Pelo segundo ano, Ruud pula grama e só joga em Wimbledon

Foto: Jonathan Nackstrand/AELTC

Londres (Reino Unido) – A curta temporada de grama segue a todo vapor, com os principais nomes do circuito em ação, exceto por Novak Djokovic, que se recupera de cirurgia no joelho direito, e um outro top 10 que decidiu novamente não disputar um único torneio preparatório para Wimbledon. Assim como fez no ano passado, o norueguês Casper Ruud ficará quase um mês sem entrar em quadra e seguirá direto para o terceiro Grand Slam da temporada.

Anteriormente, o atual número 8 do mundo já inclusive brincou que é “alérgico à grama”, e de fato seus resultados no piso são bem discretos. Em toda a carreira, o jogador de 25 anos disputou apenas dez jogos sobre esta superfície, com quatro vitórias e seis derrotas. Sua campanha mais expressiva foi no ATP 250 de Mallorca, chegando às quartas de final em 2021. Ele ainda disputou o ATP 500 de Queen’s em 2022, caindo na estreia.

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Em Wimbledon, foram quatro participações na chave principal, alcançando no máximo a segunda rodada nos dois últimos anos. Em 2021 e 2019, não passou na primeira fase, enquanto que em 2018 foi eliminado na primeira partida do qualificatório. O torneio não foi realizado em 2020 devido à pandemia.

Diante de números tão tímidos, fica claro que Ruud não se sente nem um pouco confortável na grama, tendo uma preferência declarada pelo saibro, piso no qual conquistou 11 dos seus 12 títulos no circuito e fez duas finais de Grand Slam.

Necessidade de descanso

Ainda no ano passado, Ruud foi questionado sobre o assunto no All England Club. Segundo ele, o exigente calendário do tênis faz com que os jogadores precisem de algumas pausas para recuperarem a energia e a sua opção natural é fazê-lo nos eventos em que tem mais dificuldades de ir bem.

“As pessoas podem dizer o que quiserem, mas é uma temporada longa e exigente para mim, por isso tenho que tirar algum tempo de folga. A minha opção natural é pular alguns torneios entre Roland Garros e Wimbledon, até porque pretendo continuar competindo no saibro depois de terminar minha participação aqui”, disse naquela ocasião. Em 2024, essa estratégia não deve ser diferente, já que logo após o Grand Slam londrino os principais nomes do circuito voltarão à terra batida visando os Jogos Olímpicos de Paris.

Dificuldades de se adaptar ao piso

Para explicar o porquê de não conseguir jogar bem na grama, Casper afirmou que tem dificuldades para se movimentar no piso natural. “A mobilidade é complicada para mim, não me vejo com a segurança necessária para colocar tanta força e intensidade em minhas pernas ao bater na bola, como faço no saibro. Isso reduz a força dos meus golpes, porque, se eu for bater de forma explosiva, ao aterrissar na grama tenho tendência a escorregar”, justificou.

Por fim, ele admite que não possui os golpes conhecidamente necessários para se destacar no jogo de grama. “Sei que é preciso dar passos curtos e rápidos, o que torna meus golpes menos perigosos e me faz ser cauteloso, principalmente quando tenho que bater em movimento. Está claro que o melhor é ter um ótimo saque e golpes pesados. Também não tenho os melhores slices, não costumo fazer drop shots e para mim é difícil ir à rede. É difícil, mas quero melhorar”, frisou.

2 Comentários
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Fernando S P
Fernando S P
5 meses atrás

Foi super didático!

Verônica
Verônica
5 meses atrás

Ele já falou que é alérgico a grama.

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