Kazan (Rússia) – A temporada da russa Veronika Kudermetova ficou abaixo do que ela vinha fazendo nos últimos anos. Por causa de problemas físicos, a ex-top 10 não conseguiu ter o mesmo desempenho, baixou o rendimento e terminou 2024 ocupando apenas a 72ª colocação e simples, tendo um pouco mais de sucesso nas duplas como a 17ª do ranking.
“Para mim foi um ano bastante difícil, muito difícil mesmo, tive que enfrentar muitos problemas. A série de lesões que sofri ao longo da temporada afetou muito não só a minha condição física, mas também a minha condição psicológica. É difícil ficar com algo positivo, foram meses de muito estresse”, contou a tenista de 27 anos em entrevista ao Championat.
Junto com o compatriota Aslan Karatsev, Kudermetova teve sua participação negada nos Jogos Olímpicos devido às suas posições políticas. Ambos foram detectados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Tênis (ITF) como atletas ligados de alguma forma ao regime de Vladimir Putin e não puderam competir em Paris.
“Para ser sincera, não precisei me preocupar por muito tempo com as Olimpíadas, porque minha lesão, que já me incomodava há muito tempo, voltou a me incomoda. Portanto, não sei se eu teria sido capaz de atuar ou não, mesmo que me tivessem permitido ir. Confesso que não acompanhei. Estava em tratamento, então tentei me distanciar completamente do tênis”, falou a russa.
Depois de Wimbledon, ela realmente demorou a voltar a jogar e só retornou ao circuito na semana anterior ao US Open, caindo na estrada em Monterrey. A russa terminou o ano com mais derrotas (25) do que vitórias (18).
Questionada sobre a aposentadoria do espanhol Rafael Nadal, a russa confessou não ter acompanhado com tanta atenção. “Li as notícias da cerimônia de despedida. É triste vê-lo partir, é sempre uma pena quando lendas deixam o esporte. Nadal foi um exemplo para todos nós, para todos os atletas. Como pessoa ele é um exemplo. Será triste que esta nova geração não possa mais vê-lo competir”.