Londres (Inglaterra) – A fila de torcedores de Wimbledon, que passou pela SW19 pela primeira vez em 1927, está tomando um rumo comercial este ano. Após a compra do ingresso, os adeptos ficarão retidos numa zona de “ativação” com bancas geridas por empresas como Barclays e Vodafone. Em 2018, “the queue” foi assunto de um livro intitulado “Standing In Line” (Em pé na fila), escrito por Ben Chatfield.
Durante a pandemia, a fila foi suspensa em 2021, mas voltou de forma tímida no ano seguinte e só no ano passado retornou à velha forma.
“Este ano, dividiremos a fila em três fases de operação”, disse a executiva-chefe do All England Club, Sally Bolton, em entrevista coletiva. “Uma área de acolhimento que abrigará as principais filas; uma fase de compra de ingressos onde serão efetuados os pagamentos; e uma fase de ativação onde muitos dos nossos parceiros oficiais estarão presentes.”
A zona de ativação abrigará pelo menos um telão, onde os usuários da fila poderão ver o que está acontecendo na quadra central enquanto aguardam sua vez. Também haverá food trucks e brindes gratuitos dos parceiros comerciais. Bolton acrescentou que vários parceiros oficiais farão atividades no local.
A fila muitas vezes começa a se formar na sexta-feira, antes do início de Wimbledon, cerca de 70 horas antes da abertura das quadras na segunda-feira. Os primeiros da fila armam suas barracas à margem do que era o campo de golfe Wimbledon Park, mas agora é o local onde os organizadores pretendem fazer no futuro o qualifying de Wimbledon, um projeto que está causando muita polêmica.
Outro assunto abordado no encontro com a imprensa foi a saúde da patrona do All England Club, a Princesa de Gales, que normalmente entrega os troféus de simples. Questionada sobre se a princesa comparecerá, a nova presidente da AELTC, Debbie Jevans, respondeu: “Nossa prioridade é que nossa patrona tenha tempo para se recuperar, e certamente não vamos adicionar qualquer pressão adicional sobre sua recuperação, especulando sobre sua presença no campeonato deste ano.”