Nova York (EUA) – A francesa Caroline Garcia compartilhou diversas mensagens que chegaram até ela pelas redes sociais depois de sua derrota na estreia no US Open. Aproveitando o assunto, a norte-americana Coco Gauff quis compartilhar seu ponto de vista sobre TikTok, Twitter e Instagram em entrevista coletiva após o triunfo sobre a alemã Tatjana Maria na segunda rodada.
“Não vi o que postaram, mas me contaram. Obviamente, é uma coisa difícil, principalmente quando eu era mais jovem. Não sabia que isso era normal, a princípio pensei que estavam indo atrás de mim e só depois percebi que é uma coisa que acontece com todos nós. É difícil porque você recebe muitas mensagens desagradáveis, falam da sua aparência, da sua família, de todas essas coisas”, contou Gauff.
A norte-americana lembrou que após uma derrota o tenista já está sofrendo mentalmente. “E ainda por cima tem pessoas que passam do ponto, é complicado. Pessoalmente eu bloqueio, posso ficar 30 minutos bloqueando todo mundo e não me importo. Eu não quero ver, então, tchau. As pessoas ficaram com raiva, não me importo, não sou obrigada a ler coisas negativas sobre mim”, pontuou.
Gauff sabe que o bloqueio tem seus limites e que as pessoas podem criar novas contas, por isso tenta não ler muito e não levar para o lado pessoal. Ela espera que sistemas de inteligência artificial possam ajudar a resolver esse problema, coibindo quem se comporta mal nas redes sociais.
“Espero que a tecnologia possa ajudar. É complicado. Você pode estar tendo um bom dia e de repente alguém lhe diz para se matar. Espero que os jogadores, especialmente Caroline, não liguem para essas coisas. Sempre digo que as pessoas podem ser mais cuidadosas e legais, mas só algumas ouvem”, afirmou a atual campeã do US Open.
Isso é complicado. Incrível haver pessoas que tiram um tempo para insultar outros na Internet.
O ser humano pode ser bem medíocre. Haters. Mas isso nós todos já sabíamos. Se eles estão no futebol, pq não estariam no tenis? Ou em qq outro esporte? Ou em qq outro nicho?
Incrível como o Gauff nunca foge de assuntos complicados e se posiciona, de forma e discada, gentil, mas muito firme. Nem sou tão fã do tênis dela, mas a personalidade dela é incrível. Torço muito por ela.
Garcia, nesse momento, ao revelar o clima de perseguição e de terror dos apostadores e haters vivido por ela representa todos os atletas e pessoas de qualquer profissão que passam pelas mesmas situações e dramas. Ela foi certeira ao apontar a responsabilidade das big techs, que apesar dos avanços de IA e de outros mecanismos de controle, nada fazem para impedir as mensagens de ódio. É por essas e outras que a responsabilização e regulamentação dessas empresas são imprescindíveis para um mundo digital mais humano, justo e fraterno.