WTA introduz regra inovadora focada na proteção da fertilidade

Azarenka, Svtolina e Osaka são três das mamães do circuito atual (Fotos: Jimmie48/WTA)

São Petersburgo (EUA) – Criado originalmente para ajudar tenistas que passaram por um longo período fora do circuito por causa de lesão, o ranking protegido, que usa uma média dos resultados antes da pausa, também tem sido utilizado pelas jogadoras que param para ser mães. Agora, a WTA resolveu ampliar a abrangência da regra e vai oferecer o mesmo para atletas que optam por se submeter à proteção de fertilidade.

O desenvolvimento e a adoção da regra foram defendidos pelas jogadoras da WTA e oferecem um aprimoramento adicional ao pacote de benefícios existente, permitindo que as jogadoras conciliem o esporte profissional com a vida familiar. A nova regra significa que as jogadoras agora podem se ausentar do tênis profissional para realizar procedimentos de proteção à fertilidade, como congelamento de óvulos ou embriões, e retornar às competições com segurança e uma classificação protegida.

As jogadoras elegíveis receberão um Ranking Especial que pode ser usado para participar de até três torneios, com base na média de 12 semanas do seu ranking, incluindo as oito últimas semanas antes do afastamento. Podem participar jogadoras com ranking entre 1º e o 750º lugar e que se afastam do circuito por no mínimo dez semanas. Elas poderão utilizar esse recurso em torneios 125, 250 ou 500.

Iniciativa é apoiada pelo conselho das jogadoras

“Estou incrivelmente orgulhosa do nosso esporte por reconhecer a importância dos tratamentos de fertilidade para atletas femininas. Para qualquer mulher, a discussão sobre vida familiar versus carreira é complexa e cheia de nuances. A WTA criou um espaço seguro para as jogadoras explorarem opções e tomarem as melhores decisões para si mesmas”, destacou Sloane Stephens, que faz parte do conselho de jogadoras.

Ao introduzir essa nova forma de proteção de classificação, a WTA ajuda a apoiar e capacitar atletas mulheres a equilibrar uma carreira esportiva profissional com o planejamento e a formação de uma família no momento que escolherem.

A regra expande o abrangente Programa de Foco na Família da WTA, que inclui proteção de classificação durante a gravidez, ou outra forma de parentalidade, e apoio pós-parto com o retorno às quadras. As atletas da WTA agora também se beneficiam de licença-maternidade remunerada e subsídios para proteção da fertilidade por meio do Fundo de Maternidade da WTA.

“Entendemos que atletas profissionais podem enfrentar o dilema entre focar na carreira e constituir família, e estamos comprometidos em apoiar as jogadoras da WTA enquanto elas navegam e equilibram as escolhas relacionadas à carreira e à família”, afirmou Portia Archer, CEO da WTA.

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Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
1 dia atrás

Excelente iniciativa. Agora, não precisava discriminar cerca de metade das tenistas (acima do número 750), afinal, também são mulheres.

Gabriel
Gabriel
8 horas atrás
Responder para  Samuel, o Samuca

Mas elas vão usar o Ranking protegido para que? Para disputar um W15? um W35? Em relação a licença remunerada eu acho justíssimo, afinal elas fazem parte do ecossistema e são “funcionárias” do tênis, mas o ranking protegido não faria muito sentido para essas tenistas.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
21 horas atrás

Parabéns à WTA pela iniciativa. A vida profissional da atleta feminina tem diferenças em relação aos homens e por isso as mulheres devem mesmo receber um tratamento diferenciado e específico, principalmente pensando na sequência da sua vida após o encerramento da carreira de atleta profissional.

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