Roma (Itália) – O alemão Alexander Zverev está classificado pela terceira vez na carreira para a decisão do Masters 1000 de Roma. Depois de um início bastante ruim, chegando a perder o primeiro set por 6/1 para o chileno Alejandro Tabilo, o atual número 5 do mundo elevou o nível e buscou a virada, marcando as parciais de 1/6, 7/6 (7-4) e 6/2, após 2h16 de jogo.
Ciente de que não jogou no seu melhor nível, Sascha valorizou o empenho do adversário e afirmou que teve muitas dificuldades devido à boa atuação do chileno. “Se não joguei bem, foi porque o Tabilo não deixou. Ele entrou em quadra batendo muito forte e fazendo muitos drop shots, jogando de forma muito agressiva. Ele não me deixou jogar. Tenho que dar a ele todo o crédito por isso. Estou feliz por ter aguentado o segundo set, no qual acho que ele também jogou melhor que eu. Ainda assim eu aguentei. Algo mudou no tiebreak, o ímpeto foi outro a partir daí”, analisou o alemão na coletiva de imprensa.
Zverev também ressaltou a importância de ter conseguido encontrar saídas ao longo da partida, neutralizando um pouco melhor a estratégia de Tabilo. “Também não é fácil jogar de forma agressiva contra um adversário que tenta atacar a cada lance. No primeiro set mal toquei na bola, porque para jogar agressivamente é preciso ter ritmo e hoje não tive. No final das contas, às vezes é também uma questão de encontrar soluções e hoje encontrei, principalmente no tiebreak do segundo set. No terceiro fui muito mais agressivo e me senti mais confortável com meus golpes”, disse.
Sen-Sascha-nal 🔥
World number 5 @AlexZverev is into his first Masters 1000 final since 2022 , coming from a set down to beat Tabilo 1-6 7-6 6-2 in Rome#IBI24 pic.twitter.com/WcLdOK8aYr
— Tennis TV (@TennisTV) May 17, 2024
Alemão se sente em casa na Itália
Aos 27 anos de idade, Zverev disputará sua 11ª final de Masters 1000 e vai em busca do sexto título. A primeira conquista, inclusive, foi obtida exatamente no Foro Italico em 2017, sendo que no ano seguinte ele voltou à decisão, mas acabou ficando com o vice-campeonato. De volta ao palco onde levantou seu primeiro grande troféu há sete temporadas, ele espera também enfim encerrar um incômodo jejum de quase três anos sem um título de nível 1000. O último foi no piso duro de Cincinnati em agosto de 2021.
“Se Roma é o lugar das minhas primeiras vezes, então estou feliz. Meu primeiro Masters 1000 foi aqui quando eu tinha 20 anos e se esta é a primeira final desde a minha lesão [no tornozelo em Roland Garros 2022], estou fico ainda feliz, principalmente por ser um lugar que aprecio. Mesmo fora do tênis é uma cidade que amo e gosto, então se isso acontecer ficaria muito contente”, comentou.
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O germânico também aproveitou para enfatizar o apoio que vem recebendo da torcida italiana não apenas nesta edição, mas sempre que atua no país da bota. “Eu diria que a Itália é um dos três países onde recebo mais apoio, amor, carinho e energia das pessoas o tempo todo. Eu realmente me sinto italiano quando jogo aqui. Normalmente o público quer sempre que os mais fracos se saiam bem, que ganhem, mas senti que me apoiaram muito e isso ajuda. O público italiano é louco e eu adoro isso. Gosto quando falam alto e quando estão a seu favor é melhor ainda. Eu não substituiria Jannik, mas talvez esta semana eles o vejam dessa forma e estou feliz com isso.”
Decisão contra Jarry ou Paul
Já garantido na final, Zverev espera agora por Nicolas Jarry ou Tommy Paul. Diante de ambas as possibilidades, o alemão comentou sobre o que pensa dos dois jogadores e ressaltou que, não importa quem avance, terá um duelo duro pela frente no domingo.
“Se estão nas semifinais é porque estão jogando o melhor tênis da carreira. Não importa quem seja, será difícil. Acho que Nicolas é um dos jogadores mais agressivos do circuito, com um ótimo saque e um ótimo forehand. Ele bate com muita força de ambos os lados da quadra. A vitória sobre o Tsitsipas foi impressionante, pois esteve por baixo durante a maior parte da partida, mas sempre acabava se recuperando. E acho que Tommy jogou muito bem este ano no geral. Em Miami a lesão no tornozelo o atrapalhou um pouco, mas antes disso e também desde que voltou ele tem jogado muito bem”, destacou Sascha.