Pela primeira vez em sete edições, o Next Gen ATP Finals terá um representante brasileiro na chave. O carioca de 18 anos João Fonseca estreia na próxima quarta-feira contra o francês Arthur Fils, número 20 do mundo, e ainda tem em seu grupo o tcheco Jakub Mensik e o norte-americano Learner Tien.
Entre os campeões da competição, estão três jogadores de destaque na atualidade: O número 1 do mundo Jannik Sinner, o terceiro colocado e ex-líder do ranking Carlos Alcaraz e também o 11º do ranking Stefanos Tsitsipas.
O grego venceu a edição de 2018 do Next Gen, realizada em Milão, ao superar o australiano Alex de Minaur. Naquele ano, o torneio ainda teve nomes como o russo Andrey Rublev, os norte-americanos Taylor Fritz e Frances Tiafoe e também o polonês Hubert Hurkacz, todos com passagem pelo top 10 da ATP.
No ano seguinte, também em Milão, Sinner recebeu convite para disputar a competição. O italiano ocupava o 95º lugar do ranking em 2019 e já era visto como uma grande promessa. Ele começou a temporada como 549º do ranking e saltou mais de duzentas posições depois de uma sequência de três títulos em casa, um challenger e dois ITFs. Curiosamente, sua série de vitórias só parou em Carlos Alcaraz, no challenger de Alicante. Com outros bons resultados ao longo do ano e experiências positivas em seu início na ATP, chegou ao top 100.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
Jogando em casa, Sinner fez a festa da torcida ao vencer adversários mais bem ranqueados. Ainda com 18 anos, o italiano já mostrava um jogo de muita potência nos golpes e teve condições favoráveis ao seu estilo de jogo. Ele venceu Frances Tiafoe, Mikael Ymer, Miomir Kecmanovic e Alex de Minaur. Sua única derrota foi na fase de grupos para o francês Ugo Humbert, que hoje ocupa o 14º lugar do ranking.
A pandemia da Covid-19 fez com que a edição de 2020 fosse cancelada. O evento retornou em 2021 e coroou Carlos Alcaraz como campeão. Principal cabeça de chave daquele ano, ocupando então o 32º lugar da ATP, o espanhol mostrou que estava vários degraus acima dos concorrentes da época e cedeu apenas um set ao longo da semana e já exibia um pouco de seu vasto repertório técnico, que o levariam ao topo do ranking e ao primeiro título de Grand Slam já no ano seguinte.
Alcaraz estava em um grupo com o dinamarquês Holger Rune, o norte-americano Brandon Nakashima e o argentino Juan Manuel Cerúndolo, único tenista a tirar um set do espanhol. Na semifinal, mais um confronto contra um argentino, desta vez diante de Sebastian Baez. E, na final, fez um jogo controlado diante de Sebastian Korda, que era o cabeça 2 do evento e 39º colocado, mostrando que apesar de a diferença no ranking entre eles ser próxima, o potencial de crescimento do espanhol no curto prazo era maior.
Chung sofreu com lesões, Nakashima e Medjedovic tentam se firmar
Vencedor da edição inaugural do Next Gen em 2017, o sul-coreano Hyeon Chung teve um bom início de temporada no ano seguinte. Ele chegou à semifinal do Australian Open, eliminando nomes como Alexander Zverev e Novak Djokovic e também chegou longe nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami. Com isso, chegou ao top 20 do ranking da ATP antes mesmo de completar 19 anos. Mas já no ano seguinte, começou a sofrer com lesões, especialmente nas costas (que o fez mudar radicalmente o movimento de saque) e no tendão de Aquiles, que limitaram seu desenvolvimento.
Chung ficou sem competir no circuito profissional entre 2020 e 2023. E na atual temporada jogou só quatro torneios. Aos 28 anos, ocupa apenas o 1.095º lugar da ATP, com 10 pontos. No ano em que conquistou o Next Gen, o sul-coreano venceu nomes como Andrey Rublev (duas vezes, na fase de grupos e também na final), Daniil Medvedev e Denis Shapovalov.
Já os dois campeões mais recentes do torneio ainda buscam se firmar na primeira prateleira do circuito. Vencedor em 2022, o norte-americano Brandon Nakashima está com 23 anos e ocupa o 38º lugar do ranking. Ele já tem um título de ATP, conquistado há duas temporadas em San Diego, mas seu melhor ranking é o 35º lugar. Também possui duas vitórias contra top 10 na carreira, uma delas este ano, contra Andrey Rublev em Barcelona.
Por sua vez, o sérvio Hamad Medjedovic venceu o Next Gen do ano passado, quando o torneio se mudou para a Arábia Saudita. Aos 21 anos, ele ainda busca a chegada ao top 100, ocupa o 114º lugar e chegou a 102ª posição em outubro. Vencedor de quatro torneios de nível challenger, o sérvio acumula 21 vitórias em competições da ATP, nove neste ano.
Ao que tudo indica, com a real possibilidade de sair invicto até a Final, Fills não abriu mão do Next Gen Finals.
Embora tudo indicasse o contrário, a oportunidade de ter um belo retorno financeiro certo, o fez ‘desistir de desistir’ do torneio, a bem dizer…
Se fez isso com a ideia de investir pesado na equipe técnica e preparo físico, vai entrar em 2025 afiado e com fome de vencer, não acha Mario Sérgio?
Pelo ranking que ocupa e a temporada com três títulos de ATP, o Fils entra nesse Next Gen numa condição de favorito. Nem quando o Alcaraz ganhou o torneio era top 20. Mas a gente tem que pesar também o formato da competição, que é único no circuito, e essa data em que foi colocado esse ano, servindo de pré-temporada para 2025. Isso deixa a competição mais aberta. Independentemente do resultado dessa semana, é um jogdador com potencial de crescimento muito bom para buscar títulos maiores no ano que vem.