Gauff minimiza pressão por defesa de título e tira lições de Paris

Foto: Mike Lawrence/USTA

Nova York (EUA) – Um ano depois de ter conquistado seu primeiro título de Grand Slam, Coco Gauff retorna ao US Open com o status de atual campeã. Aos 20 anos, a norte-americana chega a Nova York não apenas com o peso de defender seu título, mas também com uma nova perspectiva sobre a pressão e o sucesso. A estreia será na segunda-feira à tarde, diante da francesa Varvara Gracheva, 66ª do ranking.

“Obviamente, chegar como campeã defensora traz um pouco de pressão, mas também é mais um privilégio, porque meu novo lema é: ‘Se você defende, significa que já venceu antes'”, refletiu Gauff na coletiva de imprensa da última sexta-feira. “Uma coisa que aprendi é que sempre coloquei pressão em mim mesma para fazer mais. Mas às vezes é bom apenas pensar que você fez bem, Estou tentando aproveitar o que já conquistei e usar essa experiência para ganhar confiança”.

Essa mudança de mentalidade foi reforçada por um simples comentário que Gauff recebeu em suas redes sociais: “Honestamente, alguns dias atrás, alguém comentou no meu TikTok dizendo: ‘Você já venceu, literalmente e figurativamente. Por que se estressar com uma volta triunfal?'”, compartilhou. “Isso realmente mudou minha perspectiva. Ninguém pode tirar isso de mim, então por que me estressar com algo que já tenho? Só quero acrescentar a isso, seja aqui em duas semanas, no próximo ano, ou na Austrália”.

Aos 20 anos, Gauff sabe que tem o tempo a favor

Acostumada a lidar com grandes expectativas desde os tempos de juvenil, a atual número 3 do mundo acredita estar mais relaxada e confiante. Ela também sabe que tem o tempo a seu favor. “As pessoas obviamente querem que eu ganhe mais, mas eu tenho 20 anos, tenho um longo caminho pela frente. A maioria dos meus concorrentes no Top 10 tem 24 anos ou mais, exceto Iga [Swiatek]. Tenho tempo. Claro, quero vencer agora, porque me acostumei a vencer cedo, mas acho que dei um passo para trás e percebi que tenho mais 10 anos neste esporte, então quero aproveitar”.

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“Sinto que estava em uma posição louca no ano passado, onde havia muita expectativa em torno de mim, mesmo antes de eu ser campeã de Grand Slam”, explicou a jovem tenista, que havia conquistado títulos de Washington e Cincinnati no ano passado, o que aumentava suas expectativas em Nova York. “Tive basicamente a mesma semana pré-US Open que tive no ano passado. Acho que isso facilitou um pouco mais, porque isso me preparou para a atenção que estou recebendo agora.”

A experiência nos Jogos Olímpicos de Paris também foi transformadora para a tenista, que carregou a bandeira dos Estados Unidos na cerimônia de abertura, ao lado do ídolo do basquete LeBron James. Gauff percebeu que os sentimentos de nervosismo e pressão são comuns entre atletas de elite, o que trouxe conforto e uma nova visão sobre sua própria jornada. “Estando ao redor de atletas de elite e vendo o que eles fazem, aprendi que o que você sente não é tão isolado. Percebi que os nervos e as pressões são normais. Isso ajuda a saber que você não está carregando o peso sozinha”.

Torneio terá revisão por vídeo, um pedido frequente

A tecnologia será mais uma vez uma aliada na disputa do US Open e contará com uma sistema de revisão por vídeo de algumas chamadas como quiques duplos na quadra ou interferência de algum jogador durante os pontos. A tenista expressou seu forte apoio à expansão do uso de revisões, ainda mais depois de alguns incidentes que teve em quadra durante os torneios de Dubai, Roland Garros e também na Olimpíada. Para ela, um dos piores sentimentos é o de receber um pedido de desculpas após uma decisão errada, quando já é tarde demais para mudar o resultado da partida.

Gauff enfatizou que, embora adorasse ver essa tecnologia disponível em todos os níveis do esporte, é essencial que ela esteja presente nos torneios mais importantes e cita que outros esportes já contam com esses recursos, mesmo sem o mesmo suporte financeiro que o tênis possui. “É muito importante, especialmente nos Grand Slam e nos torneios 1000. Espero ver essa tecnologia continuar a crescer, não apenas aqui, mas em todos os torneios. Acho que estamos jogando por muito dinheiro para que isso não seja uma realidade”.

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João Sawao ando
João Sawao ando
19 dias atrás

Vai perder da francesa

Salis rn
Salis rn
19 dias atrás

Nao ganha está pior do que Bia pipoca mais do que pipoqueira…é brincadeira ‘ acredito’ no potencial e se passar pela francesa vai longe no circuito!!

Mardoché Nicolas
Mardoché Nicolas
19 dias atrás

Não acredito que a Bia perdeu hoje

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