Paris 24: a glória e o ouro para o recordista Djokovic

Foto: ITF

Paris 24 entra na sua reta final e já deixa saudades. O charmoso e emblemático complexo de Roland Garros mostrou mais uma vez que os grandes astros do tênis jogam pela glória e onde impera o espírito olímpico. A destinação do prêmio de campeão de Novak Djokovic para a caridade foi como um tapa com luva de pelica para as associações de classe como ATP e WTA que desde Londres 2012 retiraram a pontuação do evento. Mas medalhas no peito ou mesmo a honra de defender as cores de seus países falaram mais alto do que intrigas.

Novak Djokovic, tão contestado e invejado, deu uma lição de competência e humildade. Sem se auto declarar GOAT (melhor de todos os tempos) como aconteceu com Serena Williams no US Open – embora seja até merecido esse título para a norte americana -, os números alcançados pelo sérvio não deixam dúvidas de que será o dono desse status. Afinal, particularmente, não acredito que qualquer outro jogador possa registar uma carreira tão expressiva. É claro que se deve respeitar outras opiniões, como o conjunto da obra, para se eleger o melhor. Só que para a história, o que o sérvio alcançou é que servirá como significado real.

É curioso como a eleição de o GOAT ganhe tanta importância e discussão. Há alguns bons anos, a ATP se antecipou a história e declarou Pete Sampras como o melhor. Ora, depois dele, o big 3 fez muito mais e, sinceramente, não vi nenhum deles (Djokovic, Rafael Nadal ou Roger Federer) brigarem declaradamente por essa condição. Deixam para os resultados revelarem o fato.

No meio desse texto deixo uma explicação sobre a demora em escrever sobre Paris 24. Confesso que assuntos particulares não devem entrar aqui, mas abro uma exceção, pois tive alguns imprevistos, mas tudo resolvido.

De volta ao que realmente interessa, a emoção no match point e o tremor de mão revelam a importância da conquista na Philippe-Chatrier. O Golden Slam coloca Djokovic ao lado de Steffi Graf, Andre Agassi, Nadal e Serena, mas 24 Slams, 7 Finals, 40 Masters não deixam dúvida de sua superioridade.

40 Comentários
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Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás

Chiquinho,

Excelente texto. Parabéns!!!

Marcio
Marcio
3 meses atrás

Parabéns pela matéria

Rogério
Rogério
3 meses atrás

Novak Djokovic, o GOAT. Para alegria de uns e desespero de outros, haha.

Rogério
Rogério
3 meses atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Respeito a opinião de cada um, mas será difícil surgi alguém que zere o game novamente. Ganhou tudo, sendo contemporâneo de Nadal e Federer, tem que respeitar o GOAT.
Parabéns pelo texto, você é um excelente comentarista de tênis.

Última edição 3 meses atrás by Rogério
Fernando Silva
Fernando Silva
3 meses atrás

Excelente texto. Parabéns. Privilégio acompanhar a carreira do Djoko goat!

Nei Costa
Nei Costa
3 meses atrás

Djokovic elevou o tênis com seu talento, coragem e disciplina. É o Goat sem sombra de dúvidas.

jOÃO TENNIS FANS
jOÃO TENNIS FANS
3 meses atrás

Boa Chiquinho, texto excelente. Dizem que existe o “Career Super Slam”, somando Copa Davis e Atp Finals, em que somente Agassi conquistou. E falam também em “Career Ultra Slam”, em que além de todos os anteriores, somam-se os 9 Masters 1000. Djokovic foi o único na história que ganhos os 9. Não só uma vez, mas duas vezes. Federer e Nadal não conseguiram ganhar 2 Masters 1000 que eu saiba. me corrija se eu estiver errado Chiquinho.

Roberto
Roberto
3 meses atrás

E pensar que apesar de nenhum título no circuito ele ainda jogará o OSOpen e o Finals. Apesar da idade já até ter modificado seu jeito de jogar, evitando ralis longos, ele vai lutar sim por um título no circuito

Joselito
Joselito
3 meses atrás
Responder para  Roberto

Finals não está garantido. Está em 6o, mas pulará dois master 1000. Pode cair bastante.

Vera Barcelos
Vera Barcelos
3 meses atrás

Cada um coloca critérios que mais aproximem de sua preferência, tendenciosos. . Sem dúvida os números são o critério mais justo e mesmo que adotem outro subjetivo, quem disse que Nole não é simpático, elegante, ?! Se o critério pra Goat for este, ganha também. Nole, indiscutivelmente e há tempos o GOAT, .
Idemo Djoko.

persivaldo
persivaldo
3 meses atrás

se jogar ate os 41 anos é bi olympico.

Zetti Vertino
Zetti Vertino
3 meses atrás

Vai se divertir nos próximos torneios, mas se bobear, ganha tudo de novo !!

Paulino
Paulino
3 meses atrás
Responder para  Zetti Vertino

Não duvide, Zetti.

Marinete
Marinete
3 meses atrás
Responder para  Zetti Vertino

Ora se ganha.Djoko é o cara.Amoooooo !!!!

