Nova York (EUA) – Responsável pela eliminação da paulista Beatriz Haddad Maia na segunda rodada do US Open, a norte-americana Taylor Townsend saiu de quadra muito feliz não apenas pela vitória conquistada, mas também pelo clima da partida. Com muitos brasileiros na torcida, as arquibancadas estavam cheias de energia com apoio para as duas jogadoras e isso chamou a atenção da tenista da casa.
“Eu literalmente saí da quadra e pensei: ‘Isso foi tão incrível, foi tão divertido’. Nunca fui a uma partida de futebol profissional, mas senti que essa era a vibração, a energia. As pessoas começaram a cantar, indo e voltando, foi muito legal. Honestamente, essa é provavelmente uma das partidas mais divertidas que joguei em termos de apoio do público”, observou a norte-americana de 27 anos.
“Meio que senti o gostinho disso antes porque joguei com Luisa Stefani no início deste ano em duplas em Adelaide. Ganhei quase 3.000 seguidores só por vencermos Adelaide, praticamente todos eles brasileiros. Eu estava me sentindo tão popular. Isso foi legal”, acrescentou Townsend, lembrando da conquista em duplas no começo do ano com Stefani.
Atual número 5 de duplas e 132 do mundo em simples, ela se enxerga como tenista e não gosta do rótulo de duplista. “Em todos os torneios que joguei, joguei simples. Sou uma tenista, ponto final. É que neste momento a minha classificação em duplas é superior à das simples, mas não por muito tempo (sorrindo). Estou muito orgulhoso dos sucessos que tive em duplas e isso realmente ajudou muito meu jogo”, falou a campeã do WTA 1000 de Cincinnati ao lado de Alycia Parks.
De volta à partida contra Bia, a norte-americana disse ter ficando muito feliz com a forma como as coisas aconteceram. “Acho que lutei muito. Eu sei que Bia e eu jogamos uma contra a outra há muitos anos, desde juniores, até na categoria de 14 anos, eu representando os EUA e ela representando seu país. Estou muito familiarizado com ela”, observou.
“Ela é uma ótima pessoa e uma grande competidora. Realmente gostei de ver como conseguiu voltar e estar tão comprometida. Então foi uma honra dividir a quadra com ela hoje. Bia faz um ótimo trabalho em manter seus oponentes sob pressão, mas mantive a calma. Tive algumas chances, consegui uma quebra no segundo e ela quebrou de volta. Tivemos alguns games difíceis onde tive oportunidades, e elas meio que escorregaram”, analisou Townsend.
Uma das mamães do circuito, quando questionada se isso torna mais fácil manter o equilíbrio na quadra, ela foi direta: “É exatamente o oposto. Acho que ser mãe dá vontade de arrancar os cabelos (risos). A maternidade me deu uma perspectiva diferente, mais ainda em relação ao jogo Aprendi a entender quando forçar. Basicamente, na maioria das vezes você quer estar no controle, mas não está, então controla o que pode, o que não pode você tem que deixar ir”.