O tênis brasileiro não ganhou apenas um tenista com reais condições de figurar entre os 20 melhores do mundo a curto prazo, mas também possui um garoto com perfil perfeito para a Copa Davis. João Fonseca honrou o fato de ser o número 1 do grupo de Jaime Oncins, fez seu trabalho em Atenas contra a torcida, marcou os dois pontos que se esperava dele e cada vez mais se firma como o grande nome do país.
É bem verdade que o carioca de 19 anos jogou um tanto abaixo de seu potencial na primeira partida contra um pouco conhecido Stefanos Sakellaridis, 286º do ranking, mas é preciso colocar na balança o peso da responsabilidade, a boa atuação do adversário e o vento que dificultava buscar as linhas. O importante é que nunca perdeu a cabeça diante dos match-points perdidos ou das ameaças do grego e fechou o jogo na hora certa.
Pouco depois, Thiago Wild mostrou enorme fragilidade técnica contra Stefanos Tsitsipas e o sábado terminou logicamente empatado. A dupla Marcelo Melo e Rafael Matos teve sua tarefa simplificada pela mudança do time grego de última hora, saindo justamente Tsitsipas, teoricamente com a ideia de se poupar para o duelo diante de Fonseca, já que o número 27 do mundo vinha mostrando problemas com o ombro.
Na partida mais aguardada do confronto, sob aplausos de Novak Djokovic, Fonseca fez um primeiro set quase perfeito, especialmente com o saque a favor. Stef reagiu, com uma quebra que o brasileiro quase recupera, em meio a um pedido médico que levou o dono da casa ao vestiário. O terceiro set ficou na mão do ex-top 3. Mas quando a fase anda ruim, falta confiança e Tsitsipas jogou um game pavoroso com 5/4, que começou com dupla falta e terminou com mais dois erros não forçados. Com espírito guerreiro, Fonseca se agarrou na chance oferecida, pressionou com bolas profundas e correu para o abraço dos companheiros brasileiros.
Com apenas duas temporadas na Davis, com estreia bancada por Oncins no ano passado, Fonseca já soma quatro vitórias em seis jogos e impõe uma rara derrota a Tsitsipas, que perdeu apenas o segundo jogo em 15 disputados na competição por equipes. Também marca a sétima vitória sobre top 30, sendo seis delas nesta temporada. Na entrevista oficial, Fonseca destacou com justiça seu desempenho nos pontos importantes de um jogo acirrado e enfatizou o quanto se sente à vontade para representar o Brasil.
Com a importante vitória deste fim de semana fora de casa, a quarta que obtivemos desde 2023. somando-se a Dinamarca, Suécia e Bélgica, o time nacional vai para o qualificatório do Grupo Mundial que tem duas rodadas. No final de janeiro, após o Australian Open, 26 países duelam dois a dois, no sistema de alternância de sede, grupo que reúne os 14 países que disputaram o Grupo Mundial e não chegaram na final – portanto, ainda teremos de aguardar a definição – e os 12 que superaram o Grupo 1 neste final de semana, lista que inclui, além do Brasil, países como Sérvia, Reino Unido, Canadá, Bulgária, Noruega, Chile, Peru e Equador.
Fonseca, por sua vez, embarca diretamente para San Francisco, nos EUA, onde será atração no time Mundo da Laver Cup, que será disputada de sexta a domingo, tendo como possíveis adversários Carlos Alcaraz, Alexander Zverev, Holger Rune, Casper Ruud, Jakub Mensik e Flavio Cobolli.
A disputa pelo título
No Grupo Mundial, seis dos sete confrontos deste fim de semana, classificatórios para as quartas de final, foram vencidos pelos visitantes, algo raro na Davis. As maiores surpresas foram as vitórias da República Tcheca em cima dos EUA e da Bélgica contra a Austrália.
A Argentina será o representante das Américas, com grande vitória como visitante frente à Holanda. A Espanha foi a única que levou como sede, mas depois de enorme susto e virada de 0 a 2 sobre a Dinamarca. Também avançaram Alemanha, Áustria e França. A Itália já estava diretamente nas quartas por ser a atual campeã.
Festa no Parque
Se as rodadas decisivas da chave de simples foram decepcionantes, já que Bia Haddad fez mais uma atuação muito abaixo da crítica e caiu ainda nas quartas de final diante da mexicana Renata Zarazua, eliminada no dia seguinte pela que seria campeã, a francesa Tiantsoa Rajaonah, apenas 214ª do ranking, o SP Open teve um sábado muito festivo com três brasileiras na ótima final de duplas.
