A vitória arrasadora de Mirra Andreeva sobre Ons Jabeur nesta quarta-feira foi um dos destaques na abertura da segunda rodada do Australian Open. Com apenas 16 anos, a russa conseguiu superar uma top 10 pela primeira vez na carreira, e o fez de forma muito dominante, com parciais de 6/0 e 6/2 em apenas 57 minutos. O set inicial durou apenas 20 minutos. Andreeva se torna a mais jovem tenista a aplicar um ‘pneu’ contra uma top 10 em Grand Slam.
“Provavelmente foi a melhor partida que eu já fiz. No primeiro set, não esperava jogar tão bem. E no segundo set também não foi ruim. Para mim foi uma partida incrível. Estou super feliz com o nível que mostrei hoje em quadra”, disse Andreeva, que destacou toda sua admiração por Jabeur, sua jogadora favorita.
“Estou feliz por ter enfrentado a Ons. Era um dos meus sonhos jogar contra ela, porque gosto muito do jeito que ela joga e é uma pessoa muito legal fora da quadra”, afirmou a jovem russa. “Como já disse antes, eu me inspiro nela. Então esse jogo significou muito. Agora, depois da partida, ela veio até mim e me desejou sorte. Ela nunca muda e é disso que gosto na Ons”.
16, 263 – At 16 years and 263 days, Mirra Andreeva is now the youngest player in the Open Era to claim a 6-0 opening set against a top 10-seeded player in the women’s singles at a Grand Slam event. Wow.#AusOpen | @AustralianOpen @WTA @WTA_insider pic.twitter.com/Ni9w0FTvXk
— OptaAce (@OptaAce) January 17, 2024
“Eu estava muito nervosa antes da partida, mas vi que ela também estava nervosa. Isso meio que me ajudou, porque sei que não sou a única que fica tensa antes do jogo”, explicou a tenista, que disputa seu primeiro Australian Open como profissional e foi finalista do juvenil no ano passado. “Resolvi apenas aproveitar a experiência de jogar na Rod Laver Arena contra quem eu gosto e acho que joguei bem”.
A adversária de Andreeva na terceira rodada será a francesa Diane Parry, 72ª do ranking, que evitou um duelo russo ao derrotar Kamilla Rakhimova por 7/5 e 6/2. A jovem tenista derrotou Parry no saibro de Roland Garros no ano passado, com apenas três games cedidos naquela partida.
Formação como tenista na França e vitória sobre Bia em Madri
Nascida em Krasnoyarsk, na Sibéria, Mirra começou a jogar aos seis anos e tem uma irmã mais velha, Erika, que também é tenista profissional. A família se mudou para Sochi e depois para Cannes, na França, para montar uma base de treinamento na academia de Jean-René Lisnard, um dos mentores de Daniil Medvedev e que também já treinou o brasileiro Gabriel Décamps.
Ainda aos 14 anos, durante a temporada de 2022, dividiu atenções entre o circuito mundial juvenil e o primeiro ano no tênis profissional, com quatro títulos de ITF. No ano passado, chegou à final do Australian Open, perdendo para a também russa Alina Korneeva, e logo fez a transição para o tênis profissional. A opção por tentar voos mais altos foi motivada por mais dois títulos de ITF W60 em quadras de saibro na Suíça em abril, que levaram ao top 200 do ranking.
Convidada para o WTA 1000 de Madri, aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível e venceu Leylah Fernandez, Beatriz Haddad Maia e Magda Linette até ser superada pela número 2 do mundo Aryna Sabalenka nas oitavas. Vieram, então, as primeiras participações em Grand Slam, furando qualis em Roland Garros e Wimbledon. Ela alcançou a terceira rodada de Paris e oitavas na grama londrina, consolidando-se no top 100. No fim do ano passado, foi merecidamente eleita a Novata do Ano pela WTA.
Limitação no número de torneios e calendário com exibições
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O regulamento da WTA limita o número de competições que uma tenista de sua idade pode disputar ao longo da temporada, apenas 12 no total, e a jogadora também participa de exibições para se manter ativa. “Essas são as regras e você não pode ir contra elas. No ano passado decidimos adicionar mais torneios de exibição, para disputar mais partidas. Fui convidada para jogar na Liga Mundial de Tênis em Abu Dhabi. No começo eu não queria ir, porque pensei que ninguém iria gostar de me ter em um time porque sou jovem e não tenho experiência. Mas o clima em nossa equipe era incrível e gostei muito. Espero que no próximo ano tenha a chance de voltar”.
Atual 47ª do mundo, Andreeva vai entrar no top 40 da WTA e tem chance de ir além conforme for avançando no torneio. Mas por ora, o ranking está longe de ser uma preocupação. “Eu apenas tento não pensar nisso. Às vezes, quando estou deitada na cama, posso pensar um pouco demais, mas na manhã seguinte estou totalmente bem. Quero dizer, tenho 16 anos. Por que tenho que pensar em ranking? Meu objetivo apenas é subir cada vez mais alto. Eu apenas tento não pensar nisso e apenas pensar no tênis e pronto”.
É uma pena porque a Jabeur não entendeu até hoje que precisa melhorar o seu físico senão nunca vai ganhar Slam, e ela como sempre apresenta um físico pesado que faz diferença em jogos decisivos.
no papel a chave ficou aberta pra ele.
Lindo!!! Maravilhoso o tenis que essa menina joga !!! Com certeza logo será uma top 10. !!! Parabéns!!!
Vamos torcer para que a brasileira Vitória também possa estar jogando assim daqui um tempo.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…boa piada ..
Como assim, piada?!! Você já assistiu a alguma partida dela? A garota joga muito, considerando-se a tenra idade. Não julgo que seja algo utópico Vitória se destacar no profissional.
Andreeva tem apenas 16 aninhos, mas parecia uma tenista de “30 ANOS” jogando!!! Que precoce essa menina!!! Humilhou a JABEUR!!!
nasceu pra ser uma monstra, mas o Leo AlcoolIngel Irrealista acha que “ela por ter 16 anos não pode ser boa tenista, só a Bia pode ser pq trabalhou duro anos pra isso”.
Eu sempre falei que a Jabeur é supervalorizada, nada de mais
Jabeur atingiu a 2ª colocação no ranking em junho de 2022… Teve, inclusive, chances de ser nº 1. Isso, por ser muito habilidosa e dedicada! Primeira tenista africana e árabe a se destacar em torneios do Grand Slam. Já fez quartas no AO e até final de WB… Como assim, não é nada demais???!!!