Paolini faz a festa da torcida e consegue semifinal histórica em Roma

Foto: Jimmie48/WTA

Roma (Itália) – A italiana Jasmine Paolini nunca tinha conseguido uma boa campanha no WTA 1000 de Roma até esta temporada, em que parece ter encaixado as coisas dentro de casa para alcançar as semifinais pela primeira vez. Aos 29 anos, ela se tornou a mais velha semifinalista da casa no torneio (entre homens e mulheres).

Para conseguir fazer história na tradicional competição disputada no Foro Itálico, a italiana teve que superar uma montanha-russa nesta terça-feira contra Diana Schnaider, precisando de 2h25 para derrubar a adversária em três sets de muita oscilação de ambas as partes, fechando a suada virada com o placar final de 6/7 (1-7), 6/4 e 6/2.

Paolini é apenas a quinta mulher italiana na Era Aberta a chegar às semifinais em Roma, a primeira desde que sua parceira de duplas Sara Errani fez isso há 11 anos. As outras três foram Laura Garrone, Raffaella Reggi e Caterina Nozzoli. Sua próxima adversária sairá do duelo que acontece mais tarde entre a ucraniana Elina Svitolina e a norte-americana Peyton Stearns.

A partida contou com um total impressionante de 15 quebras e teve o peso e a intensidade de um jogo de futebol, com a torcida empurrando o quanto pode o atleta da casa. O apoio do público se mostrou fundamental em um duelo tão aberto e com muitos altos e baixos, ajudando Paolini a superar momentos difíceis, como aconteceu no primeiro set.

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Depois de começar com tudo e vencer os quatro primeiros games, a tenista da casa empacou no placar e sofreu duas quebras seguidas, vendo a rival russa empatar. Ela ainda anotou novo break e sacou para fechar em 6/5, mas novamente perdeu o saque. Veio então o tiebreak e Paolini foi muito mal, venceu só um ponto e largou atrás no placar.

No segundo set, foi a vez de Schnaider dominar no início, abrindo 4/0 em seu favor, aproveitando um momento muito errático de Paolini, que sentiu a perda da parcial anterior. Só que a italiana não desistiu e seguiu lutando, foi empurrada pela torcida ao mostrar sinais de reação e então embalou de vez, venceu seis games sem sequência e empatou o jogo.

A virada dos sets foi muito boa para a russa, que voltou mais concentrada e largou na terceira parcial, faturando os dois primeiros games. Veio então mais uma reviravolta embalada pela torcida. Quebrada de volta no quarto game, Schnaider se irritou com o público, que não perdoou e se inflamou, empurrando Paolini para uma nova série de seis games que lhe deu a vitória de virada.

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SANDRO
SANDRO
4 horas atrás

Assistir às performances da Pequena Notável de apenas 1,63m, Jasmine Paolini, para mim, é uma grande lição de vida, uma verdadeira inspiração!!! A grande maioria das adversárias de Paolini é mais alta ou mais forte que ela, incluindo Beatriz Haddad que tem 1,85m de altura e é muito mais forte que Paolini… Paolini tem bracinhos curtos? Sim ela tem… Paolini tem as perninhas curtas? Sim ela tem… Mas Paolini tem uma alma gigante!!! Como uma abelhinha operária, Paolini é resistente, e persiste, bola após bola, ponto após ponto, determinada… Se os tenistas brasileiros tivessem pelo menos 1% da resiliência, raça, força de vontade desta pequenina italianinha, com certeza teriam resultados melhores… E como bônus, nunca vi Jasmine Paolini quebrar raquetes e dar chiliques ao contrário de Serena Williams, Aryna Sabalenka ou Thiago Wild… E o sorriso de Jasmine Paolini após lograr mais um êxito após um árduo trabalho dentro de quadra é muito lindo!!! Parabéns minha querida “Abelhinha Operária”!!!

Realista
Realista
4 horas atrás

A Paoline é a Pigossi que deu certo na Itália. Jogadoras de baixa estatura e limitações em seu jogo, mas com muita boa vontade e uma regularidade que falta no tenis feminino em geral, a fez alcançar patamares inacreditáveis.

Gabriel
Gabriel
2 horas atrás
Responder para  Realista

Mas a Paolini é excelente em aplicar bolas altas e tem muito velocidade, uma das mais velozes do circuito, é difícil matar um ponto na italiana. Se a Pigossi fosse um pouco mais veloz, já teria alcançado voos maiores.

José Alexandre
José Alexandre
3 horas atrás

bicicleta moral.

NFdS
NFdS
3 horas atrás

Torci pela Paolini. Mas a torcida italiana é muito mal educada, tal como a nossa no Rio Open.

trackback

[…] mesmo tempo um Masters 1000 e um WTA 1000. A tenista da casa Jasmine Paolini deu sorte e conseguiu encerrar sua vitória sobre a russa Diana Schnaider antes da paralisação, mas o mesmo não aconteceu com o compatriota Lorenzo Musetti, que também […]

José Andrade
José Andrade
3 horas atrás

Ontem vi comentários aqui atribuindo a derrota da kostyuk à sua incompetência, quando perdeu uma chance de fechar o segundo set. O que dizer da Shnaider que tinha o primeiro set, duas quebras no segundo e sacando, e fez a proeza de tomar onze a dois em seguida. Aí é mérito da Paolini. Da Sabalenka não.

Gabriel
Gabriel
2 horas atrás
Responder para  José Andrade

Torcida fez um inferno com a pobre da Shnaider, que só tem 21 anos e chegou no grandes torneios do tour apenas no ano passado, mental não lidou bem.

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