Van de Zandschulp ficou preocupado até o último ponto do jogo

Botic van de Zandschulp e Carlos Alcaraz (Foto: Simon Bruty/USTA)

Nova York (EUA) – Conquistar uma grande vitória como a que Botic van De Zandschulp teve na noite de quinta-feira, surpreendendo o espanhol Carlos Alcaraz na segunda rodada do US Open, é sempre um grande desafio. Após o jogo, o holandês contou que, mesmo liderando o placar, ficou preocupado com uma eventual reação do rival até o fim.

“Você pensa isso o tempo todo. Quando eu ganhei o primeiro set, por exemplo, fiquei refletindo que ele é um dos melhores do mundo e podia chegar em um nível diferente. Acho que até 5/4 no terceiro set eu ainda tinha algo na minha cabeça de que ele iria inventar alguma coisa especial. Então sim, eu realmente estava pensando nisso a partida toda”, declarou o holandês.

Para Van de Zandschulp, tentar encurtar o tempo de Alcaraz foi uma das táticas que lhe rendeu sucesso na partida. “Ele é  incrivelmente agressivo e sempre busca avançar (em quadra). Hoje tentei antecipá-lo um pouco, subi muito à rede e ele não conseguiu lidar com isso. Acho que fiz um bom trabalho lá”, analisou o tenista de 28 anos.

O holandês ainda destacou a dificuldade de bater um rival do nível de Alcaraz. “Ele é alguém que pode fazer de tudo. Quando está com o forehand, pode jogar um drop-shot, ir para uma bola vencedora, rebater um inside-out ou um inside-in. Tem a capacidade de fazer tudo com a bola de tênis. É por isso que enfrentá-lo é incrivelmente difícil”.

Volta por cima depois de pensar em parar

Em Roland Garros, depois de cair na estreia para o italiano Fabio Fognini, o holandês falou na possibilidade de parar, mas a ideia parece ser coisa do passado. “Tirei algumas semanas de folga depois disso. Joguei novamente em Wimbledon e então decidi disputar torneios na Europa”, disse Van de Zandschulp, que voltou aos challengers e acabou se dando bem, com dois vice-campeonatos.

“Precisava de um pouco mais de confiança para vencer partidas, jogar mais. Foi algo que eu fiz e acho que isso deu um bom impulso à minha confiança, tanto que estamos nós aqui agora. Na época eu disse que pensava em parar, mas que iria esperar para ver como as coisas iriam”, relembrou o atual 74 do mundo, que já foi o 22º dois anos atrás.

Processando a vitória e olhando para frente

Van de Zandschulp terminou contando que vai precisar de um pouco mais de tempo para realizar o feito que conseguiu nesta quinta contra Alcaraz. “Talvez eu ainda esteja processando. Talvez em algumas horas ou amanhã eu me sinta um pouco mais emotivo com o que aconteceu hoje à noite”, falou o holandês.

Ele não espera moleza na próxima rodada: “Acho que todos os confrontos são difíceis, claro. A próxima rodada é contra Jack Draper, que é um jogador muito bom e vem tendo uma boa temporada este ano. Ele tem um grande saque e golpes muito potentes. Então, vai ser, de novo, uma partida muito difícil”, finalizou.

“Mentalmente não estou bem, não estou forte”, avalia Alcaraz

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Geraldo
Geraldo
2 meses atrás

Pipocou

Renato
Renato
2 meses atrás

Alcaraz tá muito preocupado com esse negócio de “mentalmente”. Mentalmente isso, mentalmente aquilo, e mentalmente aquilo outro. Se ficar nessa pilha, vai ser difícil ficar bem “mentalmente”.

Fernando Venezian
Fernando Venezian
2 meses atrás

Challengers são essenciais na carreira dos tenistas! São torneios que recuperam a confiança dos mesmos! O holandês voltou on fire!

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