Xangai (China) – Vice-campeão do US Open, o norte-americano Taylor Fritz acredita estar cada vez mais maduro e confiante do que pode fazer, mesmo quando não está jogando o seu melhor tênis. Depois de tirar Holger Rune e David Goffin para chegar às semifinais do Masters 1000 de Xangai, ele terá pela frente o sérvio Novak Djokovic, contra quem já jogou nove vezes e perdeu todas.
Os bons resultados desta temporada podem ajudá-lo a buscar um triunfo inédito. “Acho que a maior coisa que posso tirar de muitos dos bons resultados, é a confiança que ganho, mostrando que sou um jogador bom mesmo jogando no meu nível médio. Não preciso jogar incrivelmente para ter grandes campanhas”, observou o norte-americano de 26 anos.
“Costumava ser hipercrítico do meu jogo em certas semanas. Se algo não estava funcionando para mim, achava que podia até ganhar algumas partidas, mas não que teria uma boa semana. Muitos dos meus resultados neste ano, incluindo o US Open, me ensinaram alguma coisa: que não preciso jogar perfeitamente para ter sequências longas em torneios e obter grandes desempenhos”, acrescentou Fritz.
Vaga no ATP Finals cada vez mais perto
Fritz está firme entre os melhores da temporada e aparece na quinta colocação na corrida para o ATP Finals. “O objetivo inicial de cada temporada é tentar me classificar para Turim e ficar entre os oito primeiros. Acho que essa é sempre uma boa meta de referência. Agora que isso está parecendo encaminhado, posso reavaliar meus objetivos”, comentou.
“A nova meta que estabeleci para mim mesmo é que seria legal terminar o ano entre os cinco primeiros. Obviamente, essa é a minha melhor colocação na carreira, mas acho que terminar o ano nessa posição como um todo é algo totalmente diferente. É uma meta que me motiva muito a terminar o ano forte”, observou o norte-americano, que ocupa atualmente a sétima posição no ranking.
Aposentadoria de Nadal é fim de uma era
O norte-americano também não deixou de falar sobre a notícia da aposentadoria do espanhol Rafael Nadal. “Muita gente esperava por isso, mas fiquei muito surpreso que ele vá parar na Copa Davis, esperava que fosse em Roland Garros, Madri ou Barcelona. Ele está tentando se recuperar há muito tempo e a aposentadoria no Davis só mostra há quanto tempo ele vem lutando”, afirmou.
“Tive muita sorte de poder jogar contra o Rafa algumas vezes, na última, em seu último ano inteiro jogando relativamente sólido. Cresci assistindo Rafa e Roger dominarem o esporte e tem sido uma honra poder jogar ao mesmo tempo que alguém que assistia na TV quando era criança. Foi uma honra poder jogar com ele. É o fim de uma era”, finalizou Fritz.
Talvez a idéia inicial do Nadal fosse se aposentar jogando em Roland Garros, desde que conseguisse ser competitivo, com possibilidade de chegar mais longe no torneio. Porém, como em 2024 ele perdeu na primeira rodada de Roland Garros para o Zverev, e nas Olimpíadas de Paris, disputada também em Roland Garros, ele perdeu para o Djokovic na segunda rodada, percebeu que dificilmente poderá mudar esse cenário e resolveu encerrar sua carreira na Copa Davis, em casa, ao lado dos seus compatriotas.