O mundo do tênis estava avisado, em alerta. Mas depois do que João Fonseca fez diante de Andrey Rublev, em sua estreia em um Grand Slam, todos arregalaram os olhos e não mediram elogios ao brasileiro. A própria ATP não hesitou em definir em um de seus posts a afirmação de que “nasce uma estrela”. Mídias importantes como o New York Times lembraram que o carioca queria jogar no Flamengo e o jornal enfatizou: “o futebol perdeu um jogador, mas o tênis ganhou um astro”.
Entre tantas reações em favor do jovem tenista brasileiro, uma delas chamou minha atenção. Barbara Schett, ex-número 7 da WTA, e hoje repórter da EuroSport, praticamente cortou os comentários de Mats Wilander e Tim Henman para destacar a estreia de João Fonseca. Ela, prá lá de entusiasmada disse que acompanhou na íntegra a partida diante de Andrey Rublev e não hesitou em afirmar que este ano ainda ele estará em posição de destaque no ranking e terá uma carreira de muito sucesso.
Andei trocando ideia com vários colegas do circuito internacional. E muitos argentinos estão entusiasmados com João Fonseca. O classificam como um fora de série e festejam o fato de o brasileiro já ter anunciado que irá jogar o ATP de Buenos Aires, uma semana antes do Rio Open.
Posso falar de cátedra que a mídia internacional também não perdoa. Mas, sinceramente, vejo João Fonseca, tão novo, preparado para o que der e vier. Seu comportamento em quadra é maduro, comporta-se como um experiente tenista. Soube encarar o nervosismo de uma estreia, sem dar sinais de fraqueza. Usou a torcida com ponderação, sem exageros e no momento certo.
Nessas trocas de mensagens internacionais confesso que fiquei surpreso com algumas perguntas. Queriam saber que seu pai, Christiano, desde de muito cedo colocou o garoto para treinar Jiu Jitsu. E também sobre uma curiosa história de um professor de yoga, que teria ficado impressionado com a rapidez de reflexos e extrema coordenação motora do João, já prevendo que seria um excelente esportista. Outra: os primeiros contatos com uma raquete foram numa quadra improvisada no quarto de sua casa, uma mini quadra trocando bolas com a família.
É impressionante como João Fonseca vem alcançando um sucesso meteórico. E apesar de afirmações como “o Brasil tem um novo fenômeno”, ele se mantém tranquilo, sem se afetar com as comparações ou tirar os pés do chão. Deixou claro que seu objetivo era o de passar o qualy e jogar o seu primeiro Slam. Agora, pode sonhar mais alto.
Go, João Fonseca, go!
O que vc acha, caro Paulinho, do entusiasmo dos profissionais de imprensa com jovem tenista?
Não acha algo perigoso para o tenista e os jornalistas?
Entusiasmo não mata ninguém, e, ao meu ver, o JOÃO não faz o tipo “ansioso”…
O que mais me impressionou foi o comportamento de JOÃO nos 2 TIE BREAKS que disputou… Não parecia um jovem de 18 anos disputando seus primeiros TIE BREAKS em um Grand Slam, mas sim um experiente e maduro jogador de 38 anos que já havia disputado seus “trocentos” TIE BREAKS em Grand Slams…
Quando era criança meu pai me contou uma história de um tal João que escalou um pé de feijão, foi até o céu e derrubou um gigante… Parece que revivi esta história de infância hoje quando vi o JOÃO que depois de escalar seu pé de feijão(qualifying), chegou ao céu (Grand Slam) e derrubou um gigante do TOP 10(Rublev)…
Ótima lembrança!
A atuação foi realmente fenomenal, assustadora até. Ele não caiu em nenhum momento ao longo do jogo. No começo do segundo set ele fez 12 pontos consecutivos, parecia o número 1 do mundo destruindo um jogador mediano. O q ele meteu de tiro nos pés do Rublev é inacreditável. Estou realmente entusiasmado, espero q o proximo jogo tb seja as 6:30. Parabéns pela matéria, e boa sorte, João!!!
Ver um brasileiro atualmente detonando em quadra dura e não saibro, é algo arrepiante !!! Que tenha os 20 anos seguintes (o normal até aposentar) sem problemas de saúde, pois o tenis hoje exige muito.
Chiquinho, + uma vez você acrescentando algo de fora da caixa em matéria de comentários. Congratulações.
Foi uma atuação brilhante e ele tem um potencial gigantesco. Mas esse clima de euforia e oba-oba não contribui em absolutamente nada. Basta olhar o exemplo do Guga, cuja carreira terminou antes dos 30 anos e de forma melancólica. Sua assessoria de imprensa mentia descaradamente sobre a real condição física do atleta. E consta que a família Fonseca contratou justamente essas mesmas pessoas para gerir a “imagem” do menino. Tem tudo para dar muito errado.
Vamos com calma hehehe. Acho o Fonseca bem estruturado. É claro que não tenho as mesmas informações do tempo em que viajava com o Guga. Mas tudo pode ter sido um bom aprendizado e agora aproveitar as lições
Vamos ter nos próximos 15 a 20 anos um fenômeno mas temos que subir degrau a degrau ….vamos ter um outro grande tenista além do Guga e do Thomaz Koch.
É isso aí… vamos degrau a degrau… o João Fonseca promete e, por ora, tem o aval da mídia intl