Roma (Itália) – Apesar de ter apenas 21 anos, Coco Gauff já tem uma carreira de sucesso no tênis, com os título do US Open em 2023, do Finals no ano passado e duas conquistas de nível 1000. A próxima meta da norte-americana é ganhar um torneio grande no saibro. Ela já foi finalista de Roland Garros em 2022 e de Madri há duas semanas. Agora, chega à sua terceira semifinal em Roma, e desta vez como a tenista de melhor ranking entre as que ainda disputam o título.
“Estou muito confiante no saibro. Acho que é uma superfície que funciona bem para o meu jogo. Eu adoraria ganhar um título importante, adoro jogar aqui e espero ir ainda mais longe”, disse Gauff, na coletiva de imprensa desta quarta-feira. “Mas sei que tenho um longo caminho até o troféu e preciso encarar jogo a jogo, tentando melhorar a cada partida. Quando você olha muito para o futuro pode ser mais uma maldição do que uma bênção”.
A classificação para a semifinal veio com vitória por 6/4 e 7/6 (7-5) sobre a russa Mirra Andreeva, de apenas 18 anos e número 7 do mundo. A norte-americana mantém a escrita de nunca ter perdido para a jovem rival, liderando agora o retrospecto por 4 a 0. O duelo mais recente foi há duas semanas, em Madri.
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“Acho que ela tentou ser mais agressiva hoje. Quando você joga duas vezes com a mesma pessoa em pouco tempo, é mais difícil. Você quer jogar da mesma forma porque funcionou para você, mas ela provavelmente vai mudar o jeito de jogar”, avaliou a terceira do ranking. “Honestamente, não penso muito no retrospecto, principalmente quando você joga contra alguém mais jovem. Elas podem melhorar muito em pouco tempo. Quer dizer, eu penso no meu jogo comparado a quando eu tinha a idade dela e agora, é muito diferente. Além disso, quando entro em quadra, encaro cada partida do zero”.
Duelo com Zheng na semifinal
Adversária da chinesa Qinwen Zheng na semifinal desta quinta-feira às 15h30 (de Brasília), Gauff tinha a expectativa de reencontrar Aryna Sabalenka, número 1 do mundo e sua algoz na decisão de Madri, mas sabe que terá um jogo duro. Ela venceu os dois duelos que fez contra Zheng no circuito profissional, em Roma e no Finals do ano passado.
“Para ser sincera, não tenho preferência”, comentou antes da definição da próxima adversária. “Obviamente, eu gostaria de jogar com a Aryna, porque acabei de enfrentá-la em Madri, só para me vingar (sorrindo). Mas a Qinwen é também uma adversária dificíl. Vai ser uma partida muito difícil de qualquer maneira”.
Momento de Iga no circuito
Gauff também falou sobre outra tenista de destaque, Iga Swiatek, que é tetracampeã de Roland Garros, mas chegará a Paris ainda sem títulos na temporada. A norte-americana derrotou Swiatek recentemente no saibro de Madri e falou sobre o momento da polonesa, destacando que a ex-número 1 é candidata a títulos, mesmo em um ano abaixo de suas expectativas.
“Com certeza, o cenário muda um pouco quando você vê alguém que venceu Roland Garros tantas vezes não tendo os melhores resultados. Acho que dá muita confiança às jogadoras quando a enfrentam. Mas você também tem que respeitar o fato de ela ser tetracampeã em Roland Garros. Eu sempre acho que se alguém vence um torneio tantas vezes, independentemente da forma em que esteja, definitivamente consegue encontrar uma maneira de vencer novamente. Se eu for jogar contra ela em Paris, eu esqueceria o resultado de Madri, nem pensaria nisso e esperaria que ela jogasse seu melhor tênis”.