Madri (Espanha) – Na única partida que foi iniciada na segunda-feira e não conseguiu ser concluída por causa do apagão, o búlgaro Grigor Dimitrov voltou às quadras da Caixa Mágica no dia seguinte e garantiu o triunfo sobre o britânico Jacob Fearnley. Após o jogo, ele reconheceu que a experiência e a maior maturidade foram fundamentais para conseguir avançar no Masters 1000 de Madri.
“Acho que teria perdido essa partida anos atrás porque teria me culpado por muitas coisas, mas ao longo dos anos aprendi que no tênis você tem que se tratar bem”, comentou Dimitrov, que antes de o jogo ser interrompido por falta de energia, desperdiçou um match-point na devolução e depois falhou ao sacar para fechar.
Ele também comentou sobre como foi o dia sem energia em Madri. “Foi estranho, nós jogadores não podemos reclamar de nada porque foi muito confortável, não tivemos nenhum problema comparado ao que outras pessoas tiveram que passar. Ficamos um tempo juntos na área dos jogadores e a única coisa negativa para mim foi pensar no meu jogo. Eu tinha opções para fechá-lo e não foi possível”.
Dimitrov acredita que com o tempo aprendeu a não ser duro consigo mesmo. “O tênis já é um esporte difícil o suficiente sem se culpar. A frustração é inútil no tênis. A verdade é que estou satisfeito com a minha carreira, não me arrependo de nada. O que mais amo neste esporte é a possibilidade de melhorar a cada semana e desafiar uns aos outros no mundo todo”, observou.
“Temos uma competição muito saudável e a verdade é que continuo gostando deste esporte. O segredo da longevidade é se tratar bem”, concluiu Dimitrov, que nesta quarta-feira enfrentará o surpreendente canadense Gabriel Diallo, que entrou na chave como lucky-loser e já está nas oitavas de final em Madri.
