muitos acompanhamentos médicos e psicológicos, pois o tênis exige que o praticante desse esporte fantástico o faça, o que quero dizer é que temos que dar tempo ao tempo, dizer que o João é ou vai ser o melhor seria no mínimo leviano de nossa parte é estar menosprezando os outros mil adversários, as pessoas acompanham muito os top 10, 20 e 30 e esquecem que há centenas atrás destes e que estão correndo por fora querendo um lugar ao sol, pois são grandes jogadores do nível do João. Por outro lado existem os fora da casinha, atualmente cito Alcarás, que faz peripécias em quadra, e esses nascem entre um a milhões, nem torço pra ele, mas na atual conjectura se não tiver nenhum problema físico será o tenista que representará os outrora, grandes jogadores. Pro João só lhe desejo muita sorte e que ele vá galgando com grande fervor a montanha, pois para chegar ao topo terá que se dedicar muito, pois ele não é um fora da casinha e sim um grande jogador Abçs pra todos .

André Aguiar
André Aguiar
25 dias atrás
Responder para  Roberto

Você não acha que o Sinner, mesmo “dentro da casinha”, também não representará os outrora grandes jogadores?

Última edição 25 dias atrás by André Aguiar
Evandro
Evandro
25 dias atrás
Responder para  Roberto

E por que essas “centenas” de jogadores iguais ao João não estão também nessa exibição contra o Alcaraz em dezembro?

Sergio Barreto
Sergio Barreto
25 dias atrás

Hoje, João, o Fonseca, tem pela frente o J. Mensic. Jogo difícil, se não passar pelo Tcheco, é do jogo. O Mensic é um dos melhores tenistas do momento. Nada a temer João. VQV

Luiz Fernando
Luiz Fernando
25 dias atrás

Vi que JF venceu sem entrar na quadra, ótimo!
E também vi que o magistral Vacherot venceu o set1 contra o Fritz, este último um cara talhado pra esse tipo de quadra pelo serviço. Será que fará outro torneio “magistral”? Vamos pro set2!!!

Luiz Fernando
Luiz Fernando
25 dias atrás
Responder para  Luiz Fernando

E deve ter sido magistral mesmo, apesar de perder. Fritz é o principal favorito do evento e pelo que vi bateu na trave. Esse monegasco vai dar trabalho nesses pisos rápidos, melhor fugir dele…

Mauro
Mauro
25 dias atrás

Está no caminho…. esse veio para deixar uma bela história no tênis. Pbens a todos da equipe. Um verdadeiro “TIME” .

José Domingos
José Domingos
24 dias atrás

Esse cidadão, até agora, não mostrou absolutamente nada.
É um jogador de primeira, ou melhor, de primeira rodada porque na segunda já é despachado, passou agora porque não houve a partida.
Um Zé Ninguém!

Maurício Sabbag
Maurício Sabbag
24 dias atrás
Responder para  José Domingos

Deve ser brincadeira… Melhor ler isso do que ser cego.

Ronildo
Ronildo
23 dias atrás
Responder para  José Domingos

Das infinitas profundezas abismais da mente humana. Mas neste caso, muito mais… Não sei o que dizer!

Marco Aurelio
Marco Aurelio
22 dias atrás
Responder para  José Domingos

Tsc, tsc, tsc, tsc, tsc……

Maurício Sabbag
Maurício Sabbag
21 dias atrás
Responder para  José Domingos

O jogador “de primeira rodada”, ” Zé Ninguém”, é campeão de um ATP 500.
Envelheceu mal esse seu comentário.

Ronildo
Ronildo
24 dias atrás

Dalcim, acompanhamos notícias sobre a Gauff desde que ela tinha 14 anos. Certa vez ela mencionou que desejava um ambiente mais feminino em torno de si e solicitou que sua mãe estivesse mais presente e viajasse com ela, ao invés de seu pai. Com respeito à Nauhany Silva, vemos notícias apenas sobre a relação dela com o pai. Seu treinador, por enquanto é homem, e sabemos que existem poucas treinadoras mulheres, principalmente no Brasil. Você sabe se a mãe da Nauhany Silva é também bastante envolvida com a carreira da filha, assim como o pai?

