Mário Sérgio Cruz
Especial para TenisBrasil
Depois de um início de partida complicado nesta quinta-feira, Laura Pigossi ensaiou uma recuperação no duelo nacional contra a Beatriz Haddad Maia, mas não evitou a eliminação nas oitavas de final do SP Open. A número 2 do Brasil lamentou ter demorado para encontrar as melhores soluções para enfrentar Bia, mas acredita ter ficado muito perto de mudar completamente a dinâmica da partida.
“Acho que faltou um ponto, na verdade. Eu estava voltando para o jogo com 5/4 e 30-iguais. Acho que se eu fizesse 5/5 o jogo mudaria completamente”, disse Pigossi após a derrota por 6/1 e 6/4 para Bia no Parque Villa Lobos.
“Acho que uma das minhas maiores qualidades é não desistir e buscar maneiras. E a partir do momento que encontrei, eu achava que poderia ganhar o jogo. Mesmo estando 5/1 abaixo, não tem problema. Posso jogar mais umas três horas. Me agarrei nisso e consegui voltar um pouco mais. Infelizmente não consegui virar como em outros jogos, mas fico feliz por ter lutado e buscado várias maneiras diferentes de entrar no jogo”, acrescentou a paulistana de 31 anos e 193ª do ranking.
JUST LOOK AT THIS FOR A MATCH POINT! 💥
Beatriz Haddad Maia is through to the quarterfinals after a 6-1, 6-4 win over Pigossi on home turf 🇧🇷#SPOpen pic.twitter.com/wycDdrFmhS
— wta (@WTA) September 12, 2025
O longo rali no match-point também foi assunto da conversa com os jornalistas: “Corri bastante. Teve uma hora que achei que a minha bola ia ficar na rede, porque não consegui nem usar minha empunhadura normal”, relatou.
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Esta foi a quarta vez que as duas brasileiras mais bem colocadas no atual ranking sa WTA se enfrentam no circuito profissional e Bia segue com 100% de aproveitamento nos confrontos. “Jogo com ela desde os oito anos de idade. A gente já jogou mil vezes em treinos e jogos oficiais”, disse a número 2 do país. Ainda que o ambiente estivesse dividido, com gritos de apoio para as duas jogadoras, muitos torcedores ficaram ao lado de Pigossi nos últimos games. “Mas foi um jogo muito bonito para todo o público e toda a atmosfera. Acho que o fato de eu ter conseguido chamar um pouco mais pro jogo, ali é Brasil contra Brasil e o pessoal só queria ver mais jogo”.
Ano de muitas mudanças
A tenista também falou sobre as recentes mudanças em sua equipe de trabalho, anunciadas em julho. Ela não está mais treinando na Ad In Academy, em Barcelona, e começou a viajar com novo técnico, o peruano Sérgio Galdós, além do preparador físico Carlos Aguilar. Pigossi também trocou de raquete, está jogando com a Yonex V Core. “Esse foi um ano de muitas mudanças, mudei também de raquete. Sigo em Barcelona, mas saí da academia onde eu treinava. Agora tenho um técnico que me acompanha em todas as semanas, é um técnico peruano. Inclusive agora no final do ano eu não preciso voltar tantas vezes para Barcelona. consigo estar com ele. Meu preparador físico é o mesmo, eu não vou trocar. Eu me sinto muito bem com ele. Foi um ano de muitas mudanças e estou começando agora a me acertar e colher os frutos”.
Foco nas duplas com Ingrid Martins
Pigossi segue no SP Open, agora focada no torneio de duplas, ao lado de Ingrid Martins. Elas enfrentam a britânica Emily Appleton e a holandesa Isabelle Haverlag nesta sexta-feira. “Estou bem motivada para a dupla. Acabei de entrar no top 100, estou muito feliz com essa conquista e por jogar ao lado da Ingrid, ainda.mais em SP e em casa. Estou muito motivada, independente do resultado de hoje e amanhã é um novo dia”.