Em lágrimas, Schwartzman dá adeus ao US Open na estreia

Foto: USTA

Nova York (EUA) – Com aposentadoria marcada para o fim do ano, Diego Schwartzman disputou nesta segunda-feira a última partida de Grand Slam de sua carreira. Vindo do qualificatório, o argentino até venceu o primeiro set, mas levou a virada do francês Gael Monfils na estreia do US Open, parciais de 6/7 (2-7), 6/2, 6/2 e 6/1.

Na segunda fase, Monfils medirá forças com Casper Ruud, vice-campeão em 2022 e cabeça 8 na atual edição, que mais cedo bateu o chinês Yunchaokete Bu por 7/6 (7-2), 6/2 e 6/2. Os dois já se enfrentaram duas vezes, com uma vitória para cada lado: o francês ganhou no saibro de Quito em 2018, enquanto o norueguês levou a melhor no piso duro de Indian Wells nesta temporada.

Aos 37 anos, Gael faz sua 16ª aparição em Nova York e tem como melhor resultado a semifinal de 2016. Ele também chegou à penúltima rodada em Roland Garros no ano de 2008, além de ter feito outras oito quartas, duas em Melbourne, três em casa e outras três em Flushing Meadows.

O adeus de Dieguito ao US Open

Ex-número 8 do mundo e dono de quatro títulos na elite do circuito, Schwartzman se despedirá do tênis com 38 participações em Slam, tendo como melhores resultados a semifinal de Roland Garros em 2020 e mais quatro quartas de final, duas em Paris e duas em Nova York. No Aberto da Austrália ele fez oitavas há quatro anos e nunca passou da terceira fase em Wimbledon.

Neste ano, ‘El Peque’ precisou disputar o quali nos quatro maiores torneios do calendário e só conseguiu avançar para a chave principal no último deles, encerrando de forma digna sua participação neste nível de evento.

O fim dessa trajetória foi marcado pelas lágrimas do argentino de 32 anos, que recebeu uma justa homenagem da organização do US Open ainda em quadra após a partida desta segunda. “É difícil falar. Sou um cara que chora muito. Me desculpem. Não devo chorar agora. Tenho que ser forte”, disse o emocionado tenista antes de fazer um belo discurso.

“Foi um final dos sonhos, em uma quadra grande contra um grande oponente como Gael. Aproveitando alguns momentos da partida. Não todos os momentos porque no final eu estava sofrendo um pouco mais. Ter toda essa multidão presente, a diretora do torneio me agradecendo por ter vindo, é uma loucura para mim. Não tenho certeza se mereço ou não. Mas sou muito grato por todos os anos que estive aqui. Nunca sonhei com esse tipo de momento. Corri tanto e talvez eu mereça agora. Estou feliz por ter vivido tudo isso e vou aproveitar cada momento de agora em diante”, declarou.

Duelo argentino na segunda rodada

Enquanto Diego Schwartzman se despede do US Open, outros dois compatriotas do ‘baixinho’ de 1,70m avançaram e vão se enfrentar na próxima fase da competição. Cabeça de chave número 29, Francisco Cerúndolo confirmou o favoritismo diante do austríaco Sebastian com uma virada por 5/7, 6/4, 6/4 e 6/2, e agora medirá forças com Tomas Etcheverry, que bateu em sets diretos o jovem francês Giovanni Mpetshi Perricard, parciais de 6/4, 6/2 e 6/3.

A festa dos hermanos foi ainda maior com o triunfo de Francisco Comesana diante do suíço Dominic Stricker pelo placar de 4/6, 6/3, 7/6 (7-4) e 6/3. Ele vai enfrentar na segunda rodada o francês Ugo Humbert, algoz do cearense Thiago Monteiro.

Completando a participação dos Hermanos em Nova York nesta segunda-feira, o cabeça 21 Sebastian Baez superou o italiano Luciano Darderi com trabalho, parciais de 6/4, 6/7 (3-7), 6/0 e 7/6 (7-4). Já Camilo Ugo Carabelli não resistiu à estrela da casa Taylor Fritz e foi eliminado por 7/5, 6/1 e 6/2.

6 Comentários
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João Sawao ando
João Sawao ando
17 dias atrás

Uma pena Diego parar

Paulo H
Paulo H
17 dias atrás

A trupe argentina fazendo bonito na primeira rodada do USO. Sobre o Schwartzman, ele tinha um tênis competitivo enquanto compensava com a velocidade a sua menor envergadura e potência de golpes. Curioso verificar que no tênis, assim como na natação profissional, os jogadores mais altos passaram a ser a regra dentro da elite do esporte.

Ramiro Cora
Ramiro Cora
17 dias atrás
Responder para  Paulo H

pois é já tem 9 argentinos no top-100.
E, diga-se de passagem, o melhor ranking sul-americano é do chileno Tabilo (21º), com Jarry no 27º
Ou seja, se o Wildy não cair (agora está no 95º) e contando com Monteiro (75º), temos 13 sul-americanos no top-100
(9 argentinos, 2 chilenos e 2 brasileiros).
O problema é que muitos brasileiros/as (incluindo alguns jornalistas) não se sentem sul-americanos… e quem reclama disso é qualificado de obsessivo ….mas isso já é outra conversa, “Vamo-q-vamo”

Edison
Edison
17 dias atrás

Monfils com 37 e Diego se aposentando com 30,….mas ok, ele escolhe o caminho, a vida é dele né..rsrs. Gostava dos jogos dele. Abç

José Nilton Dalcim
Admin
17 dias atrás
Responder para  Edison

Diego acaba de fazer 32, na verdade.

Ramiro Cora
Ramiro Cora
17 dias atrás
Responder para  Edison

verdade, mas veja só: ele, por conta da sua baixa estatura, tem que realizar muito esforço físico para compensar… assim, fica cada vez mais difícil continuar com esse desgaste quando a idade bate a porta. Inteligente ele sair agora.
Um atleta querido que conta com a simpatia de todo o circuito…. (Wildy poderia aprender um pouco… pelo menos)

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