Felipe Priante
Especial de Paris
Em ritmo de despedida, a alemã Angelique Kerber adiou a aposentadoria no último sábado, ao vencer a japonesa Naomi Osaka na primeira rodada dos Jogos Olímpicos, que será o último torneio da germânica. De volta ao circuito após uma pausa para ser mãe, ela tenta aproveitar ao máximo sua última oportunidade de competir em alto nível.
“Quando eu entrei em quadra tinha isso na cabeça, acho que é normal. Poderia ser minha última partida, mas no final, disputar os Jogos Olímpicos pelo meu país me dá uma motivação extra e tento dar tudo em quadra, foi isso que fiz nos meus 20 anos no circuito. Estou encarando um jogo de cada vez, deixando meu coração em quadra”, disse Kerber.
“Ainda não sei quantos momentos assim eu terei, quero aproveitar todas as oportunidades que tiver”, complementou a ex-número 1 do mundo, que passou por sensações opostas em uma partida tão importante. “Joguei um pouco mais livre,mas também mais pressionada porque poderia ser minha última, mas estou feliz com essa decisão que tomei”, explicou a alemã.
Sobre o duelo com Osaka, outra ex-número 1 que parou para ser mãe, ela destacou o bom nível da rival, principalmente no início. “Eu estava tentando apenas achar o meu ritmo, comecei perdendo por 1/3 no primeiro set e estava esperando por minhas chances para entrar na minha zona, tentar ter o controle da partida e ser agressiva”, observou.
“Sabia que ela está jogando bem, ela é uma grande campeã. Isso aqui significa muito para mim, é meu último torneio e mostra que ainda posso bater grandes jogadores. A atmosfera estava incrível e poder vencer a partida é uma ótima notícia, tenho mais uma chance”, completou Kerber, que agora encara a romena Jaqueline Cristian na segunda rodada.
Grande tenista. Muito guerreira, ganhou GS na grama e na quadra dura, derrotando 2x Serena Williams nas finais. Deixou seu nome escrito na história. Parabéns.