Florianópolis (SC) – Convidada para a disputa do WTA 125 de Florianópolis, a catarinense de 16 anos Carolina Bohrer fez uma partida competitiva nesta terça-feira, mas foi superada pela argentina Martina Capurro Taborda, 194ª do ranking, que marcou as parciais de 6/3 e 6/4 em 1h38 de partida.
Destaque da participação brasileira na Billie Jean King Cup Junior há duas semanas e classificada para o Australian Open juvenil de 2024, Bohrer disputou seu maior torneio como profissional e ocupa o 896º lugar do ranking da WTA. Apesar da maior experiência de sua adversária, de 25 anos, do pouco tempo de treinos depois de ter vencido um torneio em quadras duras no sábado, e também do vento em quadra, ela equilibrou as ações.
“Fiz uma boa partida nessas condições, com muito vento, mas acho que eu poderia ter jogado melhor. Joguei contra a 194ª do mundo, mas acabei nem pensando nisso, encarei só como uma outra adversária. Lutei bastante no final, salvei dois match-points, mas poderia ter sido melhor. Poderia ter vencido”, disse Bohrer após a partida em Florianópolis.
A brasileira chegou a liderar o set inicial por 3/2, com quebra acima. Mass fez cinco duplas faltas na parcial e colocou apenas 45% de primeiros serviços em quadra, permitindo a reação da rival, que fez quatro games seguidos. No segundo set, a jogadora argentina abriu 3/0 com duas quebras. Bohrer chegou a diminuir a diferença para 4/3 e salvou dois match-points em seu saque no oitavo game. Já na reta final da partida, novamente com muito vento, a catarinense acabou errando duas devoluções que definiram a disputa em dois sets.
Jogando em casa, Bohrer terá a oportunidade de acompanhar o torneio até a final no domingo e definiu seus próximos passos. “Foi uma ótima experiência. Como eu morava aqui, ficarei até o final do torneio e vou assistir os jogos. Mas gostaria de estar ainda no torneio. Daqui a duas semanas vou tentar o WTA 125 de Montevidéu, recebi convite, e depois tenho o ITF de US$ 60 mil e Vacaria, no Rio Grande do Sul”.
Algoz da braileira, Taborda enfrentará a norte-americana Elizabeth Mandlik, oitava cabeça de chave e 115ª do mundo, que venceu a suíça vinda do quali Conny Perrin, 339ª colocada, por 6/3 e 6/2.
Muito promissora a Carolina, gostei muito da sua atuação.
Promissora
Gostei muito do que vi dela. Bate pesado na bola, principalmente de backhand, tem boa estatura e é agressiva. Parece um bom prospecto
Show
A Bohrer tem tudo pra avançar na carreira, foge do padrão das principais jogadoras brasileiras atuais (exceto Bia), é menos rebatedora que definidora de pontos. Vai precisar trabalhar o físico pra garantir a evolução.