Madri (Espanha) – Depois que despontou para o mundo, venceu títulos de Grand Slam e chegou ao número 1 do mundo, Carlos Alcaraz tem enfrentado um pouco de inconsistência, que gerou algumas críticas ao espanhol. Porém, para o sérvio Novak Djokovic toda essa exigência sobre o colega de circuito parece exagerada, principalmente por conta de sua pouca idade.
“Sei que a expectativa é enorme depois de (Rafael) Nadal, (Carlos) Moyá e (Juan Carlos) Ferrero, todos eles foram números 1 do mundo. Mas ouça. Ele tem 21 anos, ganhou quatro Grand Slams e muitos torneios. O que mais você quer? O que ele já fez neste período é incrível”, disse o sérvio, defendendo Alcaraz das críticas a respeito de seus resultados nos últimos meses.
A declaração de Djokovic sobre o jovem rival aconteceu na última segunda-feira na premiação do Laureus, realizada na capital espanhola, onde o sérvio tentará mais uma vez buscar o 100º título de ATP no Masters 1000 de Madri. “Sou sempre otimista, mas não sei se sou um dos favoritos porque não estou tendo bons resultados este ano”, comentou o ex-número 1 do mundo.
“O nível que busco pode vir aqui ou em Roland-Garros, espero que aconteça aqui”, afirmou Djokovic, que se mostrou muito confortável voltando a Madri. “Sempre tenho ótimas sensações quando retorno a Madri, à Espanha. É um país que amo muito. Ganhei o Masters 1000 três vezes na minha carreira, com partidas extraordinárias contra Nadal e Alcaraz”, disse o sérvio.
Djokovic lamenta não ter jogado tanto em Madri nos últimos anos, mas garante sentir falta do público espanhol. “Eles conhecem bem o esporte e respeitam muito o tênis. Estou me sentindo bem e espero fazer um bom torneio”, observou o tenista de Belgrado, que estreia contra o vencedor do duelo entre o italiano Matteo Arnaldi e um tenista vindo do quali.
GOAT dourado sempre generoso, defendendo seu algoz em Wimbledon e atual freguês. No entanto, faço também a seguinte leitura: está implícito na frase que, quem nasceu para ser Carlos, nunca será Rafael, Roger ou Novak, como bem disse outro colega recentemente por aqui – acho que o Paulo Sérgio.
Sim. Nenhum tenista será igual a outro. Cada um contrói a sua história individualmente. Negar a quallidade e o mérito do Alcaraz nas conquistas que ele teve até agora na carreira, é uma grande apelação e falta de esportividade. Aqueles que insistem nessa conversinha de desmerecer algum jogador, sempre cai em contradição ao longo do tempo, porque daqui uns tempos o seu jogador preferido conquista aquele torneio que você desmereceu e aí você vai comemorar se esquecendo que um dia você desvalorizou aquele torneio, porque ele havia sido conquistado por um tenista com o qual você não simpatizava.
Não nego o mérito, apenas aponto o óbvio: ele teve também muita sorte de um Novak em boa forma ser impedido de jogar, não receber pontuação de Slam que foi campeão e ter lesões no pior momento possível (logo no início da sequência RG > WB > Olimpíadas, que acontecem todos num intervalo de cerca de 2 meses).
Alcaraz teve sorte…
“…de Novak em boa forma, ser impedido de jogar”
“…não receber pontuação de Slam que foi campeão”
“…ter lesões no pior momento possível”
(Estava passando quando me deparei com o comentário, senti na obrigação de parar o que estava fazendo, e realizar um momento de contrição, eu não tenho sido justo com aqueles que sofrem…Liguei para amigos músicos, teremos alguns violinos para “marcar” um momento de puro sentimentalismo e arrependimento)
Convide-me para assistir essa bela cena, meu caro. Rs.
Sou tão anti-Bovino Miúra quanto sou anti-Tevez Jr. mas não deixo de reconhecer que tanto ele quanto o maior de todos os tempos teriam mais Slams se não fossem azarados.
Pode ser que no futuro Jr. dê azar também de não participar de torneios que seja franco favorito.
O que faltou entender é, quando você diz “apenas pontuo o óbvio” sobre coisas sobre o mérito, está negando-o. E isso tem muitos nomes de sentimentos, mas nada de racional.
Julio, nego apenas parte do mérito, não todo. É como ser campeão de RG na Era Nadal sem a participação deste ou dos outros Slams na era do Big 3 sem Federer e Djokovic participarem do torneio. Abs!
