Confiante, Bia enfrenta o maior desafio do ano até agora

Para quem já conviveu com tantas adversidades na carreira, como lesões, cirurgias até uma suspensão por doping, a irregularidade de resultados apresentada este ano parece ser um problema menor e superado. Esbanjando confiança, depois de três boas vitórias no US Open, ela entra em quadra nesta segunda feira para o seu maior desafio da temporada, até agora. Enfrenta uma top ten, recém finalista de Wimbledon, a norte-americana Amanda Anissimova, numa partida que promete grandes emoções em outro encontro que deve atravessar a madrugada no Brasil, só que desta vez no principal palco do torneio, a Arthur Ashe.

De uma certa forma, Bia mostrou o seu poder de superação ainda na primeira rodada aqui em Nova York. Diante da britânica Sonya Kartal fez um jogo estranho. Ganhou o primeiro set por 6/3. Perdeu o segundo por incríveis 6/1. E no terceiro, quando parecia ter total domínio da partida com larga vantagem o marcador, foi buscar uma bola curta, ganhou o ponto, os aplausos, mas deu a impressão de que algo grave aconteceu. Puxou a perna, entregou um game de saque por limitação no movimento e ficou a dúvida se continuaria na partida. Como a vantagem era grande, conseguiu fechar a por simples 6/1.

A misteriosa contusão foi sua última ligação com o recém passado de irregularidade, ou seja, a difícil missão de manter uma mente positiva, sem entrar em parafuso. Logo, ela percebeu que precisaria sair de sua zona de conforto, buscar paciência, conter a ansiedade e superar a suíça Viktorija Golubic, uma tenista difícil de se enfrentar, com estilo de grande variação de jogadas e uma rara esquerda de apenas uma mão que quebra o ritmo das adversárias.

Com a força mental recuperada, a paciência em dia, Bia partiu para o que mais gosta: a agressividade. E com retrospecto bem favorável diante de Maria Sakkari fez sua melhor atuação no torneio e talvez dos últimos tempos.

Para superar Amanda Anisimova, Bia vai precisar de todas essas etapas que apresentou até agora na competição e muito mais. Pelo que vem demonstrando, está sim em condições de reviver os melhores momentos de sua carreira.

 

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Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
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