Roma (Itália) – Jannik Sinner deixou o Foro Italico neste domingo com o vice-campeonato do Masters 1000 de Roma e uma série invicta interrompida. Após 26 vitórias consecutivas no circuito e três meses afastado das competições, o número 1 do mundo foi superado por Carlos Alcaraz na decisão, com parciais de 7/6 (7-5) e 6/1. O resultado, no entanto, não tirou o brilho da campanha do italiano em casa, nem o otimismo para o próximo grande desafio da temporada, no saibro de Roland Garros.
“Depois de três meses, vir aqui e conquistar esse resultado significa muito para mim e para a minha equipe”, afirmou Sinner na coletiva de imprensa. “Trabalhamos muito para estar aqui. Estou feliz também com minha família e com tudo o que conseguimos nesta semana. Dias como hoje acontecem, mas, com certeza, foi uma boa lição para Paris.”
O duelo foi o primeiro entre Sinner e Alcaraz em 2025 e marcou a quarta vitória consecutiva do espanhol sobre o italiano. Ainda assim, o anfitrião valorizou o nível da partida e o aprendizado diante do maior rival de sua geração. “Foi um bom teste para ver onde estou no saibro. É a superfície em que mais luto, a que menos gosto. Então, chegar à final já é algo positivo. Temos que melhorar se quisermos fazer bonito em Paris”, frisou.
Chances perdidas custaram caro
Sinner teve chances no primeiro set, desperdiçando dois set points no 12º game e vendo Alcaraz levar a melhor no tiebreak. No segundo, sofreu com uma queda de intensidade e chegou a apresentar sinais de desconforto físico, cedendo rapidamente uma vantagem de 5/0 ao adversário.
“Algumas escolhas em certos momentos, se eu pudesse voltar, jogaria alguns pontos de forma diferente, com certeza. Estou sentindo falta de ritmo de jogo. Mas isso não é desculpa, é só o que eu sinto. Se eu pudesse jogar novamente, faria algumas coisas de outro jeito”, avaliou o italiano.
Apoio do público italiano
Ainda que não tenha alcançado o título, Sinner celebrou o retorno com presença marcante da torcida em Roma. “Foi incrível. É algo muito especial jogar aqui na Itália. Eles me acolheram como uma criança pequena. O apoio foi maravilhoso, me deu muita energia. Eu tentei hoje, mas foi tudo o que eu tive.”
Em seu discurso na cerimônia de premiação, o italiano também fez questão de reconhecer o mérito do adversário. “Carlos, parabéns para você e para sua equipe. Com certeza será o favorito quando chegarmos a Paris. Você é o jogador mais forte no saibro. Parabéns e boa sorte para o resto da temporada”, disse ao rival.
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O que mudar para Roland Garros
Mesmo com o revés, Sinner mantém a confiança em alta. A final de Roma foi apenas seu segundo torneio na temporada, depois do bicampeonato no Australian Open e de cumprir suspensão de três meses após caso de doping. O número 1 do mundo acredita que o tempo fora das quadras foi superado com êxito.
“No geral, foi um torneio muito bom. Algumas partidas joguei incrivelmente bem, em outras poderia ter sido melhor. Mas isso é o tênis. Tem muitos altos e baixos. Agora vou ter alguns dias para desligar a mente e me preparar para um torneio ainda mais importante. Espero estar pronto.”
Para o desafio em Roland Garros, Sinner já tem um plano claro. “Para subir de nível, preciso mudar algumas pequenas coisas. Com certeza o movimento, e também entender onde estar em quadra. Às vezes é um pouco diferente entre o piso duro e o saibro. Preciso aumentar a intensidade e mantê-la o máximo possível.”
Parece que o Sinner disse que um familiar (pai ou mãe) estava mais interessado na Fórmula Um.
Seria verdade?????
Ele disse sim, e acho que se referiu a mãe, pela risada que ela deu quando a câmera focou nela, ou as vezes o irmão, que não estava presente.
Achei legal o momento dele de descontração no discurso de runner up a lá Sabalenka
freguês do Alcaraz.