Com estádio lotado e torcida dividida, Luísa Stefani e a húngara Timea Babos tiveram de lutar muito contra Ingrid Martins e Laura Pigossi, que jogaram em alto nível o tempo todo e só foram vencidas no match-tiebreak pela evidente maior experiência das adversárias. Todas amigas, as brasileiras trocaram elogios e sobrou emoção na cerimônia de premiação.
Enquanto Bia aparecerá na 25ª posição antes da defesa dos fundamentais 500 pontos de Seul, a parceria de Luísa abre 517 pontos sobre as nonas colocadas na corrida para o Finals e Pigossi entra enfim no top 100 de duplas, como 93ª, ela que já havia sido 100ª em simples.
Dalcim, o game pavoroso do Stefanos foi no 5/4 e não no 5/3.
Acho que foi com 5×4 que Tsisipas jogou um game ruim.
O tênis do Brasil nos honrou nesse domingo. Foi incrível!!
Parabéns ao Jaime e toda equipe!!
Só não entendi por que Wild estava lá. Nem camiseta do Brasil quis usar no jogo dele. Enfim…
O Jaime Oncins é um baita técnico. Por que não é ele o treinador do Brasil quando disputamos a United Cup? Ao meu ver, deveria ser ele!
Alguém pede pro Oncis não chamar o Wild… A total falta de comprometimento dele é inaceitável…
Ninguém está cobrando uma vitória dele contra o Tsitsipas… Mas pelo menos lute… Tente… Desgaste o adversário…
O Wild realmente é um cara q n tem como contar quando esta em mau momento técnico, não entrega nada mental ou animicamente, tem QI tático baixíssimo.. se o Monteiro pediu dispensa msm, era mais negócio ter premiado o bom ano do Joao Lucas Reis e levado ele pra jogar..
Boa noite Dalcin. Olha acho até exagerado colocar os 2 pontos conquistados como “esperados” da parte do Fonseca.. o esperado pela diferença de currículo e pelo fato de jogar em casa- ainda mais se poupando nas duplas(oque achei um erro crasso por parte dos gregos)- era o Tsitsipas ter garantido os 2 pontos nos jogos de simples e o Brasil tentar levar o confronto nos 3 pontos restantes, onde nossos atletas tinham bem mais currículo e experiência doq os gregos..
E o Tsitsipas quase conseguiu cumprir essa expectativa, vinha controlando seus serviços com facilidade após a quebra até o fatídico 5×4.. A partir dali o grego nitidamente encurtou o braço e passou a empilhar erros não forçados e clr, João teve todos os méritos de ter se mantido no jogo até o final e de ler perfeitamente o momento passando a jogar mais conservadoramente e deixando o grego se perder nos próprios erros..
E vendo o búlgaro Vasilev, que levou um calor danado do Guto nas SF do USOpen juvenil enquanto o BR teve físico, cravar 2 vitórias nos jogos de simples contra uma Finlândia q recentemente esteve na fase final da Davis, me permito acreditar q pode levar menos tempo doq imaginavamos para Brasil ter uma dupla de singlistas extremamente jovem e com potencial de anos em alto nível para a competição..
Saudações!
Terminados os confrontos da R2 da fase Qualificatória e do Grupo Mundial I, pelo que entendi do regulamento, o Brasil poderá enfrentar na R1 da fase Qualificatória de 2026, a ser disputada em fevereiro, um dos 13 países cabeças de chave, a saber:
* 6 dos 8 que disputarão o Finals 2025 em novembro (não enfrentaremos nem o campeão nem o vice):
Itália, Espanha, Áustria, Bélgica, Argentina, Alemanha, Chéquia ou França.
* Ou ainda, um dos 7 perdedores da R2 do Qualificatório 2025, isto é:
Holanda, Austrália, Hungria, Japão, EUA, Dinamarca ou Croácia.
Pelo sistema de alternância de sede, jogaremos em casa contra Itália, França, Dinamarca, Austrália, Japão, Argentina, EUA, Áustria e Chéquia.
Fora: Alemanha, Bélgica, Croácia, Espanha
Sorteio: Holanda e Hungria.
Torcer para que a Espanha e Alemanha sejam campeãs ou vice-campeãs de 2025, a fim de reduzir as chances de um confronto fora de casa.
Só vejo muita crítica infundada ao Seyboth Wild. Vocês não conseguem se colocar.no lugar do cara.
Trata-se de um menino Top!