Ronildo
Ronildo
24 dias atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Obrigado Dalcim!

Maurício Sabbag
Maurício Sabbag
24 dias atrás

Obviamente que todos aqui tem o direito de criticar a equipe do João Fonseca sobre o calendário. E da minha parte, acho-me no direito de dar crédito ou não, dependendo da “bagagem” do crítico.

Ronildo
Ronildo
24 dias atrás

Está difícil o início do torneio da Costa do Sauipe. Mais um pouco e só com rodada dupla todos os dias, podendo até bater o recorde de rodada tripla. Porém fico na dúvida se os tenistas estão verdadeiramente preocupados com esta espera, visto estarem num local super agradável. Talvez tenha até tenista tentando “confortar” a direção do torneio: “Não se preocupem conosco! Estamos bem! Podemos esperar até um mês aqui!”

Ronildo
Ronildo
24 dias atrás

Poxa, mas o Mariano Navone está disputando o Challenger da Costa do Sauipe. Os outros tem alguma chance contra ele?

Ronildo
Ronildo
23 dias atrás
Responder para  Ronildo

Bom, o Garin também está.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
24 dias atrás

Shapovalov atingiu TOP 10 aos 21 anos , e está TOP 24 , devido a levar ATP 500 de Dallas 2025 , onde bateu na quadra Indoor, entre outros , Fritz , Machac, Tommy Paul e Ruud na Final. As chances de JF estão todas concentradas nas devoluções, principalmente no Saque aberto de Canhoto. Shapo entra como favorito, e ambos são bastante agressivos . Abs !

Luiz Fernando
Luiz Fernando
23 dias atrás

Primeiro set com vitória do chatíssimo Shapovalov, mas a bem da verdade fez por merecer. E por sinal o JF também jogou bem, mas o canadense foi ainda melhor, com um bom jogo de fundo, serviço legal ele sempre teve e ambos jogaram com variações.
O brazuca pode virar? Claro…
PS: me rendi a esse aplicativo da Disney…

SANDRA
SANDRA
23 dias atrás

Dalcim , vc acha Sinner e Alcaraz extra terrestres ou os outros que não estão bem ?

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
23 dias atrás

Inteiro fisicamente, a virada era questão de tempo com duas quebras de frente no Terceiro Set ( 4 x 1 ) , Shapo saiu de fininho sem nem pedir atendimento. Quantos que jogaram pencas de Torneios , estão abandonando, ou encerrando a Temporada precocemente ??? . JF atinge o TOP 39, e a chave principal do Masters 1000 de Paris , mostrando toda a competência de seu Staff. Falta de ritmo ? rs . Isso foi repetido dezenas de vezes pelos ” experts ” nos fórum de debates. E Jovem Brasileiro além de Paris , ainda emenda no ATP 250 de Atenas. Tem boas chances de atingir todos os objetivos traçados, para a sua primeira temporada como Tenista Profissional. PS : Para alegria do Patrão , JF faz Semi em sua casa , precocemente , com os mesmos 19 anos e 2 meses…rs. Abs !

SANDRA
SANDRA
23 dias atrás

Dalcim , não é muita coincidência ter tantos jogadores se retirando na véspera de um master 1000 ? Então não vão estar em Paris

Mitzi.
Mitzi.
23 dias atrás

Hoje foi um festival de W.O nos torneios!

Maurício Sabbag
Maurício Sabbag
23 dias atrás

Que desistência + sem pé nem cabeça essa do Shapovalov…
Não houve entrevista coletiva pra ele alegar alguma coisa, nem que seja uma desculpa esfarrapada?

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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