Bia destaca confiança para desafiar Anisimova nas oitavas do US Open

Nova York (EUA) – Classificada para as oitavas de final do US Open, Beatriz Haddad Maia comemorou o desempenho na partida do último sábado, contra a grega Maria Sakkari. Além disso, a número 1 do Brasil e 22ª do mundo vai confiante para desafiar a norte-americana Amanda Anisimova, número 8 do ranking e recente finalista de Wimbledon. Bia venceu o duelo mais recente, disputado há dois anos em Adelaide, mas Anisimova lidera o histórico por 2 a 1. O reencontro será nesta segunda-feira, na sessão noturna do Arthur Ashe Stadium.

“Maria é uma ótima jogadora e uma lutadora. Já nos enfrentamos algumas vezes e também treinamos juntas. Eu me preparei da melhor forma possível e estou feliz com minha mentalidade. Foi mais rápido do que eu pensava, mas estou feliz com meu trabalho hoje. Acabou a primeira semana e agora é caprichar e cuidar do corpo. Cada jogo é um jogo”, disse Bia na entrevista em quadra, após a vitória por 6/1 e 6/2 em 1h10 de disputa.

A jogadora de 29 anos falou para as duas TVs que transmitem o torneio, ESPN e Sportv, sobre o nível de tênis apresentado e a sequência na competição. “Foi um jogo constante e sólido da minha parte, consegui manter um volume durante o tempo todo. Acho que no finalzinho, o meu game de saque não foi perfeito, mas a gente sempre tem alguma coisa para melhorar. Consegui ficar competitiva”, afirmou. “Posso dizer que esse jogo me dá confiança e me deixa forte para a próxima rodada. Amanda está fazendo um ótimo ano, a gente já jogou algumas vezes e nos conhecemos do circuito. Será uma batalha, mas darei o meu melhor”.

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Bia chega às oitavas de final de um Grand Slam pela quarta vez na carreira. Ela foi semifinalista de Roland Garros em 2023. E no mesmo ano, fez oitavas em Wimbledon. Já na temporada passada, foi até as quartas no US Open. Seus melhores resultados na temporada foram em dois WTA 500. Ela foi semifinalista no saibro de Estrasburgo e chegou às quartas em Bad Homburg, na grama.

“Nunca trabalhei tanto quanto hoje”, diz Bia

“Isso tudo é construído e não é da noite para o dia. Estou buscando todo dia sair da minha zona de conforto e nunca trabalhei tão duro quanto hoje”, afirmou a ex-top 10. “Apesar de não ter tido o ano e os resultados que eu queria, é tênis, a gente tem que trabalhar para fazer coisas que nunca fez. E estou me sentindo confiante e cada vez mais forte. Eu sempre fui uma pessoa muito positiva e que trabalhou muito duro. Confio muito no meu time e estamos sempre tentando melhorar o nosso tênis”.

Embora tenha apenas 13 vitórias na temporada, Bia destacou também outros jogos que conseguiu competir em bom nível. “Desde os torneios na Europa, eu já vinha fazendo alguns jogos bons. Eu tive uma derrota em Madri para Bencic, com 4/2 no terceiro set. E depois, tive quebra acima no terceiro na semifinal com a Rybakina [em Estrasburgo], tive match-point com a Navarro para chegar às quartas de final de um 500 em Queen’s. Então, foram bons jogos, mas que eu não conseguia embalar numa sequência”.

Depois de uma longa espera para entrar em quadra, ao ser escalada para o último jogo da programação do Louis Armstrong Stadium, Bia também falou sobre a adaptação às condições e agradeceu ao público que ficou até o fim. “É agradecer à torcida, é um horário que não é fácil. Até paras a gente, que está acostumada a jogar cedo e tivemos que ficar o dia inteiro no clube. Mas é preciso se adaptar às condições do momento e fazer o nosso melhor. Eu já tinha passado por isso no ano passado, contra a Kalinskaya, entrei quase meia-noite, e vamos tentar fazer o barulho com os brasileiros que estiverem na próxima rodada”.