A batalha foi dura, mas lá no finalzinho deu tudo certo. É claro que o Brasil esteve ameaçado desde o início do confronto com a Argentina, no icônico Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, mas a atuação de Bia Haddad Maia (como era mesmo de se esperar) foi decisiva. A atmosfera gerada por uma boa e barulhenta torcida colaborou em muito para o resultado. E isso já se pôde comprovar nos encontros de sexta feira. No segundo jogo do dia, a número um brasileira esteve em perigo, mas sua adversária Jazmin Ortenzi, muito nova e com pouca experiência, sentiu a pressão e abriu as portas para ceder o empate por 1 a 1, na rodada inicial da BJKC.
E neste aspecto é que se torna importante para qualquer esporte a presença de um ídolo como a Bia. Ela atraiu um bom publico para um confronto que poderia estar esvaziado pelos desfalques na equipe argentina. Mas os torcedores curtem ver a brasileira em ação. Não que a Laura Pigossi também não chame o torcedor, muito pelo contrário, mas ter uma jogadora com a capacidade e carisma da número 1 do Brasil aumenta a expectativa.
Uma jogadora como a Bia, assim como já aconteceu no Brasil com outros ídolos, traz muita gente ao esporte. No tênis, como sou conservador, não curto os exageros. Jamais aplaudi uma dupla falta, mas no que se convencionou chamar de “clima de Copa Davis” vale sim vibrar a cada ponto, independentemente de como tenha sido concluído. Afinal, o banco do time argentino também não esteve respeitoso, a meu ver. Os pulinhos nas comemorações são provocativos. Aprendi isso há muito tempo, na Copa do Mundo de Futebol em 1978. Ao sair do hotel em Buenos Aires uma multidão pulava ao meu redor com cantos de conteúdo nada amistoso.
Independente da atmosfera, vejo que tênis brasileiro ganha muito com a presença de uma jogadora como a Bia. Sei que existem os altos e baixos, as dúvidas sobre como ela direciona sua carreira, mas vamos lá: na atual temporada sempre esteve numa boa colocação no ranking, alcançando posições antes só ocupada pela saudosa Maria Bueno.
Este foi o segundo confronto da BJKC no Ibirapuera e vejo que de certa forma o público correspondeu. O Brasil com essa vitória sobre a Argentina segue numa boa chave na competição, em que ainda nessa fase ter o mando dos jogos pode ser decisivo, como foi. Para a CBT, que mostrou uma boa organização nesse confronto, o fato de jogar em casa é sempre bem-vindo.
Parabéns à Beatriz Haddad e a toda sua dedicação ao esporte!!!
A bia e uma grande tenista com uma bola diferenciada onde as Argentinas se enrolaram com o peso de bola da Bia. Já a Laura para mim foi uma decepção…sei que vão me chamar de hater….mas jogando dando balão para tomar Winner não dá para jogar nesse nível de tênis profissional….espero que a fullana evolua e ocupe o espaço da pigossi. A Carol surpreendeu nas duplas …nao sentiu a pressão.
Concordo com o Chiquinho. Ter uma jogadora bem ranqueada dá um impulso enorme no tênis. Assim como aconteceu com o Guga. Só que estes raros tenistas brasileiros que alcançam posições de destaque, a CBT deveria trabalhar mais no sentido de aproveitar a “onda”.
Não vi isto acontecer na era Guga.