O Djokovic fez a escolha de não se vacinar e ao longo da pandemia até algum tempo após ela acabar, teve governantes de alguns países que não permitiram a entrada de pessoas que não se vacinaram contra a covid. O Djokovic não quis se vacinar e foi impedido de jogar em alguns países. Ele nunca reclamou disso, assumiu as consequências por suas escolhas. Se ele jogasse os torneios que não disputou talvez fosse o maior favorito, mas não tem qualquer garantia de que ele ganharia esses torneios. Então, se ele não jogou, parabéns aos que aproveitaram a situação e ganharam. O Djokovic é o meu tenista favorito e eu não fico lamentando o fato dele ter deixado de disputar vários torneios. Com relação às lesões, elas fazem parte do esporte e acontece com todos os jogadores. Exemplo recente: na final do Master 1000 de Monte Carlo o Alcaraz teve a vida facilitada pela lesão do Musetti. Na semana seguinte, no ATP 500 de Barcelona, foi o Alcaraz que estava com problemas na final e por isso, no fim do jogo, o Holger Rune enfrentou um adversário que não estava 100%.
Caro Carlos Alberto, eu lamento, pois são questões de puro azar.
A bolada na juíza, o Wimbledon que não aconteceu em 2020, o Wimbledon que não contou pontos em 2022, a pandemia e as lesões nos momentos errados não são azar?
Uma lesão em fevereiro ou em setembro tem um efeito, uma em junho tem outro. Se Alcaraz se lesionar daqui a 40 dias, como maior favorito de Roland Garros e Wimbledon, é evidente que será um azar grande.
Inclusive daria pra botar um asterisco em eventual título do Djoko em Wimbledon se o aprendiz de Bovino não participasse, rs.
O goataço da entressafra
Durante a entressafra houve 27 vitórias sobre o Roger Federer e 31 vitórias em cima do Rafael Nadal. Federer e Nadal têm consciência de que foram grandes jogadores, mas inferiores ao Novak Djokovic. Porém, alguns torcedores fanáticos insistem em colocá-los numa posição que não fizeram por merecer. A maratona do Big 3 acabou e quem venceu não foi nem o espanhol e muito menos o suiço.
Foi boa essa declaração do Djok para fazer os torcedores do sérvio que ovacionam cada derrota do prodígio espanhol. O esporte só é mesmo grande, se os melhores jogarem no seu máximo e performarem partidas excepcionais, títulos incríveis, mesmo que você prefira o outro jogador. Claro que torci para Alcaraz em Barcelona, mas dizer que fiquei triste porque o Rune jogou no fino da bola, algo que mesmo achando ele mala (pelo menos era), não. Não foi espetacular aquela atuação dele? Achei que Alcaraz deveu pouco naquele jogo, foi mais aquilo de se impressionar e apreciar o belíssimo tênis evoluído e maduro do dinamarquês. Tênis é melhor com Alcaraz, Sinner bem e jogando o melhor que eles tropeçando e com apresentações falhas.
djoko na boa , vc já deveria ter parado , igual que o Wavrinka a idade chega pra “todes” , até pra vc que foi o maior…
Esta declaração do Sérvio acaba de uma vez por todas, com o Papinho orquestrado de asteriscos para os SLAM de Carlos Alcaraz. O próprio Djokovic fez questão de chamar atenção, para a precocidade do Jovem Espanhol. O resto é choro.!!! . Abs ! rs.
Caríssimo Sérgio Ribeiro, ele não pode falar desses asteriscos, ou seria trucidado pela opinião pública. No fundo, entretanto, aposto que ele sabe o mesmo que nós, que várias das conquistas do espanhol aprendiz de bovino são cheias de asteriscos. No caso, 3 dos 4 Slams e o nº 1, rsrs. Abs!
Desde quando Djokovic liga para isso. Esses asteriscos só estão na sua cabeça, José Afonso. Quanto mais você repetir mais real será para você. Para o resto de nós, no entanto…
Pode ser que ele não ligue. Mas qualquer torcedor com bom senso sabe desses asteriscos, assim como o título de Roger em RG sem nunca ter derrotado o Bovino lá.
Toc toc toc
¿Nadie va a estar en desacuerdo? Kkk…
No fundo ele sabe que o cara que vai buscar seus recordes é o Pecador.
???????
No entendí
Trocadilho com Sinner, em inglês = pecador.
Gracias
Ir buscar é uma coisa. Conseguir alcançar e superar é outra coisa. O Nadal tem 12 títulos em Barcelona. Antes da final do último domingo dava a impressão que o Alcaraz, com dois títulos, tinha grande chance de alcançar o Nadal. Mas deu pra ver que a realidade é bem diferente das projeções que muita gente faz. Com relação aos recordes do Djokovic, as dificuldades são maiores ainda.