Pequim (China) – Depois de ficar com o vice-campeonato no WTA 1000 de Pequim, Karolina Muchova afirmou que o desempenho no saque foi abaixo do esperado na final deste domingo contra Coco Gauff. E que isso facilitou o trabalho para a norte-americana, que conseguiu cinco quebras na vitória por 6/1 e 6/3. Algoz de duas top 10, Aryna Sabalenka nas quartas e Qinwen Zheng na semifinal, a tcheca também avalia que não repetiu o nível de tênis das rodadas anteriores.
“Foi uma partida muito difícil. Como disse na quadra, a Coco foi superior hoje e acho que a ajudei um pouco. Não foi fácil. Mas ela sacou bem e jogou bem”, disse Muchova na coletiva de imprensa após a partida. “Acho que não joguei o meu melhor. Talvez tenha sido uma das piores partidas que fiz aqui. As outras partidas foram bem sólida, eu saquei melhor e não estava cometendo muitos erros”.
“Claro, ela me pressionou e me fez cometer esses erros. Mas eu também não me ajudei no saque. Esse é meu jogo normalmente. Eu costumo manter o saque e não consegui fazer isso hoje. Então, acho que foi meu desempenho mais fraco. Obviamente, ela tornou minha vida mais difícil e jogou muito bem”, avalia a tcheca, que cometeu 24 erros não-forçados contra apenas 8 de Gauff.
Terceira derrota para Gauff no circuito
Este foi o terceiro duelo entre elas e Gauff venceu todos. Ano passado, a norte-americana também levou a melhor na final do WTA 1000 de Cincinnati e na semi do US Open. “Perdi para ela três vezes seguidas. Eu diria que foram derrotas muito parecidas. Perdi todas elas da mesma forma. Eram sempre nas últimas rodadas dos torneios, quando eu já vinha de muitos jogos. E os duelos com ela exigem muito do físico. Eu me sentia sempre chegando atrasada nos ralis. Acho que o jogo dela… É difícil dizer. Eu senti que não joguei o meu melhor. Provavelmente, ela me deixa desconfortável”.
Ainda falando no aspecto físico, Muchova tenta se recuperar para o WTA 1000 de Wuhan, que acontece na próxima semana. “Vai ser muito desafiador. Quero dizer, eu joguei três dias seguidos. É muito. Amanhã é um dia de viagem, e depois já tem outro jogo na terça. Acho que mesmo se eu estivesse muito bem preparada, é difícil para qualquer uma. Se eu quiser ganhar Wuhan, eu precisaria jogar seis partidas seguidas a partir de terça contra as melhores do mundo. Eu diria que é quase impossível. Então é muito difícil e muito desafiador”.
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Ex-número 8 do mundo e atual 49ª do ranking após a lesão e cirurgia no punho, Muchova voltará ao top 30 do ranking, o que ajuda na busca de ser cabeça de chave do Australian Open de 2025. A tcheca espera que as boas atuações em Pequim tragam confiança para o restante da temporada e também para o ano que vem. “É muito bom estar de volta a esse nível, ganhar confiança e também recuperar a forma física. Não é nada que você possa trabalhar fora da quadra para reproduzir o que acontece nas partidas de verdade. Por isso que eu preciso de quantas partidas eu puder. É bom para mim, para o resto da temporada e para a próxima temporada. É ótimo saber que posso vencer as melhores jogadoras. Isso é bom”.
Eu já havia comentado que o saque dela (a exemplo da Iga Swiatek) é o seu calcanhar de Aquiles e precisa ser melhorado para a próxima temporada. Fora isso, tem um jogo bem completo.
Como a Muchova não está entre as oito primeiras cabeças de chave pra folgar na primeira rodada, ficará bem puxado pra ela repertir a campanha de Pequim.