Surpresa nas oitavas, Lulu Sun faz história para Nova Zelândia

Lulu Sun (Foto: Ian Walton/AELTC)

Londres (Inglaterra) – Principal surpresa entre as jogadoras já classificadas para as oitavas de final de Wimbledon, a neozelandesa Lulu Sun está fazendo história para o tênis de seu país. Vinda do quali, a canhota de 23 anos e 123ª do ranking sequer havia vencido jogos de Grand Slam antes da ótima campanha nas quadras de grama do All England Club.

Sun é a única mulher neozelandesa a chegar às oitavas de Wimbledon na Era Aberta e a primeira desde Ruia Morrison em 1959, ainda na fase amadora do tênis. Ela também é a primeira do país nas oitavas de um Slam desde 1989, quando Belinda Cordwell chegou à semi do Australian Open.

Algoz da número 8 do mundo Qinwen Zheng na primeira rodada, Sun conseguiu naquele momento sua primeira vitória em Slam e também a primeira contra uma top 10 no circuito. Com isso, quebrou duas marcas de Marina Erakovic, a última neozelandesa a vencer jogos nos grandes torneios em 2016 e também a última a bater uma top 10, superando Victoria Azarenka no ano de 2011 em Stanford.

“Não esperava estar aqui nesta fase, mas pensando jogo a jogo e aqui estou”, disse Sun, que derrotou a ucraniana Yuliia Starodubtseva na segunda rodada e a chinesa Lin Zhu na terceira fase para chegar às oitavas. “Meu estilo de jogo pode atrapalhar qualquer uma, para ser honesta. O slice no saque e também nos golpes de fundo tem muitas vantagens na grama”.

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Sua próxima rival será a britânica Emma Raducanu, ex-top 10 e campeã do US Open em 2021. “Estou muito feliz em ter a oportunidade de jogar contra a Emma. Ela é um grande atleta e já chegou longe nos Grand Slams antes. Tenho certeza de que é a favorita dos fãs em Wimbledon, já que é daqui”, acrescentou a neozelandesa, que entrará no top 100 do ranking após o torneio.

Herança multicultural da tenista

Nascida na Nova Zelândia, Sun tem mãe chinesa e pai croata. E a família viveu na Suíça quando ela ainda era criança. Tanto que ela chegou a defender o país nos primeiros anos de carreira profissional. A tenista também passou pelo circuito universitário norte-americano e se formou em Relações Internacionais. Atualmente, fala fluentemente em inglês, francês e chinês.

“Acho que tenho sorte de ter todas essas origens comigo. Desde cedo, pude conhecer o mundo através da minha família. Quando você tem tanta herança cultural, você não se encaixa 100% em uma. Quando eu era criança, era muito difícil me encaixar em uma cultura específica. Sinto que hoje, sou fruto de todas elas”.

Em entrevista ao site da WTA, Sun também falou sobre o tema de seus estudos. “Escolhi porque é um assunto muito interessante. Muitos estudantes atletas escolhem kinesiologia ou algo relacionado a esportes. Mas se você olhar para os assuntos mundiais e outras culturas, consegue ver como outras pessoas vivem e pensam. Você abre sua mente para o mundo inteiro”.

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João Sawao ando
João Sawao ando
5 meses atrás

Lulu sun acho que vamos ouvir falar muito nela….

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