Felipe Priante
Especial de Paris
Responsáveis pela eliminação dos espanhóis Rafael Nadal e Carlos Alcaraz nas quartas de final dos Jogos Olímpicos, os norte-americanos Rajeev Ram e Austin Krajicek contam que a vitória sobre os brasileiros Thiago Wild e Thiago Monteiro ajudou a prepará-los um pouco para o duelo seguinte contra a dupla mais midiática do torneio.
“Os caras com quem jogamos ontem (terça-feira), os brasileiros, bateram tão forte na bola, não quero comparar tanto, mas isso nos deixou mais preparados. A questão não é só o quão forte eles conseguem bater na bola, mas também como lidam com as situações e como competem”, comentou Ram, falando sobre a dificuldade de encarar Nadal e Alcaraz.
Embora ambos tenham bastante experiência, com títulos de Grand Slam para ambos, o clima que encararam na partida contra a dupla espanhola foi diferente. “Foi duro, mas também incrível, uma experiência muito legal. Talvez porque nós ganhamos o último ponto. Foi muito especial estar em um ambiente assim”, analisou Ram.
“A energia estava incrível e eles são dois dos melhores em saber usar o publico. Por isso tentamos nos concentrar no nosso lado”, complementou Krajicek, que foi campeão de Roland Garros no ano passado ao lado do croata Ivan Dodig.
Muito respeito à despedida de Nadal
Um dos jogadores mais veteranos do circuito, Ram, de 40 anos, prestou as devidas homenagens a Nadal na entrevista após a partida. “Não tenho muito a acrescentar, ele é o melhor atleta da história aqui (em Paris), não apenas na história do tênis, mas do esporte como um todo”, afirmou o atual número 5 do mundo nas duplas.
O norte-americano também contou o que disse para os rivais no cumprimento após a partida. “Desejei sorte para Alcaraz em simples e disse a Rafa que era uma honra jogar contra ele. Lembro de tê-lo visto jogar o juvenil de Wimbledon, não sei quantos anos atrás (2002), e eu o assisti no circuito nos últimos 20 anos. Ter a oportunidade de enfrentá-lo é uma genuína honra”.
traduzindo o que disseram: fomos bons sparrings.