Fernando Fonseca
Fernando Fonseca
3 meses atrás

Chiquinho, será que o vigésimo quinto título de grand slam virá em 2024 no US Open?

Sérgio Roberto Perli
Sérgio Roberto Perli
3 meses atrás

Chiquinho em vez de dar os Parabéns ao Djoko, vou dar a você, por este texto maravilhoso,você falou por muitos torcedores do Novak.

Maurício
Maurício
3 meses atrás

Eu estava sentido falta do seu artigo, Chiquinho. Mas, a espera valeu a pena!

Valdemar Adão Lopes
Valdemar Adão Lopes
3 meses atrás

Parabéns Chiquinho excelente texto totalmente imparcial mais com uma serenidade imensa,as discussões sobre o Goat são apenas meras formalidades entre os mortais pois quem realmente entende de tênis assim como vc sabemos que NOVAK DJOKOVIC!!! É o GOAT!! E ponto final. Abraço!

Jmsa
Jmsa
3 meses atrás

Sou fã incondicional do Federer ,mas contra fatos não há argumentos,Djokovic é o goat

Werisleik
Werisleik
3 meses atrás

É tu Chiquinho?? Ou delegou o texto ao estagiário?? Vida longa mestre.

Hamilton
Hamilton
3 meses atrás

“os números alcançados pelo sérvio não deixam dúvidas de que será o dono desse status”

Doeu muito escrever isso?

Joselito
Joselito
3 meses atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Sinceramente, acho que tem a ver com país de origem, patrocinadores. Duvido muito que se Tiger Woods fosse indiano teria essa exposição. Para se ter uma ideia, é só comparar Simone Biles com Rebeca.
Sem falar no cubano com 5 títulos olímpicos. Nunca tinha visto falar desse cara.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Chiquinho,

Em primeiro lugar, os dois golfistas não se enfrentaram. Em segundo, a popularidade do tênis se deve a rivalidade do Big 3 e não a um dos tenistas em particular. No Brasil, o tênis se popularizou com Guga e não com Federer ou Nadal. Por exemplo, eu já conhecia o esporte antes de Guga e sabia que Sampras dominava na década de 1990. No entanto, só comecei a acompanhar de forma sistemática o tênis após a conquista de RG em 1997. É a mesma coisa com o Duplantis no salto com varas: eu não acompanho os campeonatos, mas sei que o sueco é o goat dessa modalidade. Djoko enfrentou Federer em 50 partidas e Nadal em 60. Obteve a hegemonia enfrentando seus maiores rivais em finais de slam, atp finals e masters 1000. É o único que tem todos os Big Titles possíveis do tênis, pois Federer não tem ouro em simples e Nadal não tem Atp Finals. It’s Over!

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Boa!

Paulo F.
Paulo F.
3 meses atrás
Responder para  Paulo Sérgio

Caro tocaio, ainda esqueceu de citar que dos big titels, Federer não tem Roma e Monte Carlo e Nadal não tem Miami e Paris.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás
Responder para  Paulo F.

Exato.

Paulo F.
Paulo F.
3 meses atrás
Responder para  Chiquinho Leite Moreira

Com todo respeito Chiquinho, essa tua opinião e de boa parte do mundo seria diferente se Djokovic tivesse aceitado a naturalidade britânica.

Marcelo-Jacacity
Marcelo-Jacacity
3 meses atrás

Grande Chiquinho! Saudades do Ace BandSports!
Djokovic é o GOAT, sem dúvidas.

Paulo F.
Paulo F.
3 meses atrás

Baita crônica sobre a grande conquista do GOAT, Chiquinho!
E que final estupenda que foi, digna de dois de grandes expoentes de gerações diversas, com Djokovic exibindo-se igual aos seu auge.

CRAS
CRAS
3 meses atrás

Chiquinho Leite Moreira subiu o nível do debate nesse fórum. Ultimamente eram tantas bobagens como um “Djoko nunca será…”ou um tal “o Alcaraz acabará com Djoko em menos de uma hora na final dos Jogos Olimpicos”. Curiosamente parecem que esses caras não apareceram aqui após seu texto. Na minha modesta opinião e, antes de mais nada concordo e sou partidário da sua, onde respeito as análises e opinião dos outros, vejo uma diferença muito clara no grupo que é fã do Djokovic (que é o meu caso), para os que não são fãs do Sérvio. Os fãs do Sérvio (em sua maioria), respeitam a qualidade, as conquistas e a carreira do Federer e do Nadal, já os não fãs do Djoko não o respeitam e sempre tentam desqualificar/diminuir seus feitos. Confesso que eu gostaria da sua opinião/visão sobre esse meu comentario final.
Prazer enorme “falar” contigo e um forte abraço!!

Luiz
Luiz
3 meses atrás

Talvez GOAT apropiadamente tivesse como acrônimo GOAT SF (So Far), a humanidade caminha, mas neste tempo o nome de Djokovic se descola, sem dúvidas! E virão mais uns números para a sua conta, e como ele inteligentemente disse: ““But I will never say who I think the GOAT is in tennis, I will never say that, I’ll leave it to others. Mostly out of respect to all the greats and all the champions in all the generations before us.”

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

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